Não é necessário ver a o programa todo. Aliás, duvido que, atentos os convidados, dali alguém tenha extraído qualquer conclusão válida sobre o que é, para que serve e qual deve ser o futuro do serviço público de rádio e televisão, sem ser o fim último de veículo de propaganda governamental e do partido que apoia o Governo (de qualquer Governo, diga-se).
Surreal e, simultaneamente, confirmador dessa ideia, é o facto de um director da RTP ter imposto a sua presença, alegando razões que ultrapassam e limitam os critérios estritamente jornalísticos pelos quais o referido programa se deveria pautar.
O apresentador ainda invocou, inicialmente, para captar a respectiva atenção, o interesse dos que pagam tal serviço, mas esqueceu-se de convidar qualquer pagante que pudesse dizer da sua justiça.
Seria, seguramente, mais interessante do que o três-em-um da inclinação opinativa, dispensando-se, pelo menos, o impositivo senhor Wemans, para credibilidade do programa e de tal serviço.
Se alguém duvidar da instrumentalização, ouça o senhor Arons de Carvalho, que exerceu funções de tutela política na área, a partir do minuto 21.
Quem tiver paciência poderá ver aqui todo o programa. Da minha parte, aconselho os primeiros 3:30 minutos, para sentirmos a liberdade democrática que grassa no quarto poder, em Portugal.
1 comentário:
É pá, esta nem os jornalistas que estão ao serviço de César comentam!
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