19 agosto 2010

Orgulhosamente só - parte II

Não lhes bastando a patética tentativa de afastar Queiroz, os cavalheiros parece que voltam agora à carga, alegando que o mesmo desrespeitou um qualquer vice-presidente daquela inutilidade (FPF) que não tem utilidade pública, por iniciativa, esta louvável (alguma o homem tinha de acertar), do incontornável secretário de Estado do Desporto, esquecendo que, juridicamente, o processo disciplinar, exactamente por faltar a utilidade pública se rege por princípios diferentes daqueles que lhe querem aplicar, sobretudo no que respeita à entidade empregadora do António, a ADOP.


Sempre fui contra a contratação de Queiroz, mas o que lhe estão a tentar tem a classificação de FP.


A pergunta que se põe, falando daqueles que gerem dinheiros alheios, é saber por que carga de água será Queiroz culpado de alguém ter aposto no respectivo contrato uma cláusula indemnizatória de 3 milhões de euros se fosse despedido e, no caso de ser ele a despedir-se, apenas ele ter de indemnizar em cerca de 300 mil euros.


Depois da dupla asneira, vem a tosca tentativa de desgaste, na mira de um qualquer deslize... como o do médico da ADOP que, por causa do "stress" causado pelas palavras de Queiroz, se esqueceu de um qualquer procedimento numa determinada análise de um específico jogador. Também tem processo disciplinar?!


No domingo, vi na Luz, uma arbitragem vergonhosa, com prejuízo directo do Benfica e três pontos a voar. A actuação do senhor vestido de azul foi demasiadamente inqualificável para poder passar sem o olhar atento do senhor Laurentino. Mas quanto a isso, como sempre e na sua tradição, o senhor deve achar que não é da sua área. Ainda se fosse para entregar medalhas e cortar fitas...


Aliás, pensando sobre o assunto, existe uma coincidência muito interessante entre o Benfica ganhar campeonatos e a Justiça. Em 2004, com o Apito Dourado, o medo obrigou ao recato e o SLB foi campeão. Na época passada, aguardando-se a decisão dos Tribunais comuns, o SLB foi campeão. Ao que parece, sempre que a Justiça anda em campo, as leis do jogo são para todos.


Este ano, passados os momentos judiciais, logo na primeira jornada, em dois jogos de candidatos ao título, a interpretação das regras voltou a ser o que antes fora. O regresso da impunidade, voluntariamente ou não, foi o que me proporcionou o senhor vestido de azul no dia 15 de Agosto de 2010.


O que fariam as autoridades italianas, desportivas e políticas, se estes factos se passassem por lá?!

1 comentário:

Anónimo disse...

Sr Gonçalves, deixe lá os Srs de azul e os de preto, preocupe-se com o de amarelo... sempre de gostei de frango ... à Roberto!
Savrega