Segundo parece, o ministro Teixeira dos Santos acredita que a violência é unidireccional. Ou seja, na sua perspectiva, os únicos malfeitores que existem em Portugal são os cidadãos. O Estado é, e será sempre, uma, se não a única, pessoa de bem.
Perante medidas que afectam a credibilidade do Estado e dos governantes, por causa de acções e omissões dos próprios, nada como sacudir a água do capote, inverter os papéis, e, em última análise, violentando-os, acusar os destinatários de serem eles mesmos aquilo que outros são.
Pacífico como é, o ministro está esperançosamente convicto de que nada vai acontecer. E tem razão! O manso-tanso tudo permite e tudo aceita, pela natureza fatalista do seu colectivo.
Aliás, o manso-tanso é tão tanso que não se indigna quando o líder parlamentar do Partido Socialista verbera publicamente o presidente do PSD por este pedir desculpa ao povo português, ao ver-se obrigado a viabilizar medidas contra-natura, a fim de obviar as asneiras alheias, cometidas pelo Governo que o partido de Assis sustenta.
Afinal, na esteira da inenarrável Elisa Ferreira, sendo o dinheiro do PS, o manso-tanso sabe que é acessório, cala e consente!
Mesmo vendo exemplos em contrário, ao demitir-se do uso da violência, o manso-tanso, pelicamente, coloca em insustentabilidade quem não foi capaz de resistir à mesma.
Como dizia Pinheiro de Azevedo, é só fumaça!
2 comentários:
Excelente postal...como é hábito. Só me espanta que o belo líder do meu partido peça desculpas pela culpa que não tem ! É uma nova categoria dogmática da culpa. Afinal eu tinha razão ! PPC devia era fustigar o Governo até ao fim e afirmar que o mesmo ia governar até ao fim com as medidas que tomar que seriam objecto de escrutínio dos Portugueses em tempo oportuno.Ao invés prestou-se a este papel que nem sei como qualificar e que só "desculpo" por desconfiar que boa parte das medidas de austeridade são impostas por Bruxelas !
JNAS
libertem a professora bruna!
mais um atentado para dissimular as verdades que os seus pulmões insuflados querem libertar!
Abaixo os espartilhos e outros empecilhos com que se camuflam os dons naturais da liberdade!
O Liberal
27 do VI do ano da graça de 1876
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