No imediato, e na actual conjuntura do país, o casamento entre pessoas do mesmo sexo parece assumir pouca relevância. É sim oportuno, pois funciona como uma ilusão óptica, entretém dando espaço para esconder durante mais alguns momentos o gigante buraco onde Portugal está enfiado. Mas de um ponto de vista mais abrangente, tanto no tempo, como no espaço, será liquido pensar-se que, afinal poderá ser algo mais profundo, como mais um pequeno passo, de mais uma pequena roda na silenciosa, mas transversal, engrenagem que, aos poucos, tem vindo a assumir o controlo da nossa sociedade. Deste modo, é, efectivamente, uma questão de extrema importância em termos estruturais.
Em todo o caso, e apesar das duvidas quanto à forma como a máquina funciona, a verdade é que no seu exterior, a franja das causas fracturantes agarra a bandeira e luta por ela, de forma verdadeira e altruísta, quero crer, pois dedicam-lhe toda a sua energia e dedicação, pelo que nos deve merecer, mesmo assim e apesar das divergências, todo o apreço.
Tente-se, então, analisar a questão em si mesma, pesando os prós e contras para a sociedade no geral. Mas, e porque este é um assunto que toca a mais privada da intimidade do ser humano, não posso alinhar, em consciência, na leveza com que se tem abordado o tema. Assim sendo, só posso dizer que acredito que os possíveis benefícios que o casamento entre pessoas do mesmo sexo possa trazer não suplantam os possíveis problemas. Estou certo que se poderia ter achado uma solução que não afrontasse a nossa conservadora sociedade, uma solução que respeitasse a diferença e que, acima de tudo, garantisse todos os direitos e deveres para todos os casais, independentemente do género. Mais do que recear que esta situação venha acirrar homofobias disfarçadas ou abertas, temo que possa ter implicações no alicerce que sustenta as nossas vidas em comum.
O Estado, entidade criada com o Contrato Social para mediar os conflitos do homem no seu estado natureza, deve garantir a Liberdade de cada indivíduo, mas também deve garantir os meios para uma sã vivência entre todos. Neste caso, e perante a esfarrapadíssima desculpa do PS de não ir em frente com o casamento entre pessoas do mesmo sexo na anterior Legislatura porque não fazia parte do Programa de Governo, só se pode concluir que esta é uma medida que, por um lado, atira areia para os nossos olhos, mas por outro anui a interesses submersos. Perante a importância do assunto, exigia-se outro tipo de princípios que norteassem o processo de decisão.
Em todo o caso, e apesar das duvidas quanto à forma como a máquina funciona, a verdade é que no seu exterior, a franja das causas fracturantes agarra a bandeira e luta por ela, de forma verdadeira e altruísta, quero crer, pois dedicam-lhe toda a sua energia e dedicação, pelo que nos deve merecer, mesmo assim e apesar das divergências, todo o apreço.
Tente-se, então, analisar a questão em si mesma, pesando os prós e contras para a sociedade no geral. Mas, e porque este é um assunto que toca a mais privada da intimidade do ser humano, não posso alinhar, em consciência, na leveza com que se tem abordado o tema. Assim sendo, só posso dizer que acredito que os possíveis benefícios que o casamento entre pessoas do mesmo sexo possa trazer não suplantam os possíveis problemas. Estou certo que se poderia ter achado uma solução que não afrontasse a nossa conservadora sociedade, uma solução que respeitasse a diferença e que, acima de tudo, garantisse todos os direitos e deveres para todos os casais, independentemente do género. Mais do que recear que esta situação venha acirrar homofobias disfarçadas ou abertas, temo que possa ter implicações no alicerce que sustenta as nossas vidas em comum.
O Estado, entidade criada com o Contrato Social para mediar os conflitos do homem no seu estado natureza, deve garantir a Liberdade de cada indivíduo, mas também deve garantir os meios para uma sã vivência entre todos. Neste caso, e perante a esfarrapadíssima desculpa do PS de não ir em frente com o casamento entre pessoas do mesmo sexo na anterior Legislatura porque não fazia parte do Programa de Governo, só se pode concluir que esta é uma medida que, por um lado, atira areia para os nossos olhos, mas por outro anui a interesses submersos. Perante a importância do assunto, exigia-se outro tipo de princípios que norteassem o processo de decisão.
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