Está outra vez na ordem do dia a discriminação positiva relativamente ao número de mulheres nas listas dos Partidos às eleições.
E, novamente, afirmo ser totalmente contra.
O único critério formal que deve nortear a escolha dos candidatos é a sua competência para o cargo a que concorrem.
A discriminação positiva encerra em si um desrespeito pelas reais capacidades das mulheres, pelo que deveriam ser as próprias as primeiras a exigirem a total igualdade.
Parece que todos concordamos num aspecto: queremos caminhar para uma sociedade onde cada indivíduo vale pelas suas acções e não pelas partes que fazem dele um todo, seja o género, a cor da pele, a idade, a religião, a naturalidade, etc. Discriminar, seja de que forma for, com base em alguma das anteriores, significa um passo atrás na direcção daquele cenário.
E, novamente, afirmo ser totalmente contra.
O único critério formal que deve nortear a escolha dos candidatos é a sua competência para o cargo a que concorrem.
A discriminação positiva encerra em si um desrespeito pelas reais capacidades das mulheres, pelo que deveriam ser as próprias as primeiras a exigirem a total igualdade.
Parece que todos concordamos num aspecto: queremos caminhar para uma sociedade onde cada indivíduo vale pelas suas acções e não pelas partes que fazem dele um todo, seja o género, a cor da pele, a idade, a religião, a naturalidade, etc. Discriminar, seja de que forma for, com base em alguma das anteriores, significa um passo atrás na direcção daquele cenário.
12 comentários:
Caro Rui,
Não podia estar mais de acordo consigo!
Daqui a nada teremos todas as minorias a reclamar por assentos parlamentares.
Já agora e, para defender a pluralidade, que tal também todos os partidos politicos terem direito a assento parlamentar? Penso que a lógica seria a mesma!
Idiotice pegada? Não é?
Saudações
Acho que a questão se coloca mais no aspecto de as mulheres enfrentarem dificuldades específicas na sua participação política.
Quer por razões culturais: (as divisões igualitárias de tarefas entre os casais são uma miragem na maior parte dos casos, mesmo na minha geração), quer por razões sociais: as mulheres são as proporcionalmente mais afectadas pela precariedade no emprego.
E estas leis de quotas não vieram resolver nenhum destes problemas. E por isso não passam de uma enorme HIPOCRISIA!
Também não vejo nesta Lei, nenhuma vantagem para as mulheres.....aliás, vislumbro desde já uma desvantagem; ficam limitadas a 33% dos lugares das listas. (e podem somente constar das listas, sem, na prática, virem a ser eleitas)
Rui, a tua "amiguinha" F. Câncio que não veja este post :) ;)
Caro Pedro,
Ficam limitadas a 33%? Ou é minimo dos lugares nas listas? É que se for como escreveu, aí é pior emenda que o soneto!
Saudações
Caro "Voto Branco",
Não. Não ficam Limitadas a 33% dos lugares das listas. Mas para cumprir a Lei basta esse número, por isso não creio que os Partidos se sintam obrigados a colocar mais do que 35% (grosso modo) de mulheres nas suas listas eleitorias.
Por ser esta a minha convicção, talvez tenha passado a ideia de que tal possibilidade estava plasmada na Lei.
Sempre atento, carissímo "anti cruz" ;)
A questão é bastante pertinente e susceptivel de uma análise mais profunda. À primeira vista parece uma tolice pq, tal como vocês disseram, ir para um lugar empurrado pela lei, não dá mais valor às mulhleres, apenas as desvaloriza. No entanto, parece-me que esta é a medida mais adequada a curto prazo. Se virmos bem, sabemos que os homens têm tendência a fechar-se em grupo e a ter algum receio relativamente ao iminente poderio feminino.
Quando digo que acho que é uma maneira eficaz a curto prazo, digo-o entendendo que a médio prazo elas estarão por todo o lado, e em maioria. Basta olhar para as percentagens de masc/fem que saem tds os anos das universidades.
Cumps
Caro Legoman,
Não me parece que os homens tendem a fechar-se em grupo, bem pelo contrário, pois dá-me a sensação (por experiência própria) que os homens são mais abertos do que as mulheres, mas, são meras considerações próprias. (não pretendo a guerra dos sexos)
Também não pretendo levar esta discussão para o suposto androcentrismo que esta lei parece querer chamar a atenção, mas sim alertar para o facto que como disse no seu comentário - e muito bem - "a médio prazo elas estarão por todo o lado, e em maioria", portanto não haveria necessidade de impôr as "quotas". Penso que as sociedades modernas tendem a tornarem-se inclusivas, ou seja, aos poucos vão-se preparadando para responder ás necessidades de todos os cidadãos, garantindo-lhes possibilidades de uma participação plena, sem a necessidade de se imposições.
Saudações
N.º 4 do Art.º 54º do Estatuto do Partido Comunista Português
"No desempenho dos cargos para que foram eleitos, os membros do Partido não devem ser beneficiados nem prejudicados financeiramente por tal facto."
Art.º 70º do mesmo estatuto
"Os fundos do Partido provêm da quotização dos seus membros, das iniciativas do Partido, das campanhas de fundos, das contribuições dos seus eleitos em cargos públicos..."
Nesta parte admiro este partido!
Saudações
Quero pedir desculpa a todos os bloggers, pois esta mensagem não seria para ser colocada neste blog. Não foi intenção minha partidirizar este blog (e logo eu!).
Mas já que está colocado, fica aqui o registo, que julgo ser um exemplo a seguir por todos os outros e, talvez aí eu pudesse voltar a fazer a cruz no quadradinho!
Saudações e as minhas sinceras desculpas.
Voto Branco,
o que me parece é que, neste momento ainda existem imensos homens no poder com uma postura pouco aberta relativamente à presença feminina. Diria até mesmo que, quando ela acontece, há uma tendência de se desvalorizar as competências e a forma como se chegou a tal situação. Contudo, estamos a viver um período de transição, daí eu achar que esta é uma medida aceitável apenas a curto prazo. Creio que a médio prazo, as mentalidades mudarão e a lei se torne descabida. Quem sabe no futuro não seremos nós homens a falar da discriminação masculina nas carreiras de topo. :)
cumps
Caro Legoman,
Mas será que vale a pena fazer leis, à partida, com prazo de validade? ;)
Bem quanto às discriminações futuras espero que não aconteçam. Mas quanto ao assédio sexual dos superiores hierarquicos... eheheheh!
Saudações
Caro Voto(em branco),
Eu cá não me importava de ser assediado por uma superior hierárquica daquelas tipo Sharon Stone. Pior é que depois temos uma chefe do género MFL e ela passa a vida a dar-nos palmadas no rabo ou coisas do género. Grrrr...
Só de pensar nisso até me dá arrepios. :)
Cumps
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