14 janeiro 2010

Do Lirismo ao Realismo


No texto imediatamente abaixo faço uma espécie de elogio à franja dos temas fracturantes. Por muito que isto custe admitir, aprecio a forma como acreditam piamente na verborreia que defendem. São uma escassíssima minoria da nossa população que, apesar de estarem, como é evidente, totalmente alheados da realidade, utópicos que são, revelam-se adversários ideológicos com coluna vertebral. Porém, e novamente sem o perceberem, são usados, quais peões, por almas vendáveis que não têm opinião sobre absolutamente nada, que se movem entre os pingos da chuva sem se molharem, ao serviço de interesses puramente eleitoralistas. Falsos moralistas que falam abertamente de igualdade, liberdade, solidariedade, que fingem gostar das tendências artísticas alternativas, mas que nas esquinas planeiam os mais engenhosos planos para proveito próprio. Frequentam galeiras e museus, sabem de todos, mas não sabem de nada.

Há dias assim. Siga para a música.
Na playlist:

Coco Rosie – Noah’s Ark
Cat Power – Empty Shell
Clan of Xymox – No Words
Raveonettes – Dead Sound
Galaxie 500 – Blue Thunder

4 comentários:

Papio Cynocephalus disse...

um texto a todos os títulos, do caralho ;)

Maria Brandão disse...

pensava que os falsos moralistas eram aqueles que se manifestam em público contra as ditas tendências, quando, na intimidade, até as praticam :)

Rui Rebelo Gamboa disse...

Maninha, questões de intimidade não entram nas minhas contas. Deixo isso para o Alegre ou Triste, que o faz de forma bem acutilante ;)

Papio, como já te conheço qualquer coisa, sei que o teu comentário é positivo :)

Papio Cynocephalus disse...

ufa ;)