24 janeiro 2010

Engenharia Financeira - parte II

Imagine-se que era uma Câmara Municipal não socialista que abria novas estradas, nela colocava todas as infra-estruturas básicas, asfaltando-as posteriormente, com tudo isto beneficiando exponencialmente os proprietários dos terrenos limítrofes, sem que estes contribuíssem com o que quer que fosse, a não ser esperar que o erário público pagasse, e, depois, cobrasse a estes o montante de 1 pelas licenças de ligação dos agora hiper-valorizados lotes às infra-estruturas totalmente pagas pela Câmara (isto é, por todos nós).

Imagine-se, agora, que um empresário solicitava a essa Câmara uma licença para construir, totalmente por sua conta e risco, uma estrada, na qual colocaria todas as infra-estrutura básicas legalmente estipuladas, bem como todas as ligações a cada um dos lotes, e essa Câmara, que nada ali despendera, cobrava a esse investidor privado o montante de 10 pelas mesmas licenças.

Imagine-se, se assim fosse, o que seria dito pelos moralistas do "investimento público"!

5 comentários:

Carlos Faria disse...

Porque será que me cheira que estes posts não são obra do acaso?

José Gonçalves disse...

Como dizia Lavoisier, meu caro,na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, ou seja, tudo se conseva para voltar ao mesmo estado anterior.

Ou, então, em política o que hoje é verdade, amanhã é mentira e vice-versa!

Ou, ainda, olhando o velho princípio de Peter, uma pessoa tende a ser "promovida" até ao grau da incompetência, mas, neste caso, há que assacar culpas a outrém!

A partir daqui, voz aos eleitores lá da zona.

Rui Rebelo Gamboa disse...

agenda política com detergente é o que é ;)

José Gonçalves disse...

Há nódoas tão transparentes que são difíceis de apagar, mas, com várias lavagens, pode ser que vá, desde que postas a nu. :)

Unknown disse...

Por isso temos a nossa máquina de lavar... ;)