Portugal é um país onde a separação entre o Estado e Igreja (leia-se, Cristianismo) é óbvia.
E tal nem poderia deixar de ser, por estarmos perante a religião mais permissiva da actualidade.
O Cristianismo, sobretudo no seu lado católico, não se intromete na total liberdade daqueles que foram iniciados na sua fé e que a abandonaram ou a criticam ou a comediam até à exaustão. Em tudo isso, o catolicismo permanece pacífico.
Daí que, virem uns quantos corajosos cobardes zurzirem a Igreja Católica, como sendo a encarnação de todos os malefícios, por um dos seus símbolos religiosos estar nas paredes das escolas, não lembrava nem ao Caim da democracia, quando se dedicava, em nome da sua religião, a sanear jornalistas no Diário de Notícias, pelo crime lesa-PREC de serem e pensarem diferentemente dele.
Aliás, um homem que, além do que desgraçou nos idos dos amanhãs que cantam, e ainda diz que "Sou comunista e por isso sou tratado como inimigo da democracia. Pelo contrário, eu quero é salvar a democracia e para isso é preciso criticar esse simulacro de democracia em que vivemos", merece crédito zero, pela cega contradição, pela sobranceria e, sobretudo, porque é mesmo inimigo da democracia.
Aqui pode ler-se uma irónica (e real) descrição do bravo seguidor soviético.
A invocação do camarada e, já agora por arrastamento dos restantes camaradas anti-crucifixo, vem a propósito de ele (e os outros) nunca falarem (julgo que nem se atreverão, sequer, a sonhar, quanto mais o resto) de outras religiões que se dedicam a pregar a paz no mundo.
Por exemplo, seria interessante ouvir o que os outros e o seguidor da religião que provocou mais de 100 milhões de mortos têm a dizer sobre esta bárbarie. E já agora, (isso, sim, seria de homem!), a escrever um livro ou a emitirem uma singela opinião sobre os Cains que nela participaram.
Ah..., para isso é preciso ter coragem.
Pois, já tinha percebido.
Era só para confirmar.
6 comentários:
Que vergonha, senhor José Gonçalves! O Saramago é como o nosso Benfica: ainda nos vai dar muitas alegrias!
Por enquanto, o Saramago leva o nome de Portugal mais longe do que o Benfica (que é só dar 5 e 6-0 e depois perde com um clube da cidade da primeira esposa de Aristóteles).
Ah, mas na questão de levar o nome de Portugal mais longe o Benfica já era superado pela SATA.
P.S.: a propósito, aonde comprou o Caim? Não me diga que foi na Livraria do Solmar...
O Saramago é um palhaço.
Levou o nome de Portugal longe? Só se foi o nome das Ilhas Canárias onde escolheu viver.
Ele que tenha a audácia de escrever sobre o Islão, como escreveu Salman Rushdie.
Tem medo? Ai pois tem, os Cristãos aceitam a crítica, mas os muçulmanos rebentavam-lhe com a casa.
Eu comprei o Caim, mas foi na Bertrand. Terei a cabeça a prémio por isso senhor João?
a bertrand é um exemplo de boa gestão...
o saramago é um exemplo de homem de crenças. um homem que já teve quase a morrer e que está quase a morrer poderia encarar Deus e Jesus de outra forma, mas não entende seguir nessa cruzada. e isso temos que reconhecer e admirar.
já agora, uma barbárie não desculpa outra, apesar de ser 'maior'.
São ambas barbáries que o senhor Saramago esquece: uma por conveniência ideológica a outra por cobardia. Agora a pobre da Igreja Católica que não faz mal a uma mosca é que é a má da fita?
Tem razão o Autor em lembrar estes factos e a peseguição feita aos católicos (desde já digo que sou agnóstico, para não haver confusões).
'A Igreja Católica não faz mal nenhuma a ninguém'. Este é o raciocínio. Pois, o problema é que considerando a opulência do Vaticano, de facto, a Igreja Católica pouco faz para aliviar a pobreza no Mundo. Vejam só a desigualdade de meios: missionários em África que fazem autênticos milagres todos os dias e o Papa muito bem sentado no seu trono absolutista.
Quanto ao não fazer mal nenhuma a ninguém... quem me dera que assim fosse. Então e os padres e bispos que abusam de menores por todo o mundo? E a responsabilidade da Igreja Católica, por ter contribuido para o obscurantismo cientifico e social que vivemos durante centenas de anos a fio? E a persistência em considerar a moral, a ética e os bons costumes como bens exclusivos da sua doutrina, o que legitima a sua emiscuidade na sociedade laica?
Um crucifixo numa escola pública faz tanta falta como um busto do Presidente da República numa igreja. Não acham?
Este PJM ainda vive no seculo 16. Já agora que tal a opulência das mesquitas ou dos ditadores como o os africanos? Tem pai que é cego...
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