Hoje foi igual a Ontem e o Amanhã será igual a Hoje. Eis o lema do Médio Oriente nos últimos sessenta anos; este deverá continuar a sê-lo nos próximos anos. Trata-se de manter o movimento do Relógio Perpétuo.
Se há alguma coisa de que se pode ter a certeza nas relações internacionais, no mundo contemporâneo, é a de que o barril de pólvora do Médio Oriente tem sempre um rastilho pronto a ser ateado. Na realidade, o conflito israelo-árabe, sendo, à escala, um pequeno conflito, apresenta-se com uma dimensão universal, como se fosse o único a desenrolar-se na Terra. Todos pressentem que ali se joga o futuro do Ocidente, todos sentem, duma forma ou de outra, que, além da disputa da terra, o que está em jogo são os valores civilizacionais. É uma parte do trajecto histórico que se defende e se ataca.
Na verdade, a disputa da terra, que, no passado, originou guerras devastadoras, representa para os judeus e o Estado de Israel a única hipótese de sobrevivência. Ao mesmo tempo, a Europa olha para o conflito como mãe de Israel e refém da sua relação com o mundo muçulmano. Entrincheirada entre os beligerantes, a Europa poderá ter perdido a noção da sua própria sobrevivência, enquanto representante de uma civilização que se apresenta como pioneira na defesa dos valores mais intrínsecos da condição humana.
Para os seguidores do Islão, o planeta está dividido entre Dar al-Islam, os locais sobre o seu controlo, e Dar al-Harb, as zonas a conquistar. Para os extremistas politico-religiosos muçulmanos, Israel e Europa representam, de forma diferente, as zonas a conquistar: bélica, a primeira, por invasão pacífica, a segunda. Conseguiremos, algum dia, tomar consciência de que o nosso modo de vida, tal e qual como o praticamos e conhecemos (quase sem nos apercebermos da sua real importância), poderá estar mais próximo do fim, por inércia ?
21 comentários:
Vão cair-lhe em cima! Talvez a querida Piedade e mais o querido Mendes. Você ousa escrever isto?
Essa aliança, patrocinada por falsos defensores dos dtos humanos e sequazes, anda de braço dado com os Ayatollahs da matança de mulheres à pedrada, dos crimes de honra, do enforcamento de gays, das chicotadas públicas em mulheres inocentes, da institucionalização da violação e da pedofilia a exemplo do mestre Maomé… A civilização da barbárie mais execrável de que há memória!
Há aqui uma certa farsa reinante. Não são capazes de olvidar o passado. No entanto, pretendem extrair conclusões dele.
Está mal, não acham?
Aceito a abordagem a este assunto de que é preciso compreender os costumes árabes [leia-se de todo o o mundo muçulmano] para se poder interagir com eles. Agora, tal como a confiança entre as pessoas, essa é uma rua de doi sentidos, ou seja eles tb têm que fazer o minimo para nos compreenderem. A partir daí, se eles falham, nós temos de nos precaver. O tempo da desculpabilização e da compreensão tem que acabar quando atentados a vidas de civis são cometidos.
No entanto, meu caro José, e como sabes, partilho da tua visão do assunto, mas interessa-me e deve-nos interessar a todos a forma como tratar deste assunto, que é, convenhamos, o problema maior com que o mundo se enfrenta há dezenas de anos. Não podemos acreditar numa solução bélica pura e dura, também me parece inconveniente uma soluçãop tipo muro, para nos dividir, e tenho a certeza que a actual forma do laisser faire, laisser passez não serve e pode, aliás como se comprova, ter efeitos na nossa cultura e na nossa forma de vida que tanto prezamos.
Acima de tudo, penso que temos de olhar para a nossa História. O sangue que foi derramando na Europa para se chegar aqui, ao tal paraíso pós histórico kantiano, tem que servir de alerta para denfendermos este nosso mundo. E, tendo como base esse fim, as acções virão naturalmente.
O Rui, com o devido respeito, já parece a teórica Piedade Lalanda e mais a sua teoria dos coitadinhos. Mas está bem, aceitem-se as culpas de todos e veja, senhor José, se consegue articular um texto mais politicamente correcto, a fim de não ser lapidado (obviamente não pelo Rui mas pelos Boaventuras deste mundo).
Meu caro Toupeira, nada disso, eu não alinho nessa teoria de coitadinhos. Aquilo que pergunto ao José é que solução. E ao perguntar pela solução já estou a identificar um problema. Belicismo? Muro? E também avanço já que, por mim, o deixar fazer e deixar passar não servem. E também adianto que uma coisa é certa, o nosso paraíso pos kantiano [obviamente falando em termos kaganianos] custou muito a construir, pelo que não se pode admitir que seja posto em causa assim. Sei que esse deve ser o nosso desígnio, manter o nosso estilo de vida ocidental. Levanto apenas a questão dos meios para tal fim. Onde é que isso pode ser interpretado como alinha na teoria do coitadinho "à la 'ólogo'"?, pergunto eu ao Toupeira e já agora ao José?
