11 setembro 2009

Por Dentro do 9/11


“Atravessei a correr a Ala Oeste até ao gabinete do Vice-Presidente (…). Estivera a assistir a uma conferência no Edifício Ronald Reagan, situado a três quarteirões de distância, quando Lisa Gordon-Hagerty me telefonou a dizer que um avião tinha atingido o World Trade Center: «Dick, até sabermos o que isto realmente significa, devemos contar com o pior”
Richard A. Clarke, Contra Todos os Inimigos – Nos Bastidores da Casa Branca, pág. 19, Difel, 2004

É assim que começa o relato de Dick Clarke, pessoa intimamente ligada ao Departamento de Estado, que estava à frente do Grupo de Segurança Antiterrorista no dia 11 de Setembro de 2001 e que liderou a equipa de gestão de crise, criada após os ataques. O livro demonstra como a Al-Qaeda se formou, com a ajuda dos norte-americanos ao Afeganistão, no seguimento da invasão pela URSS e como foi crescendo, com a guerra entre o Irão e o Iraque, entrando nos anos 90 já como uma estrutura fortemente formada. Clarke mostra como a ameaça terrorista islâmica era bem real e que Clinton tentou lidar convenientemente com ela, não o conseguindo devido à obstrução interna e mostra como George W. Bush falhou ao não ter agido previamente contra a mesma ameaça.

Além disso, Clarke escreve que, no dia 12 de Setembro de 2001, G. W. Bush pediu-lhe para “tentar encontrar evidências de como Saddam Hussein estava ligado aos ataques terroristas”. Clarke escreveu um relatório em resposta, que foi assinado por todas as agências, incluindo o FBI e a CIA, afirmando que não existiam tais evidências. O documento foi rapidamente devolvido com uma nota dizendo “por favor actualizar e voltar a entregar”. Bush começou por negar que não tinha tido tal encontro com Clarke, mas a Casa Branca acabou por confirmar, depois de outras pessoas que estiveram presentes, terem confirmado a versão de Clarke.

Oito anos após os ataques, este é um livro que nos ajuda a compreender todo o processo que culminou naquela manhã. Um documento histórico escrito por quem esteve sempre por dentro e que deve merecer uma leitura.

10 comentários:

João Cunha disse...

Duvido muito que os planos para a invasão do Iraque já não estivessem delineados antes do 11 de Setembro de 2001. O pedido de Bush de um relatório para o efeito no dia 12 demonstra bem isso.

Mas entre tantas versões (teorias de conspiração) como seremos capazes de encontrar a verdade?

Menina da Rádio disse...

parece-me que deve ser um daqueles casos em que a realidade suplanta a pior das ficções

Anónimo disse...

Quando o Bill Clintóris tentou aniquilar o Laden bombardeando o Sudão e o Afeganistão todos disseram tratar-se de uma manobra para desviar as atenções sobre o caso Monica Levinski, incluíndo o autor deste blog, a menina da rádio e o João Cunha.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Caro João Cunha, devo admitir que tenho particular gosto pelas teorias de conspiração. Mas, além disso, acho que os documentários sobre o 9/11, nomeadamente o Loose CHange, levantam questões muito pertinentes, como o "avião" que entrou pelo Pentágono dentro. Nunca se constou um acidente de avião que não tenha deixado nem um vestígio. No caso, apenas restou uma turbina, que parece ter sido cuidadosamente colocada.

Por isso, Menina da Rádio, certamente que a realidade dos eventos do próprio dia, dentro das torres deverá ter sido pior que ficção, mas acho que quem delineou o plano - seja quem tenha sido, o Clarke afirma que a autoria é mesmo da Al-Qaeda - fê-lo com uma maldade que também suplanta a ficção.

Anónimo disse...

«Nunca se constou um acidente de avião que não tenha deixado nem um vestígio. No caso, apenas restou uma turbina, que parece ter sido cuidadosamente colocada.»

Destroços espalhados pelo relvado do Pentágono não faltaram. As primeiras imagens são visíveis muitas partes da fuselagem do avião. A velocidade de impacto é de tal ordem que o aparelho desintegra-se totalmente. Basta ver imagens de acidentes aéreos em que nada fica para ser visto.

Pedro Medeiros disse...

O anónimo anterior está aqui com outras intenções. Se tivesses dito que tinha sido uma avião a bater no pentágono, ele dizia que não. Ele tá aqui só para ser contra.

Ó banana de anónimo anterior, queres falar desse assunto, informa-te antes. Tai'asno.

http://www.the7thfire.com/Politics%20and%20History/Missile-Not-Flight-77.html

Anónimo disse...

Veja as imagens captadas logo a seguir ao impacto e à recolha de grandes peças da fuselagem do relvado para que os bombeiros conseguissem chegar perto da zona de impacto.

Acreditar em teorias da conspiração também posso dizer que o acidente da Sata em São Jorge foi um míssil lançado contra a montanha. Tai Asno!

E o avião da AA foi parar aonde? Os passageiros foram mandados para a ilha dos Lost, não? Tai asno!

Seu pedaço de asno vai dizer na cara dos que perderam familiares nesta tragédia que tudo não passou de uma encenação hollyodesca que quero ver se tinhas coragem, pedaço de asno!

Pedro Medeiros disse...

"vai dizer na cara dos que perderam familiares nesta tragédia que tudo não passou de uma encenação hollyodesca que quero ver se tinhas coragem"

dasse, que demagogia, vai-te matar, tai asno!!!

Anónimo disse...

Mais um que não acredita na ida dos Americanos à lua. Foi tudo uma encenação no deserto do Arizona. Tai Asno!!!

Pedro Medeiros disse...

alguém falou na lua? só mesmo nessa cabeça de lua d'asno é que se pode passar uma asneira dessas.

muda outra vez de assunto, que assin não funcionou. tai'asno!!!