O Rui referiu-se no post abaixo à corrupção no desporto e referiu nomes concretos, aos quais se poderiam acrescentar outros, incluindo divisões futebolisticas secundárias (havendo histórias muito interessantes por contar há muitos anos).
Como é público, aqui no blogue têm sido feitas inúmeras referências a esta matéria, bem presente e transversal na sociedade portuguesa, aproveitando-se, concretamente, o mediatismo do futebol e o escandaloso Apito Dourado e a sua decisão chavezeniana (pobre Boavista!).
Da minha parte, sempre que se fala da matéria, faço a pergunta do costume: onde anda o Laurentino? Sim, refiro-me ao sociável cavalheiro que ocupa a Secretaria de Estado do Desporto, cuja acção sobre a matéria é idêntica à do Governo de que é membro e da classe política em geral, isto é, nicles, zero. Nada. E, como sabemos, o Nada é Tudo, sempre que se fala do Mito.
Portanto, e por isso, sempre que falo no sociável Laurentino Dias, poderia dizer o nome de qualquer outro político. Refiro este porque ocupa o cargo tutelar e porque o Benfica também é cá da família e, conhecendo, razoavelmente, as leis do jogo, não gosto de o ver jogar muitas vezes contra catorze, mesmo quando, ainda assim, consegue ganhar.
Qual a opinião do dito Laurentino (permita-se-me este tratamento terra-a-terra), relativamente ao que se passou no jogo Braga-Benfica? Também é da competência exclusiva da Liga, porque são apenas casos do jogo?
Os homens bons da terra agradeciam um pequeno sinal.
P.S. - Já agora, se não for maçada, aproveito para pedir aqueles que fazem "ficheiros partidários" sobre quem e aquilo que se escreve na Internet para lhe transmitirem a perguntinha e, se ele tiver uma resposta, qualquer que ela seja, este blogue publicá-la-á com o maior dos gostos, em nome da Verdade e da Liberdade, porque nós não somos o Arrastão.
2 comentários:
Caríssimo,
Efectivamente, foi essa a conclusão que chegeui no meu post, para quê falar da França quando há aqui exemplos muito mais reveladores.
Mas também cheguei à conclusão que estamos a pactuar com as máfias, tal como o Laurentino. Ele fá-lo por omissão de actos e palavras, nós fazemos-lo ao assistirmos aos jogos. Todos nós pagamos à Liga de Clubes e nem é preciso sermos assinantes SportTv.
Depois de reconhecido isso, ou boicotamos totalmente a bola e aí podemos criticar os Laurentinos, ou não boicotamos a bola e somos felizes nos olhos e coração, ainda que não na consiência. Não se pode ter tudo. ;)
Caro Rui
Curto e grosso, se calhar não temos de boicotar a bola, pois tal seria fazer aquilo que os corruptos (da bola) pretendem: afastar as pessoas com carácter do seu caminho.
Temos de boicotar, isso sim, os muitos Laurentinos que andam por aí, sem saberem ou não quererem fazer alguma coisa que seja drasticamente corajoso.
No futebol, por factos juridicamente idênticos, o mais fraco desapareceu do mapa e o outro, não só se assumiu como corrupto, como ainda continua a receber encómios políticos.
Na sociedade portuguesa, em geral, é isto mesmo que se passa. O fascínio do poder, ainda que efémero, apaga muita coisa. É a democracia formal em andamento. No caso concreto dos políticos, lá teremos a teoria da vitimização até Maio/Junho do próximo ano, à espera de uma janela de oportunidade que reforce o respectivo poder, sem que alguém se interrogue sobre se tais pessoas merecem o exercício do mesmo. Da minha parte, o NÃO é inequívoco. Quanto aos outros portugueses...
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