Para qualquer adepto de rali, os anos de 1984 a 1986 foram lendários. Com efeito, depois do surgimento do primeiro carro de tracção total, o Audi Quattro e com a FIA a adoptar o Grupo B, assistiu-se a uma evolução vertiginosa nas máquinas em acção, com diversos construtores envolvidos. O que tinham aquelas corridas que nos fazem olhar com muita saudade para aqueles anos? Desde logo, a potência em bruto dos carros. Numa época em que falar de computadores, era falar de Spectrums e Commodore, as ajudas electrónicas eram coisa de ficção científica. Deste modo, os pilotos tinham que conduzir, eles próprios, os carros. Depois, havia um culto em redor do acto de assistir a um rali, sem imposições de regras de segurança. Isso traduzia-se em enormes massas humanas à beira da estrada, especiais à noite, enfim, uma autêntica peregrinação. Foi-se longe demais. Os acidentes de Toivonen, na Córsega e de Joaquim Santos, na Lagoa Azul, eram uma questão de tempo até acontecerem [aliás, é verdadeiramente milagroso como não houve tragédias piores] e marcaram o fim da época dourada dos ralis.
O vídeo apresentado é um conjunto de imagens com mais de vinte anos, de ralis com carros de grupo B. Sem músicas por cima, sem comentários, só com o som daquelas máquinas bestiais. Ouvi-las, transporta-nos para um cenário na descida para as Sete Cidades, ouvindo os motores cantando durante um ou dois minutos, sustendo a respiração, em antecipação, antes do carro passar.
Hoje, os grupo N nem têm som de carro de rali.
O vídeo apresentado é um conjunto de imagens com mais de vinte anos, de ralis com carros de grupo B. Sem músicas por cima, sem comentários, só com o som daquelas máquinas bestiais. Ouvi-las, transporta-nos para um cenário na descida para as Sete Cidades, ouvindo os motores cantando durante um ou dois minutos, sustendo a respiração, em antecipação, antes do carro passar.
Hoje, os grupo N nem têm som de carro de rali.
5 comentários:
Os verdadeiros Gr.N não têm na verdade barulho de carros de rallys. Aquilo e a cadeira de rodas da minha bisavó fazem o mesmo barulho.Agora os S2000, para quem não sabe também estão homologados em Gr.N, já fazem ruído. Os Gr.B ascenderam e cairam ao mesmo tempo. As imagens dos troços de Sintra e dos troços em Itália hoje em dia são impensáveis. Um acidente por mais insignificante que seja ao nível de vítimas pessoais é logo notícia de abertura nos telejornais. Caso contrário ninguém faz referências às provas.
Sem dúvida que, hoje, a única esperança para alguma espectacularidade só mesmo dos s2000, que são bem rotativos. É que nem mesmo o WRC chama a atenção. Não se pode regressar áquilo que se fazia há 20 anos, mas tb parece-me que seria possível chegar a uma solução de compromisso. Senão, aquilo a que assistimos é uma debandada total dos construtores do WRC, preferindo outras modalidades.
Evidentemente que quando me refiro ao gr N, refiro-me à saga dos evo. Basta ver as listas de inscritos para comprovar que, como bem diz, o s2000 são também N.
Lindo!
Cantando um triste fado: "Ó tempo, volta para trás..."
Isso é que era rálê!!!!
O Horáço já passou?
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