Subsídio-dependência: A Estratégia Eleitoralista do Governo dos Açores

"Região gastou 263,4 milhões de euros em subsídios, créditos e apoios", num aumento, num ano, de 13%!

A arma dos Governos socialistas foi e sempre será o dinheiro, a subsídio-dependênica. Uma estratégia que tem um único objectivo: a eternização no poder. A lógica é simples; criar um círculo vicioso de dependências em que o Governo tem sempre todo o poder. Não há, nem nunca houve, nem nunca haverá, uma verdadeira política de desenvolvimento direccionada para a criação de riqueza. O que há é a dependência do Governo dos Açores das transferências do Estado português e da UE e depois a dependência das famílias e empresas (todas sem excepção) do Governo dos Açores.

Por via do RSI o Governo segura, como se sabe, 8.2% da população. Mesmo quando os técnicos do IAS entendem não conceder o RSI, ou outro tipo de apoio, porque o quadro legal não é cumprido, há sempre a possibilidade de desautorizar esses mesmos técnicos, que trabalham no terreno, em nome do voto. Os restantes, os que trabalham, ou estão na enorme máquina da função pública, que custa milhões, (o chamado amiguismo), ou então trabalham no sector privado, que está também dependente do Governo, por via dos subsídios, ou dos concursos públicos para prestação de serviços ou compras.

É um garrote económico-financeiro-social terrível. É um controlo sobre tudo e sobre todos castrador. É uma estratégia que assenta pura e simplesmente no interesse próprio de quem está nos locais de decisão e que terá como consequência apenas e só o agravar da situação a todos níveis. Os factos estão aí para o comprovar, é o aumento constante de beneficiários de RSI, é o aumento constante de subsídios, é o aumento da máquina de governo, com assessores para tudo e mais alguma coisa, etc. E como a UE e o Estado português não estão para alimentar estes vícios (o tempo do amigo Guterres já lá vai), o Governo carrega nos impostos. Ou seja, o Governo acaba sempre por ir tirar aquilo que "deu", e o dinheiro anda aqui nos Açores a mudar de mão em mão, não sendo criada riqueza, nem entrando nenhum capital de fora. No final são sempre os mesmos a serem beneficiados, queimando depois fortunas em viagens ou em pseudo-sondagens, e sendo sempre o comum do cidadão a ficar com cada vez menos dinheiro no bolso.

Qualquer estrutura construída à base de vícios e dependências, está condenada a cair de podre.