A 8 de Outubro de 1910, a "democrática" I República (a tal de que o poeta Alegre é arauto e saudosista) espoliou, perdão, expropriou a igreja de Santo António de Campolide, certamente em respeito tolerante pela crença religiosa do povo português.
Em 1993, tal igreja, ou imóvel como o laico Estado gosta de nominar, foi classificada de interesse público, o que, em Portugal, por norma, significa votar ao abandono.
Degradada e a meter água por todos os lados, literalmente, foi alvo de recomendação do Provedor de Justiça para a sua restituição "gratuita" (ironia!) à Igreja, o que seria um acto de justiça. Para ele, talvez, agora, para o Estado...
Para o Estado, as coisas seguem o lema de há 100 anos: " O que é meu, é meu, o que dos outros também é meu!". Logo, para devolver ao dono aquilo que era seu, ainda por cima desvalorizado, desonrado e vilipendiado, os beneméritos seguidores da I República exigem que este lhes pague algo como 233000 euros.
A ironia da coisa é que a igreja de Santo António de Campolide fica paredes meias com o Estabelecimento Prisional de Lisboa, onde se encontram à guarda do Pedinte alguns cidadãos que também tentaram vender aquilo que não era seu.
2 comentários:
Onde vamos nós... E então o que se passou com os "liberais" em 1820... e com os absolutistas de D.Miguel logo a seguir.. Não há volta a dar. O país é de vigaristas desde sempre. O único sério, apesar de tudo, foi o Sebastião José no séc. XVIII.Os republicanos, no fundo, foram os mais sérios. Eu não disse sérios...
Eh Rui! desde que foste estudar lá para fora nunca mais apareceste aqui nas Feteiras...
Já não ligas aos primos
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