26 março 2009

Finalmente está nas "Bancas"

Tardou, mas chegou. Refiro-me ao Relatório Anual de Segurança Interna, que finalmente nos foi dado a conhecer. Nada de novo.! A simples constatação daquilo que se tornou uma evidência para todos; Portugal está mais inseguro, pois os crimes, em especial os de cariz mais violento, aumentaram uma vez mais.

Mas o aumento não é pequeno, segundo notícia o jornal Público, a criminalidade violenta aumentou 10,7% em relação a 2007.

Mas o Ministro Rui Pereira, na sessão de apresentação do referido Relatório, prefere deixar uma palavra de tranquilidade aos portugueses, uma mensagem de optimismo face a estes preocupantes - no mínimo -, números. No semanário Sol pode ler-se Rui Pereira afirmar, "Portugal continua a ser um dos países da União Europeia com um dos mais baixos índices de criminalidade, muito abaixo da média europeia: 37% contra 70%. Por isso, o nosso país continua a ser relativamente seguro".

Segundo parece, Rui Pereira só despertará para o grave problema de Segurança Pública e Interna que o país atravessa, quando os nossos índices de criminalidade estiverem lado a lado com os “países da União Europeia”.

É caso para dizer; Acorde senhor Ministro da Administração Interna, pois pelo andar da carruagem, um destes dias, nem dos índices de criminalidade Portugal se poderá gabar de ser melhor do que os restantes parceiros Europeus. É que neste campo, não queremos estar lado a lado com eles, mas antes na cauda da Europa!

8 comentários:

Anónimo disse...

Caro Pedro,
Nós estamos sempre prontos para lutar pelo título de "maior ponte da europa"; "parlamento mais sofisticado do mundo", etc... e, como tal, estamos preparando-nos para ser o país da europa com a mais rápida ascensão nos índices de criminalidade!
Temos todos os "ingredientes" para isso, ora vejamos: a taxa de desemprego a subir em flecha; maior desigualdade entre ricos e pobres; sistema policial com poucos recursos humanos e falta de equipamento; fronteiras abertas; código penal desajustado e, por fim, politicos incompetentes, os quais adoram posar para as fotografias nas inaugurações.
Este é o cenário de um país à beira mar plantado e cheio de brandos costumes.
Acrescendo a isto umma questão cultural, veja o último exemplo: numa operação policial efectuada esta semana num Bairro de Camarate, logo a população preocupou-se mais com o facto da policia ter efectuado disparos na via pública do que com o facto de morarem paredes meias com criminosos que "infectam" a comunidade com drogas. O que fazer com este tipo de mentalidade?
Saudações

pedro lopes disse...

Caro "Voto Branco",

vou de encontro à sua leitura do nosso "país real".

Gostaria de asssitir a vontade politica para levar por diante a proposta da Procuradora Cândida Almeida, no que toca à elaboração de legislação que premita a criação do crime de enriquecimento ilícito.

Tb gostaria de ter, enquanto cidadão, uma policia mais bem preparada e com melhores e mais meios. Só assim poderão os agentes policiais ter motivação para desempenhar eficazmemte a sua missão. E as forças policiais, não podem temer os criminosos, Devem ser estes a temer as forças de segurança. O caso que relata de Camarate, é disso exemplo...mas com a crescente onda de violência, a comunidade começa a perceber que a policia tem de ser dura na sua actuação. Com regras, claro.!

Os números deste Relatório, deviam fazer corar de vergonha, não só o Governo, mas quem fez passar as alterações ao Código Penal. Em lugar de endurecerem as penas, optaram por resolver o problema da falta de espaço nas Cadeias.....é sempre o criminoso o ganhar, e nós, gente séria, a temer pela sua integridade fisica e pelos seus bens.

Assim, não vamos lá!!

Voto Branco disse...

Caro Pedro,
Você disse bem: "mas quem fez passar as alterações ao Código Penal"? Desta vez não foi só com os votos da maioria...
Saudações

pedro lopes disse...

