A ADOP foi polícia, acusação, juiz e carrasco num processo em que é parte interessada, ditando a condenação (que outra coisa poderia acontecer?!) a seu bel-prazer e logo dizendo que o caso estava encerrado como se, apesar de vivermos num país governado por admiradores do senhor Chavez, não estivessemos (ainda) num Estado de Direito e tal decisão não pudesse ser objecto de recurso.
Ainda vá que não vá, a ignorância poderia ser desculpa por o colectivo de julgadores ser composto total ou maioritariamente por médicos que de Direito pouco ou nada percebem nem têm de perceber. Difícil é perceber o senhor secretário de Estado do Desporto, licenciado em Direito, que logo corroborou o teor da "sentença", parecendo demonstrar que também ele, como aliás já referi aqui e aqui, tem interesse directo no assunto e, mais grave, olvidando a garantia jurídica mais importante do Direito.
Estamos a falar do mesmo secretário de Estado que, por exemplo, se manteve em silêncio quando Scolari agrediu um jogador sérvio.
Estamos a falar do mesmo secretário de Estado que, quando Pinto da Costa aceitou e se conformou com o castigo desportivo ao FCP, por corrupção desportiva passiva, sacudiu as responsabilidades e poderes políticos de que está investido, remetendo tudo "para os homens do futebol", mesmo quando todos nós ouvimos e entendemos o que constava nas escutas, como se a corrupção fosse assunto de leveza moral e legal, mais apropriada para uma conversa de tremoços à mesa do café.
Estamos a falar do mesmo secretário de Estado que, em contraditório com a sua omissão no Apito Final/Dourado, afirmou o seu apoio à instituição do Dr. Horta quando se tratou de alegados casos de doping de jogadores do Benfica, Nuno Assis e António Tavares, apesar das dúvidas, dos esclarecimentos e do relatório assinado pelo técnico "António".
Estamos a falar do mesmo secretário de Estado que, quando todos vêem as arbitragens anómalas que ocorrem sistematicamente, ano após ano, e não falo do simples erro humano, e apesar do que aconteceu no passado, se remete a um silêncio que poderá induzir alguém (os benfiquistas, por exemplo) a interpretá-lo como não neutral.
Estamos a falar do mesmo secretário de Estado que, se esteve atento às arbitragens nas três jornadas decorridas do campeonato de futebol, certamente terá notado algumas coincidentes estranhezas na interpretação das leis do jogo e, consequentemente, deveria exercer activamente as funções para que foi eleito interrogando, no mínimo, os responsáveis pelos ditos apitadores ou, talvez, levando "a matéria a Conselho de Ministros" para defesa de uma indústria, apaixonante, sem dúvida, mas que se quer puramente cristalina pelas centenas de milhões de euros que gera e no interesse da sua sobrevivência.
Estamos, pois, a falar do mesmo secretário de Estado que espera de outrém " transparência, credibilidade e que tome decisões."
E, dele, o que acha que esperamos todos nós?
4 comentários:
Já sabemos que o jorge sousa é superdragão e foi uma vergonha como o rio ave foi derrotado.
O PS está a colocar gente nos postos chave. O Madaíl é o próximo a ser corrido. O Porto vai mandar na bola
A política mete-se em todo o lado.....até no cú dos meninos da Casa Pia....
prevejo que o sr zé já previu que algo vai acontecer este ano... hum... que tal ...Benfracasso...
Savrega
Oh palhaço, o que é que o Hugo Chavez Frias tem a ver com a merda da selecção portuguesa?
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