12 janeiro 2010

O petróleo do Costa

O Costa descobriu petróleo, no quintal lá de casa. Até aqui nada de novo. Se o petróleo for em quantidade suficiente, está rico. Se for um mero escape de um tubo roto ou de um bidão furado, continua pobre e é um bluff porque, vaidoso e imprudente, se anunciou rico. Comicamente mentiroso, portanto.
Falando de futebol, imagine-se que o meu clube era dono de um poço de petróleo, sabiamente prospeccionado e ainda melhor explorado. Se tal acontecesse, não tenho quaisquer dúvidas de que o meu clube aplicaria as respectivas receitas naquilo que melhor sabe fazer.
Seria mais do que certo, o meu clube aplicaria os respectivos lucros no melhoramento das suas infra-estruturas e dos seus quadros de jogadores, a fim de obter os títulos desportivos nas diversas modalidades em que compete.
Tenho a certeza absoluta de que o meu clube jamais aplicaria um cêntimo que fosse no sector primário, no sector turístico ou cometeria um qualquer "roubo de igreja" à Igreja, substituindo-a numa das suas egrégias funções, o aconselhamento das ovelhas tresmalhadas, por mui nobres que se revelassem as intenções.
Também tenho a certeza de que, se o presidente do meu clube se apresentasse perante uns quantos sócios e começasse a falar para uma fotografia, esperando desta um qualquer sinal premonitório, aqueles convocariam uma assembleia-geral para o destituir e, certamente, haveria mais do que um que o aconselharia (perdoa, ò Santa Madre Igreja, a coisa seria nobre) a um internamento no Júlio de Matos.
Mas o meu clube, é o meu clube, e o Beato é o Beato!

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