No entanto, passados quase 5 anos sobre a nomeação de Mário Mesquita e aquilo que os Açores ganharam foi pouco mais que uma ou outra apresentação de um livro feita em Ponta Delgada. Ridículo, portanto. E caso para o Dr. Bradford olhar para trás e assumir o engano.
A questão é simples: a FLAD deve ou não servir os interesses dos Açores? A verdade é que a sua criação se deve ao acordo de cooperação entre EUA e Portugal, que existe devido à presença dos americanos nas Lajes. Mas, nos Estatutos da FLAD não há nenhuma referência aos Açores. E sabia-se que os próprios membros do Conselho Executivo da FLAD nem queriam ouvir falar em interesses específicos dos Açores. Portanto, a nomeação de Mário Mesquita nunca poderia ser vista como uma vitória do governo de Carlos César. No máximo é uma vitória do próprio Mesquita, que nem vive nos Açores há décadas.
Esta sim, é uma questão de Autonomia. A FLAD existe devido aos Açores. Se a FLAD não tem uma acção especialmente direccionada para os Açores, como é o caso, então coloca em causa todo o edifício autonómico açoriano. Porque, no fundo, dizem-nos que fazemos parte de um todo que é Portugal e não podemos ter um regime de excepção. Mas o nosso regime de excepção existe, e existe exactamente devido à nossa condição de insularidade e à nossa posição geo-estratégica no meio do Atlântico, que, no fim, justifica a existência da FLAD.
Com os documentos agora divulgados pela Wikileaks confirma-se o que já se temia, a FLAD existe, isso sim, para salvaguardar os interesses de um punhado de pessoas. A FLAD, nos actuais moldes, é uma derrota para os Açores. Com ou sem Mário Mesquita.
A ver, com atenção, a reportagem sobre a FLAD realizada por altura da nomeação de Mesquita. E confirmar o auto-engano de Bradord e do Governo regional dos Açores, ao esperar de Mesquita o que sabiam que nunca iria ser possível.
9 comentários:
josé sócrates anunçiou hoje que fará tudo para cumprir o déficit por uma questão de credibilidade do país, pôrra que o gajo é autista, o país tem credibilidade, os governantes do país é que não têm,
já i agora, os socialistas estã todos borrados, lá como cá, todos borradinhos, e não é só de medo, é mesmo de m......e....r....d...a....
Muito bem apanhado. O Rui Machete faz o que quer ali dentro e os trouxas aqui do governo dos Açores, bradford à dianteira, convencidos que iam mudar alguma coisa. A existência da FLAD nos moldes antigos já era ofensivo para os açorianos. Mas desde a entrada do Mário Mesquita que ultrapassa tudo. Até parece que nos calam com essas migalhinhas.
Lembro-me dessa reportagem na altura ter passado em claro. Agora constata-se a sua importancia. Também fica a ideia que já houve um tempo, e não foi assim muito longe, em que na RTP-Açores se faziam investigações de fundo, bem feitas e com interesse para os Açores. Este post, esta reportagem, mostram-nos cabalmente como hoje estamos piores do que há 5 anos atrás.
Este rui passa-se. Onde é que diz que a flad tem que servir os interesses dos açorianos?
aldrabões
Prega-lhes Gamboa
Ganda noia! Dá-lhes, Rui!
A FLAD foi durante décadas um bom feudo para os mamões do PSD de Lisboa.
Esse Rui Machete não foi apoiante de Cavaco?
É tudo gente que quer o «bem» do país, principalmente dos seus amigos, afilhados e compinchas, já para não falar das suas boas reformas, honorários e mordomias à custa da posição geo-estratétiga dos Açores.
Os americanos é que sabem dizer que este país está todo podre e clientelar.
Espero que o Dr. Bradford,futuro Ministro dos Negócios Estrangeiros dos Açores, traga essa Fundação para os Açores e que ponha a leilão a favor do tesouro dos Açores, todas aquelas peças de arte e alcatifas de luxo que estão na sede!
O Titi Osvaldo anda a ver tudo que se escreve aqui. http://www.correiodosacores.net/index.php?mode=noticia&id=32117
lá lá lá
o jornalista das famosas criações átonomia e átomoves fica bem na farda de serviço para defender os inescrutáveis caminhos da vontade de governo próprio dos Açores pelos Açorianos, ali e aqui ajudéde por outros meias-lecas, que ao que se sabe ninguém onde se congregam as suas idêias e projectes. Bem dezido e melhor escrevido, sr. Osvaldo, para chegar ao deserto não é preciso ter-se um camelo....
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