22 novembro 2011

Trabalho, precisa-se.

A semana que passou ficou marcada pelo novo aumento do desemprego nos Açores. Segundo os dados oficiais, os desempregados já são mais de 14.000. E claro, sabemos que estes números não revelam toda a realidade do desemprego nos Açores, que está escondida atrás de medidas de cosmética.

O Presidente do Governo regional diz que os responsáveis pelo desemprego nos Açores são entidades externas. A culpa nunca é dele, apesar de ele ser o Presidente do governo regional, entidade responsável pelas políticas de emprego na região. É claro que César já não engana ninguém com esse discurso, nem sequer os próprios militantes socialistas. A culpa é essencialmente do governo regional.

O aumento do desemprego nos Açores é também, é certo, resultado da crise internacional que vivemos, mas é essencialmente resultado de políticas erradas e avulsas do governo regional liderado por Carlos César e Vasco Cordeiro. Destes quase 16 anos de poder, os governos socialistas só conseguiram fazer obra de betão e cimento. Nunca souberam dar respostas em áreas estruturantes, mas com pouca visibilidade a curto prazo, como a Educação ou a competitividade empresarial do sector privado. Preocuparam-se, essencialmente, com políticas viradas para o eleitoralismo.

Mas há soluções. Desde logo, mudar o governo socialista de César e Vasco Cordeiro. É que este governo tem medo da própria sombra. Tem medo de tudo que não possa controlar, por isso prefere ter uma sociedade privada fraquinha e de mão estendida e dependente de apoios públicos. Por isso, as primeiras medidas de um novo governo dos Açores deverão ser para fortalecer o sector privado, para que fique pujante e forte, capaz de gerar riqueza e emprego. Sem receios de nenhuma espécie. Temos que tirar do sector público para devolver ao sector privado. É que, segundo o Orçamento da região para 2011, 45% destina-se a cobrir as despesas de funcionamento e 22% destina-se a garantir as despesas com pessoal. Ou seja, a máquina governativa nos Açores é grande, grande demais, e não cria riqueza, só consome.

Há também que repensar a educação nos Açores. Nós não queremos formação profissional para encher ou ocupar as pessoas, nós queremos formação profissional direccionada às necessidades que a nossa região tem. No mesmo sentido o papel da nossa Universidade. Não queremos cursos e mais cursos apenas para termos altos números de licenciados, que depois acabam no desemprego. Queremos sim cursos e licenciados em áreas que importem e direccionadas à criação de riqueza. E antes de tudo isso, fazer um verdadeiro levantamento, uma verdadeira auditoria da real situação dos Açores. Porque, receamos que este governo não nos diz tudo. Não queremos saber apenas as coisas básicas, como o real tamanho da nossa dívida. Queremos saber o quê importamos. Queremos saber se importamos, por exemplo, produtos hortícolas que podíamos ser nós próprios açorianos a produzir. Se me disserem que há 20 anos os Açores eram auto-suficientes em diversos produtos, como a batata ou a fava e hoje somos dependentes de importações, então há aí espaço para se criar emprego e riqueza a favor dos Açores.

Os Açores têm uma história que mostra sermos pessoas capazes de suster adversidades, somos resistentes, somos inventivos, somos, enfim, pessoas aptas. Além disso, temos recursos naturais únicos que devemos aproveitar em nosso favor e não, como faz o governo de César, os destruir. No mundo globalizado em que vivemos estas são mais-valias fundamentais que temos que aproveitar. O governo de César e Vasco Cordeiro fez, de facto, obras importantes para o desenvolvimento da região. Mas chegou ao fim da linha! Está a cair de podre de estar muitos anos seguidos no poder. Só pensam em si e em serem reeleitos. Não têm visão de futuro. Por isso, precisamos de pessoas novas, com abordagens diferentes e soluções políticas novas que nos tirem desta espiral de pobreza em que estamos cada vez mais metidos.

7 comentários:

Anónimo disse...

Este também é daqueles quer quer que o Governo Regional crie «empregos»!

Com tanta terra para lavrar e cavar, o que é que vocês querem?

Que o governo mande fazer aviões e foguetões?

Anónimo disse...

Esta do desemprego ser culpa dos governos é de rir. Cada um tem de criar o seu próprio emprego má nada!

Anónimo disse...

Discordo.

A nomenclatura podre do tempo de Mota Amaral nunca se soube renovar.

As caras do monumento à autonomia, da carne argentina carimbada, do controlo dos média e de outras escandaleiras, ainda andam por aí bem activas.

É por isso que este PPD/PSD, por mais que se mascare, não convence ninguém.
Não se renovou. Não oferece alternativa. Não soube sacudir com trapaceiros e incorporar gente nova. Prega ao governo o que nas suas câmaras não faz.

Assim, não. Não chegamos a lado nenhum.

Anónimo disse...

Há trabalho sim senhor. O que não há é vontade de trabalhar.
Quem é que o diz? Os emigrantes que continuam a chegar.

Rui Rebelo Gamboa disse...

O governo não cria emprego. O governo não pode é pegar na riqueza para si, tirando-a do sector privado, esse sim criador de emprego.

Anónimo disse...

Tirar do «sector privado»?

Aquele que vive dos subsídios, até para pagar a segurança social?

No tempo do meu avõ, que era um comerciante abastado da praça, só teve carro já quase com cinquenta anos!

Hoje, muitos «empresários» subsidiados até têm iate, case de férias e uma frota de jeep's e bmw'S.

Até têm há frente da Câmara do Comércio um politico e funcionário público , travestido de «empresário»!

Ó Sr. Rui, tenho muita estima por si, mas vai gozar outro!

Bandeira Açores disse...

Quando dizem que o Governo tem culpa pelo desemprego, estou plenamente de acordo.
Imaginemos que o Governo decidia acabar seriamente com as ditas gorduras, imaginem só o número de desempregados que isto iria gerar.
A quantidade de ASPORN (acessores de porra nenhuma) que iam ficar desempregados.