“A liberdade assusta, hein?” foi a pergunta-comentário deixada por Tiago R. na caixa de comentários deste post.
Tanto quanto sei, e corrijam-me se estiver enganado, o Tiago R. é comunista.
Tanto quanto sei, e corrijam-me se estiver enganado, o Tiago R. é comunista.
Para mim, bastaria essa associação para terminar a conversa sobre liberdade, por incompatibilidade absoluta entre a dita e o comunismo, largamente evidenciada historicamente.
No entanto, também a história ensinou que o comunismo é inimigo dos homossexuais (a URSS criminalizou, em 1934, as relações sexuais entre homens), o que eu não sou.
Com aquela pergunta, o Tiago confunde casamento homossexual com orientação sexual. Eu não.
Aliás, o que é que a orientação sexual tem a ver com a liberdade, em Portugal?
Que me lembre, assim de repente, nada. Ou melhor, até tem, JÚLIO FOGAÇA.
Para quem não saiba, Júlio Fogaça foi expulso do PCP, em 1961, sob pretexto de ser homossexual e por se afastar internamente das teses de Estaline, sendo secretário-geral do PCP, Álvaro Cunhal, que classificou como "desvio de direita" a aproximação daquele a Nikita Khrushchev.
Em conclusão, o Partido Comunista Português fez uma purga interna e um homossexual, alto dirigente do partido, foi perseguido e afastado.
Assim sendo, presumo que a pergunta era meramente retórica, certo, Tiago R.?
3 comentários:
Como percebe (tenho 32 anos) e não tenho absolutamente nada a ver com a forma como os homossexuais eram tratados na União Soviética.
Quanto a Júlio Fogaça, idem aspas.
Quanto à forma como prefere insultar as minhas ideias (que nitidamente não conhece) em vez de as discutir, fico desapontado.
Mas esclareço: não me assusta, não me choca nem me incomoda que as pessoas se vistam como querem e participem nas relações que entendem, com que entendem. A liberdade deles não me assusta. Era isso.
Ah! Acho engraçada a forma como coloca a vermelho o "Tiago R é C...c...c...comunista!"
Não havia necessidade!
(até porque esses tempos já lá vão há muito!)
Caro Tiago
Pelo que percebi, a pergunta é meramente retórica. Ainda bem, sobretudo porque não me assentaria nada bem o pressuposto de que eu seria contra a liberdade.
Não o insultei a si, como me parece óbvio (aliás, algo de que me retractaria imediatamnte, se fosse interpretado nesse sentido). O que fiz, e faço-o sempre, é apresentar a minha discordância sobre ideologias. E, esta, apesar da distância temporal, estará sempre no meu horizonte com o sinal de PERIGO bem presente. Sofria-a, na minha infância, nos idos de Abril.
Fique, pois, o encarnado do SLB. :)
Sempre com consideração
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