Todos os que se têm pronunciado sobre este caso, são unânimes em afirmar que Manuel Fino foi beneficiado no negócio da venda de acções da Cimpor à CGD. Parece, à partida, uma evidência para todos, pois a CGD comprou-lhe as referidas acções, por um valor 25% superior ao de mercado. E - talvez pior -, a Caixa não pode vender estas acções durante 3 anos, podendo Manuel Fino readquiri-las em qualquer altura desse período. Se valorizarem entretanto, o lucro vai para Fino, se descerem, a CGD assume essa perda. Não se percebe!!?!? Hã, pois, integra a lista da fina flor da Alta Finança portuguesa. E esses não perdem, só ganham.
O líder do PC, Jerónimo de Sousa, na sessão plenária de hoje na AR, até ironizou, “coitadinho do Manuel Fino (…) mandaram-lhe uma tábua de salvação”. E, acrescentou, “se fosse um cidadão ´comum` que, por ficar desempregado, não pudesse pagar as prestações do seu crédito habitação, não levaria 4 ou 5 meses para que fosse executada a hipoteca da casa”.
Será o PC a exagerar, ou são também evidências? Será que a Banca e a Alta Finança têm primazia sobre tudo e todos.?
3 comentários:
Caro amigo, por algum motivo o senhor em questão chama-se Fino!!!
Mas o mais incrivel são as explicações da Administração da CGD, a qual considera que foi um negócio bastante proveitoso para o grupo CGD!
De entre todas as explicações para o negócio, houve uma que me deixou bastante intrigado. Ora vejamos:
O Sr. Finório tem a opçao de compra das acções agora vendidas. E, se dentro de seis meses as acçoes subirem para 5,00€/acção e nessa data o Sr. Finório decidir exercer a opção de recomprar as acções? Se isto vier a acontecer a CGD nada controlará e nem tão pouco receberá dividendos. No entanto, pagou "à cabeça" um prémio de 25% ao Sr. Finórcio pela posiçao e assumiu todos os custos inerentes à posiçao.
Para finalizar, tenho que lembrar que o Sr. Presidente do Conselho de Administração da CGD foi e é...(não preciso explicar, pois não?) como tal, os "laranjas" deste país não deverão levantar muitas "ondas" e muito menos o Sr. Presidente da República!
Caro amigo, por algum motivo o senhor em questão chama-se Fino!!!
Mas o mais incrivel são as explicações da Administração da CGD, a qual considera que foi um negócio bastante proveitoso para o grupo CGD!
De entre todas as explicações para o negócio, houve uma que me deixou bastante intrigado. Ora vejamos:
O Sr. Finório tem a opçao de compra das acções agora vendidas. E, se dentro de seis meses as acçoes subirem para 5,00€/acção e nessa data o Sr. Finório decidir exercer a opção de recomprar as acções? Se isto vier a acontecer a CGD nada controlará e nem tão pouco receberá dividendos. No entanto, pagou "à cabeça" um prémio de 25% ao Sr. Finórcio pela posiçao e assumiu todos os custos inerentes à posiçao.
Para finalizar, tenho que lembrar que o Sr. Presidente do Conselho de Administração da CGD foi e é...(não preciso explicar, pois não?) como tal, os "laranjas" deste país não deverão levantar muitas "ondas" e muito menos o Sr. Presidente da República!
Exmos senhores,
O negócio recentemente anunciado entre a Caixa Geral de Depósitos e Manuel Fino, no que concerne à venda de 10% do capital da Cimpor à CGD, é patentemente ruinoso, injusto e, dir-se-ia, mesmo uma afronta ao povo em geral, e aos investidores em particular.
Não é concebível que para evitar dificuldades financeiras de um especulador, o maior banco do Estado (a CGD) vá ao ponto de lhe comprar os seus investimentos falhados 25% acima do valor de mercado, quando na realidade e perante essas mesmas dificuldades, este especulador ou qualquer outro ver-se-ia sempre forçado a vender essas mesmas posições ao preço de mercado ou abaixo deste.
A diferença entre aquilo que a CGD pagou por esta posição e o preço de mercado, foi uma dádiva pura e simples, de mais de 64 milhões de euros, a este especulador, que se podem considerar retirados directamente dos bolsos do povo português para o bolso do especulador.
Acresce que, não satisfeita, a CGD ainda concedeu uma opção de compra ao especulador, de forma a que se a Cimpor eventualmente valorizasse, o especulador poderia nela reentrar (tornar a comprar) sem risco. Isto é perfeitamente absurdo. A CGD colocou-se assim na posição de assumir todo o risco do investimento por vez do especulador e, ainda pior, desde logo entregou mais de 64 milhões ao especulador, pelo privilégio de fazer um negócio que ninguém aceitaria fazer de livre vontade.
Esta aberração ocorre no mesmo momento em que milhares de investidores se vêem a braços com perdas para as quais ninguém se apresta a suavizar pagando acima do mercado. Ocorre ainda no momento em que Portugal está a entrar numa crise profunda, em que centenas de milhar de pessoas perderão o emprego e, no entanto, é ao especulador que a CGD decide entregar dezenas de milhões de euros. Será isto certo? Obviamente não é.
A ser permitido, este negócio representa a morte da meritocracia neste país. Pensamos que as consequências de sequer se considerar este tipo de negócio, estão a ser subavaliadas pelas instituições.
Pedimos firmemente que, dentro do possível, sejam feitos todos os esforços para determinar a nulidade deste acto pirata sobre o povo deste país.
Atenciosamente,
(assinatura)
P.S: Assine a petição para travar este negócio em http://www.ipetitions.com/petition/CGD/
P.P.S. Para comentar esta petição aceda AQUI
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