19 outubro 2011

César rabo-de-palha?! Huum!...

Via Corta Fitas:

" Não gosto de Carlos César. Não porque é socialista, mas porque é um político socialista típico, com aquele seu palavreado falacioso e moralista, sempre pronto a atribuir a terceiros vícios próprios. Se Cavaco tem sido um "presidente partidário", como qualificar Sampaio e a "estratégia" que desembocou na sua bomba atómica? Ou Soares e as "subtilezas" com que boicotou o seu Primeiro Ministro? Por outro lado, é verdade que não conheço a obra de Carlos César como conheço a de Jardim - presumindo eu que o continente "subsidie" igualmente ambas as regiões. Mas uma coisa sei: é que o socialismo de Carlos César não bastou para arrancar Rabo de Peixe do lodaçal de miséria em que vive esta que é, desde há muitos anos, a mais pobre freguesia do nosso país. Para que bandas das Ilhas se terá voltado o olhar socialista de Carlos César? "

E um comentário:


De Rui Crull Tabosa a 16 de Outubro de 2011 às 19:41

Cara Luísa,

Meteu dó aquela entrevista.
Desde Eanes, que gravava as reuniões semanais com Balsemão e resolveu, ainda em Belém, parocinar um partido político - o PRD - até Soares com o congresso ?portugal, que Futuro?' e o 'direito à indignação' - tão actual, agora -, passando por Sampaio com a dissolução do parlamento em 2004, havendo então uma maioria política que não se desagregara ou o anúncio do veto de diplomas antes mesmo de o Governo as aprovar, como sucedeu com as taxas moderadoras na Saúde...., enfim, um rol de activismo político-partidário mas que nada dizem ao soba dos Açores. O tal cuja mulher derreteu 25 mil euros dos contribuintes em cinco dias com dois boys no Canadá em viagem oficial...
Não vale a pena, que o sujeito é um desavergonhado.


Agora, comento eu:

O que acima se mostra, é um exemplo do que se pensa de Carlos César no continente português, ainda que vá tendo a sorte de ser ofuscado por AJ Jardim. Carlos César deixa o governo da RAA por razões várias, mas, entre elas, não será despiciendo dizer-se que, de facto, juridicamente não poderia ser presidente do governo regional; em segundo lugar, também não é de desprezar a ideia de que, com a bancarrota socialista em Portugal, financeira e política, as contas da RAA serão bem melhor escrutinadas (e, então, veremos como de facto estão); em terceiro lugar, e como consequência, Carlos César não sabe (ou terá receio de) governar em contenção orçamental; em quarto lugar, também não é de desprezar a forte possibilidade de César sair derrotado nas eleições de 2012, suprema humilhação; em quinto lugar, deverá considerar-se que Carlos César tem outro tipo de ambições pessoais a nível político, que não a RAA.

Contudo, ao contrário do que começou a espalhar o coro laudatório, qual vulga coorte, César não tem (só) ambições presidenciais. Reduzi-lo a essa possibilidade, é um insulto para ele, coisa que o afã lambuzante não percebeu.

Com alguma segurança, o que poderá afirmar-se é que César, neste momento, não é candidato a nada em específico. Pelo contrário, Carlos César é candidato a tudo. E esse tudo, dependerá do que o tempo e a circunstância concretos ditarem. Poderá não dar em nada, mas não o menosprezem tão levianamente, ainda que a curto prazo se vá refugiar no patrocínio delfinário, única coisa que temos como certa.

2 comentários:

Anónimo disse...

Cambada de traidores ao serviço da escumalha centralista de Lisboa!

Anónimo disse...

Caga nisso!