Caro "Voto Branco",

tem toda a razão. Por isso reforço essa ideia que você transcreve. Se bem me lembro, as alterações foram aprovadas na generalidade pelo PS e PSD, com os restantes partidos a absterem-se. Em suma, todos têm a sua cota parte de culpa.

N.B.- eu não tenho qualquer ligação partidária, por isso, aquilo que eu aqui escrevo, é, tão-somente, a minha leitura dos factos.

Cumprimentos

Voto Branco disse...

Caro Pedro,
Do meu pseudónimo pode perceber as minhas ligações partidárias...;-)!
Infelizmente ninguém embarca no meu barco... tenho uma teoria simples sobre o voto em branco: imagine vc se os abstencionistas votassem em branco? Daria em torno de 60 a 70% de votos brancos. Quem seria o "louco" que convidaria um partido a formar governo?
Saudações

Unknown disse...

portugal não é um país violento E NEM SABE O QUE RAIO É ISSO, embora a violência vá ocorrendo.
gealmente a violência cresce com as crises sociais, como aquela que agora atravessamos, daí que os números apontem o que apontam, sendo meras estatísticas, que não passam de indicadores.

mas se olharmos aos filmes dos últimos anos, cedo nos aperceberemos que sem violência/ insegurança, só os filmes porno obtêm o sucesso de bilheteira.
o mesmo se passa nos "dream games" e é olhando ao lucro que é nesse tipo de guião que todos continuam a apostar.
muito pouco nos agrada a tranquilidade, e o que mais nos espanta ver são tragédias violentas que no dia a dia ocorrem.
qual é o noticiário que não abre com uma cena de violência???
sociedades educadas assim têm de ser violentas.
culpados são os governos, claro que sim, mas o pior é que nenhum governo, em democracia, chega ao poder sem primeiro passar pelo escrutíneo eleitoral e o pior é que ninguém vota neles, embora eles repetidamente por lá vegetem.

pedro lopes disse...

Caro "@rucci",

bem, se comparar com alguns países da América Latina ou Àfrica, realmente nós não conhcemos o clima de extrema violência que esses países vivenciam.

Mas nós vivemos na Europa, e ainda que Rui Pereira queira comparar-nos com alguns países do leste europeu, eu gostaria mais de manter a tranquilidade que por cá se conhecia até há poucos anos. Temos de comparar duas realidades comparáveis....e bem sei que com o evoluir de uma sociedade, também os factores negativos acompanham esse crecimento.

O MInistro da Administração interna também olha para os níumeros deste Relatório como "meras estatísticas, que não passam de indicadores.".
Mas quando falamos dos números da sinistralidade rodoviária, ai o Ministro já valoriza os números, e utiliza-os a seu favor.

Mas, caro "@rucci", tem razão quando afirma que "gealmente a violência cresce com as crises sociais como aquela que agora atravessamos". Mas cabe aos Governos tomar medidas para enfrentar situações como esta, daí não me parecer bem a desvalorização dos números feita pelo Ministro. Há que reconhecer o proiblema, para depois combatê-lo.

Quanto ao resto do seu comentário, nada tenho a apontar. Subscrevo-o, pois também me preocupa a excessiva utilização da violência em tudo quanto é "canto", que chega a torná-la banal. Um "jogo" Perigoso, onde todos somos actores.

Cumprimentos

Unknown disse...

o meu comentário vale o que vale e daí que seja insignificante.
mas continuo afirmar que vivo o século XXI e me situo no ano de 2009.
apesar de tanto receio que as pessoas vão mostrando, verdade é que vejo as igrejas cada vez mais desertas e o seu sermão cada vez mais vazio.
logo, parece-me que cada vez mais se pode afirmar a velha máxima do "quem tem medo nao come uvas" como se dizia na minha terra.
daí que os blás blás das teorias já não consingam convencer o que quer que seja.
é com a realidade que o mundo avança meu caro, seja ela a mais desejada ou não.