Caros amigos,
Bem, vou tentar ser curto mas serei com certeza grosso!
Antes de mais: O que eles querem, sei eu!!!
Da visão que tenho (e não pode ser muito mais ampla, atenta a minha falta de habilitação) o Islão tenta a todo o custo, como se diz na giria futebolistica, tirar de esforço, com a desculpa de quererem se vingar das cruzadas dos cristão de há não sei quantos séculos atrás. Ora, obviamente, isto é "conversa da treta", pois ao contrário dos países ocidentais, os estados islâmicos são teocráticos e, a única intenção desses lideres religiosos é "manipular" os crentes para poder "reinar", tudo, supostamente segundo o desejo de uma divindade.
É claro que nem todo o islâmico é obcecado, manipulador nem radical, mas a verdade é que quem governa é, ou pelo menos, tem um ayatolah qualquer que é o lider espiritual e autor moral das atrocidades.
Israel, desde o inicio percebeu que se não "matasse" rapidamente "morreria"... dou um exemplo, entrem numa jaula de leões esfomeados e vejam aquilo que lhes acontece. Sim, podem-me acusar de ser faccioso, mas sinceramente não consigo ver por outro prisma, talvez pela minha falta de habilitações!
Saudações
الغرب الخراء
انهم جميعا يموتون!
الحمد لله
اسامة بن لادن يرسل تحية الى علم Lalanda
علم مجنونة disse...
الغرب الخراء
انهم جميعا يموتون
Tradução do Google:
Mad ciência disse ...
West merda
Eles estão todos mortos
اسامة بن لادن disse...
الحمد لله
اسامة بن لادن يرسل تحية الى علم Lalanda
Tradução do Google:
Osama bin Laden disse ...
Louvado seja Deus
Osama bin Laden enviou uma saudação ao pavilhão Lalanda
Ena pá já temos muçulmanos na "área"...
Vou já para os abrigos anti-aéreos!
Saudações
عميل فضولي.
خائن disse...
عميل فضولي
Tradução do Google:
Traidor disse ...
Intrometida agente
Caros amigos e comentadores,
parece-me importante chamar a este debate Augusto Comte, e o seu positivismo. Chega de Teologia, e passemos por cima da metafisica. O fim último é o positivismo. ;)
O Pedro Lopes está-se a por na mira. Mas por mim está bem. Fim, por agora!
Positivismo, Bah foi apanhado!
Caro Toupeira,
se quiser, também podemos trazer a esta troca de ideiais o retardamento da entrada da turquia na UE.
Digo-lhe, desde já, que a possibilidade da adesão deste país à UE não me parece boa ideia, pois essa sim, seria uma porta de "via verde" para que os muçulmanos se instalem na Europa.
E mais, aquilo a que se assiste em França, com autênticos ghettos nos arredores das grandes cidades, é um barril de pólvora que, agora com a crise (que paga, e é desculpa para todos os excessos e falta de cumprimento de compromissos), poderá mesmo explodir.
Quem não se recorda de Paris a arder há 3 anos atrás.
E, já agora, todos temem Ahmadinejad, mas ele é apenas um joguete nas mãos dos Téólogos Iranianos....esses sim, perigosos.
Agora, sim, talvez me tenha colocado na mira. :)
N.B. - Eu ando numa onda positiva, tal qual Queiroz. ;)
Carissímo Toupeira,
então! Você disse "Fim, por agora!".
(é que já o vi com a cabeça fora do sub-solo, hoje, no coment ao post supra)
Por isso, peço-lhe que se pronuncie a propósito da questão da Turquia. E se, em sua opinião, ela tem lugar neste debate. (bem como o lugar dos muçulmanos na sociedade francesa.)
Sinceros cumprimentos.
A Turquia, porque está relativamente ocidentalizada e até se apresenta como um estado laico, poderá ser um excelente parceiro da UE porque poderá estabelecer uma ligação com os restantes países islâmicos, de forma a que, gradualmente, a ortodoxia se vá esbatendo. Todavia, não me parece que a médio prazo possa ser integrada na UE, por razões culturais, sociais, políticas e até geográficas. Além disso, conferindo-lhe apenas um estatuto de parceiro priviligiado, poderá apresentar-se perante os restantes países islamicos liberta de pressões e imposições que, naturalmente, a sua inclusão na UE lhe imporia.
Agora, se há coisa que deve ser rapidamente resolvida é se a Turquia entra ou não. Porque isto de dizer-lhes que sim, que vão entrar e depois encontrar mais critérios, ou mais falhas no cumprimento dos critérios de Helsinquia, enquanto noutros países, que já entraram, passam-se as mesmas coisas, ou pior, isto, dizia, poderá levar a sentimentos anti-europa por parte da malta mais radical turca. E já sabemos como são miudinhos, basta um cartoon para ser o fim de mundo. :))))
Enviar um comentário