A propósito de um projecto levado a cabo por um amigo, tive a oportunidade de conhecer este site, que só peca por não estar mais completo - faltam 4 concelhos -, e pela impossibilidade de se aceder a muitos dos concelhos já inventariados. No entanto, pude conhecer os disponíveis e constatar a diversidade do património classificado, que se encontra, e bem, dividido por temáticas. Todas as fotos são acompanhadas por uma breve descrição do imóvel, das suas especificidades e características, e, se for o caso, alguns relatos de acontecimentos históricos que lhes estão associados.
A conversa e as pesquisas continuaram, e visitamos outros sites, dando prevalência aos que divulgam as casas Açorianas de turismo em espaço rural - como este, por exemplo. Confesso que fiquei agradavelmente surpreendido pela quantidade e qualidade da oferta, muita dela tendo por base reabilitações efectuadas em inúmeros imóveis de várias ilhas. Desde Quintas, a Solares e Casas Senhoriais, passando por “simples” casas típicas recuperadas, todas respeitando as traças originais e, quase sempre, recorrendo aos materiais de origem.
A conjugação destas duas vertentes - casas classificadas como património municipal ou regional, reerguidas e beneficiadas para fins turísticos -, aliada à preservação do nosso património natural, do nosso artesanato, dos nossos usos e costumes, bem como à promoção de produtos regionais com o selo de biológicos, pode contribuir para uma diferenciação dos Açores em relação a outros destinos de férias. Ilhas de águas límpidas onde se passeiam mamíferos marinhos, e nas quais podemos mergulhar livremente. Ilhas movidas por energias limpas, amigas do ambiente, onde tudo se recicla. Local de clima ameno, que contribui para uma vegetação luxuriante, convidam ao relaxamento em comunhão com a natureza. Ilhas onde se pode desfrutar de experiências inesquecíveis. Esta é a imagem que importa passar dos Açores. Não há lugar a atalhos. Pode levar o seu tempo, mas paulatinamente podemos cimentar a imagem dos Açores como um destino de natureza intacta. Já temos duas ilhas classificadas como “Reservas da Biosfera”, e uma outra candidatura. Ter a Região debaixo do “chapéus” deste galardão, seria (será!) por si só, uma excelente alavanca para o “Destino Açores”.
2 comentários:
O primeiro site é ambicioso e interessante, como aliás o IAC nos tem habituado em muito do que faz.
O segundo site é muito incompleto, como é típico da informação turística da região que se vai encontrando na net.
A conjugação dos dois tipos de informação vai obrigar a que muitos dos agentes turísticos mudem de atitude e passem a conjugar esforços entre si e com entidades exteriores ao sector.
Mas concordo consigo: com tempo lá chegaremos.
Caro Rogério Paulo Pereira,
o problema da falta de informação, creio que se deve, em grande parte, ao elevado número de sites sobre os Açores, abordando diferentes temas e serviços. Daí, a informação apresentar-se difusa, e focalizada nos interesses de quem a promove.
Existe uma Associação das Casas de Turismo Rural, mas acredito que não seja fácil convencer os aperadores turisticos a apostarem numa oferta de alojamento baseada na ocupação destas casas. Os grandes grupos económicos - que detêm grande parte dos hotéis -, parece terem primazia no acolhimento dos grupos de turistas que chegam aos Açores.
A referida Associação deve envidar esforços para que os seus associados pratiquem preços competitivos, e, depois, apresentar alguns "pacotes" às agências e operadores turisticos. Lá está, pode ser um caminho vagaroso, mas vantajoso.
Cumprimentos.
N.B.- o vulcanismo e suas manifestações, bem como a gastronomia, entre outras, também são pontos a ser explorados como promoção turistica diferenciadora.
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