10 março 2009

Carreira de tiro

3 momentos da entrevista de Medina Carreira a Mário Crespo, na SIC-Notícias.

1) O quadro que apresentou com os dados de crescimento económico no último século. Dividido por décadas, esse quadro demonstrava que desde o fim da Monarquia que Portugal não tinha um crescimento tão baixo. Só mesmo na segunda década do século XX, quando Portugal entrou numa guerra mundial, é que os valores foram piores.

2) Prometer 150 mil postos de trabalho. Um Governo não pode prometer postos de trabalho, ponto. Um Governo pode, apenas, prometer que criará condições para a criação de postos de trabalho.

3) Escolaridade obrigatória até ao 12º ano. A oficialização da ignorância até ao fim do ensino secundário.

12 comentários:

Anónimo disse...

Obviamente que o pessimismo de Medina Carreira sobre o rumo que Portugal tomou é, hoje, a atitude mais preclara que existe nos comentadores das várias televisões. Pena é que a SIC não tenha a coragem de o por a comentar num qualquer Jornal Nacional, a fim de chegar ao grande público.
A iliteracia não se estende apenas ao secundário. Apresentar os meninos como tendo o 12º ano é basófia política para a União Europeia e para captar votos entre os literados iliterados. O problema é quando isso é transposto para as Universidades com hordas de iliterados que fizeram o secundário do "regime" associados aos "maiores de 23" (não todos, justiça, seja feita)que entraram como modo de financiamento do ensino superior e não pelos méritos académicos e, no fim, sem dificuldades (porque a maioria das Universidades não lhas cria - l'argent oblige)lá obterão o importante "senhor(ª)doutor(ª). O facilitismo é isto, nu e cru.

Anónimo disse...

Oh Toupeira, tens alguma coisa contra o meu diploma do secundário?!?!?!?!? Olha que eu sei quanto é 3% do PIB... bem, é só fazer as contas!!!

Nestum disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nestum disse...

4)
- "O Sr já pensou num novo partido?
- já três pessoas me convidaram.
- e?...
- ...e eu disse que casas de mulheres de má vida já há muitas!

(silêncio incómodo)

- o Sr tem um poder de síntese..."

Anónimo disse...

5)

- "A AR tem Deputados a mais. A maioria não produz nada."

- "Os partidos fazem lembrar o Banco Alimentar."

- "estes partidos não conseguem atrair jovens de qualidade"

- "

O Regedor disse...

Concordando com a maioria das observações do prof. Medina Carreira, deixou-me supreendido a falta de soluções apresentadas, o baixar de braços perante as dificuldades do país. Este aspecto não é próprio de uma análise real do problema, é digamos... uma questão de perfil de personalidade.

Nestum disse...

A verdade é que Medina Carreira tem razão e isso todos nós sabemos. Mas como me dizia um amigo, se queremos mudar, é por dentro. Ficar de fora a lançar pedras é fácil, e para isso não precisamos que nos digam o que está mal porque apontar o dedo todos nós, melhor ou pior, sabemos.
O que nós cidadãos e o país precisa é de actos, de ideias, de acção. Saiam do buraco as mentes brilhantes e façam! Não guardem tais profundos conhecimentos para apenas dizer mal. Neste bocadinho de terra já se passou por muita coisa e sempre sobrevivemos. Levantámos a cabeça e seguimos em frente e agora não há-de ser diferente. Mas para isso, precisamos da ajuda de todos, é que tirar água do barco é mais útil do que ficar a gritar que ele está a afundar.

cumps

Rui Rebelo Gamboa disse...

Caros,

Não quis entrar no assunto partidos porque já dei aqui a minha opinião várias vezes. No entanto, concordo com o Regedor quando diz que Medina não apresentou soluções. Eu, pela parte que me toca, partilho da visão do legoman e amigo.

Pode-se fazer o quê:
http://maquinadelavax.blogspot.com/2009/02/curar-o-sistema.html

Anónimo disse...

Mas alguém com dois dedos de testa quer-se conspurcar com a lama que é a nossa politica em Portugal?
As mentes brilhantes do nosso país já fazem a parte deles, que é alertar! O que interessa eles darem soluções? Alguém os ouve? É tudo autista... começando pela quantidade infinita de "jobs for the boys"!
Que país é este que numa altura de grave crise económica ainda não reuniu o Conselho de Estado????
Vocês acham que com coisas destas pessoas honestas queiram participar na politica?

Nestum disse...

Então não venham com queixas. Eu entendo as suas palavras, mas a verdade é que, se não houver uma mudança, então podemos simplesmente ficar a ver o barco afundar. É que na minha opinião, as coisas chegam ao ponto em que estão porque nós deixamos.
Se as queremos melhorar, temos de participar, de agir e não andar pelos cantos a dizer mal.
Durante a ditadura, não se dizia mal porque não se podia, mas ainda assim se fez uma revolução. Hoje, podemos dizer mal de td e tds quando e onde quisermos, mas não agimos.
É a isso que me refiro, qdo digo que essas mentes, como o Medina Carreira e os restantes fabulásticos comentadores que entulham a televisão, capazes de ter uma opinião sobre tudo e todos, deviam então chegar-se à frente e fazer para que as coisas melhorem.

cumps

Anónimo disse...

Será que podemos? Olhe que o Sr. Charrua não pensa assim!
Também percebo o que diz, mas sinceramente o que tenho em visto neste país é dizer mal das propostas mas depois acabam por aproveita-las e fazê-las suas.
O meu pseudónimo é um apelo a todos que estejam insatisfeitos. Cansado estou é dos ditos votos úteis ou então do mal o menos!

Anónimo disse...

Caro "Voto Branco",

a verdade é que votar em branco, tem um significado. Já a abstenção, não tem nenhum, mas mesmo nenhum, valor.
Qt aos "ditos votos úteis ou então do mal o menos"; Manuel Alegre arrecadou 1 milhão deles nas últimas presidenciais. Veja agora no que deu! ;)

Em relação a Medina Carreira. Bem, desconfio que por debaixo daquele pessimismo exagerado, existe algum pragmatismo.
Mas, lá está, o que diz o "Regedor" é uma evidência; o homem desfia um rol de criticas, mas soluções, nem vê-las......bom, há quem tenha extraído da sua entrevista a Mário Crespo, que a solução passa por começar do zero. Sim, Medina C. defende - e bem -, que é desde a escola, e com exigência, que se começam a formar cidadãos capazes de fazer progredir uma sociedade.
Por isso - fazendo fé nesta pseudo solução -, só daqui a uma ou duas gerações, e partindo do princípio que a educação passaria a ser...digamos que, diferente da actual, é que podemos ambicionar a ter matéria prima que possibilite fazer progredir o país, e, assim, "viabilizá-lo".

Eu preferia que Medina C. gastasse de frequentar "casas de mulheres de má vida".....tu também, prezado Legoman ;)