23 novembro 2009

Orçamentos e Futuros

A proposta de Plano e Orçamento apresentada pelo Governo é mais do mesmo, seguindo a linha coerente do que tem sido a política do PS de manter o Governo como principal actor económico nos Açores. Esta linha centralizadora não é, de todo, aquilo que se deseja para o progresso económico e social dos Açores, pois traduz-se num máquina governativa extremamente pesada. Só a título de exemplo diga-se que a proposta do Orçamento do Governo para 2010 ronda, no total, 1.400 milhões de euros, sendo que cerca de 500 milhões destinam-se exclusivamente a despesas de funcionamento, num aumento em relação ao passado e destes, cerca de 300 milhões destinam-se a despesas com pessoal.

Pelo contrário, a proposta do Governo diminui em cerca de 40%, em relação ao ano que acaba, o investimento direccionado ao Emprego. Ora, num momento em que o desemprego é dramático nos Açores – mesmo com todas as tentativas para mascarar os verdadeiros números – reduzir o investimento nos programas de emprego, ao mesmo tempo que se aumenta as despesas de funcionamento e de gastos com pessoal, significa, novamente, que o Governo procura ser o principal empregador na Região, monopolizando e fazendo depender de si próprio um enorme número de famílias Açorianas.

O que seria desejável era serem as empresas açorianas a criarem mais emprego e de qualidade. Neste sentido e nesta conjuntura de crise, aquilo que seria de esperar era maior apoio ao sector empresarial, com o objectivo de dinamizar a competitividade e gerar emprego de qualidade.

Estamos perante um cenário em que o Governo procura formas de endividamento através das empresas públicas. Um cenário que piora a olhos vistos e que não tem solução à vista. São muitos anos de poder que levam a muitas relações de dependência, sempre com o Governo com papel central.

Na comunicação da Comissão Europeia de 2004, três áreas chave de acção foram propostas pela União Europeia para desenvolvimento das RUP: redução do déficit de acessibilidades; aumento da competitividade; e inserção regional no Plano Geral para a Grande Vizinhança. Nenhum destas contrapartidas propostas pela UE foi realizada, mas mesmo assim os fundos comunitários foram sendo gastos. As provas estão aí, este Governo não governa para os Açores e para os Açorianos, governa para si próprio, na ilusão que se vai eternizar no poder.

7 comentários:

Anónimo disse...

oá vai estudar melhor

José Silva disse...

Rui, uma leitura para si: http://www.economicswebinstitute.org/glossary/costs.htm

O seu artigo ignora completamente a diferença entre custos fixos, variáveis e quasi-fixos.

Assim não passava na Faculdade de Verão do PSD.

Francisco Silva disse...

Em cheio, Rui.

O José Silva não compreende, ou prefere não compreender a mensagem principal (aquela que pelo menos eu retirei): o Governo monopoliza e centraliza todos os meios económicos da Região. Usa-os a bel prazer de forma a manter todos os principais agentes de alguma forma "devedores" do Governo. E pagar é na altura das eleições.

E, José Siva, das áreas propostas pela UE, o que fez o Governo? Na inserção regional, foi a Cob Verde uma vez. Nas acessibilidades, foi o fiasco dos barcos, é o fiasco das SCUTS, é o fiasco do monopólio SATA e TAP. E na Economia então, os Açores produzem ZERO. Um total Falhanço.

José Silva, parece que você é que não passou na Universidade do José Contente: "prometer 120 e fazer 100". Está tudo dito!!!

Anónimo disse...

O atestado de ignorancia de Jose silva:
(aquela que pelo menos eu retirei):

e muito curta entao, deparo que a sua inteligencia, tal como a do moderador deste blog, sao muito limitadas....nao sera a mesma pessoa que passa o dia a colocar posts e a comentar os mesmos...

José Silva disse...

Obrigado por ficarem em brasa.
Bem-haja.

Francisco Silva disse...

De facto, o José Silva teve o condão de chegar aqui não dizer absolutamente nada em defesa de qualquer posição e terá posto tudo em brasa. Sem dúvida, ninguém dormiu as últimas noites a pensar no enigma José Silva. Pelo menos eu, não durmo novamente hoje.

Porquê, José Silva, porquê? Tende pena de nós.

Voz do outro mundo disse...

Francisco Silva, você tentou ter tanta piada quanto o José Silva.

Lamento, não conseguiu