21 setembro 2009

Cheers Liz


É possível. É bem possível que na altura não tenha dado o devido valor aos Cocteau Twins. Sim, eram nossos conhecidos e sim faziam parte dos nossos rituais nocturnos (e não só), mas não tinham, pelo menos pela parte que me toca, o som com o andamento necessário. À distância, não me parece estranho. Para se apreciar verdadeiramente a qualidade de Cocteau Twins é preciso tempo, carece dum processo de degustação, para o qual só estamos disponíveis, depois de se passar por quase tudo…

Elizabeth Fraser, Elisabeth Fraser… Se não fosse esse teu estilo anos 80 e eras bem capaz de ser a mulher perfeita. Mas, digo-te já, deste à Humanidade muito mais do que simples beleza física. Deste à Humanidade uma Voz, que ficará nos anais da música. Bendita hora em que uniste aos outros rapazes que formam os Cocteau Twins, pois, pelo que sei, Robin Guthrie foi o principal responsável pelos arranjos complexos e ainda hoje inovadores do vosso som. E…bem…o Simon Raymond também deve ter tido a sua quota-parte de importância. Bem hajas, portanto, Elizabeth Fraser!

Os Cocteau Twins foram influenciados pelos Joy Division, pela Siouxsie, pelos Sex Pistols, pelos Birthday Party, pela Kate Bush e certamente mais alguns. Meteram essas influências todas numa misturadora, acrescentaram música tradicional escocesa, usaram uns instrumentos diferentes e puseram a Elizabeth Fraser em frente ao microfone a cantar em gaélico. O resultado é, para sempre, Genial!

3 comentários:

Pedro Lopes disse...

Uma banda excelente, com um som profundo e algo lírico, com um toque de nostalgia.

Passei momentos de grande profundidade a escutá-los... ;)

Mais um produto da profícua 4AD.

José Gonçalves disse...

Cá em casa os Cocteau Twins tocam várias vezes por ano, bem como os This Mortal Coil, aos quais também emprestou a sua voz.

Anónimo disse...

Quando comprei o Treasure, ficou mais de um mês a girar. Só o tirei de lá quando comprei o It Will End in Tears.