Na Revista NS, que acompanha o Diário de Notícias de Sábado, pude ler um artigo que dá alguma esperança no que toca à preservação das casas antigas que ocupam os centros históricos das mais provectas cidades Açorianas, bem como do mobiliário de várias épocas que embelezam os seus interiores.
Com o título “Insecticida de Açúcar”, o texto alertava: “É uma Boa notícia para os agricultores mas também para o planeta. O açúcar, numa versão modificada, consegue anular a barreira do sistema imunitário das térmitas e torná-las vulneráveis a um ataque de fungos, por exemplo. As térmitas, que são responsáveis por grandes estragos nas colheitas e também no interior das casas, protegem-se produzindo proteínas que destroem qualquer molécula invasora. O açúcar modificado engana esta «barreira invisível» e deixa as térmitas desprotegidas. Falta agora transformar este efeito num produto utilizável.”
Afinal, o segredo para acabar com as térmitas que se alimentam do nosso património arquitectónico, está no açúcar.
E não são só as madeiras - que suportam e embelezam as casas Açorianas -, que podem usufruir desta recente descoberta. A SINAGA, a braços como uma crise de produção por via de normas comunitárias que impedem a importação de matéria prima, pode ter, aqui, uma janela de oportunidade. Haja vontade e saber para apostar nesta inovação.
4 comentários:
Aleluia!, andavam desaparecidos.
Caro Pedro,
será mesmo assim? É que por um momento parece banha da cobra !
Luís Almeida
Já meti os candilhes dámérca nos cantos da minha casa.
Caro Luís,
a expressão "banha de cobra" é o oposto de algo que advém da ciência, e, como tal, é verificado
e verdadeiro até prova em contrário.
O "efeito" descoberto - o de que o açúcar modificado quebra as defesas das térmitas -, é fruto de uma descoberta ciêntifica. Por isso, de "banha de cobra" nada tem. O próximo passo é conseguir um "produto utilizável" capaz de colocar esta descoberta ao serviço do combate a este insecto devastador.
Se tens estado atento, deves saber o quão prejudiciais têm sido as térmitas no nosso parque habitacional, em especial no património imóvel de muitas cidades Açoreanas. Também tem sido amplamente noticiado e observado por espacialistas no assunto, que as térmitas que "comem" as nossas casas encontram, no nosso arquipélago, um clima ideal para a sua propagação. Isso pode levar ao colapso de grande parte do nosso património arquitectónico, e tem posto em causa muitos negócios e recuperações de casas antigas nos centros de algumas cidades, pois os métodos actualmente conhecidos de combate a esta praga são muito dispendiosos e necessitam de ser aplicados anualmente.....por esta razão, para alguns proprietários a solução é deixar cair as casas depois das térmitas as comerem.
Não me parece que seja um assunto de somenos importância....antes pelo contrário.
Quanto à SINAGA, como creio deves saber, é das poucas industrias que ainda nos restam, e está, há anos, com um grave problema de tesouraria, o que a torna, a médio prazo, inviável. Vejo na conjugação destes dois problemas, uma fórmula de, talvez, sairem os dois a ganhar. Ou seja, com algum investimento ciêntifico, a SINAGA pode benificiar deste "insecticida de açúcar" e tentar encontrar um "produto utilizável" para um combate que se mostra imperativo - o das térmitas nos Açores.
Caro "anónimo" das 16h54, pode ser que esses "candilhes dámérca" sejam a solução para o combate às ditas, mas podem trazer-lhe outra infestação; a de formigas. ;)
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