07 dezembro 2011

O sem-vergonha


É verdade que olho para o homem da mesma forma que faço com as personagens da Disney. Quando é preciso descomprimir, nada como ir para a twilight zone. Agora que a realidade nos fulminou, pensei que nunca mais iria escrever sobre a criatura. No entanto, face às execráveis declarações que prestou, estou indignado e apetece-me reproduzir uma quantidade imprópria de vernáculo popular, coisa que o bom senso, que ele não tem, impõe conter.
É absolutamente inqualificável o dito do personagem, ainda que na ignorância daquilo que afirma que estudou, mesmo não se sabendo muito bem onde ou como.
Este sujeito é o responsável político directo pela maioria dos males economico-financeiros que Portugal atravessa.
Este sujeito é o responsável político directo pelo empobrecimento geral que os cidadãos portugueses estão a sofrer.
Este sujeito é o responsável político directo pelo extermínio da classe média portuguesa.
Este sujeito é o responsável político directo pela duplicação da dívida pública.
Este sujeito não tem vergonha. E, porque foi primeiro-ministro, deveria tê-la.
Não a tendo ele, tenho-a eu, perante os nossos credores.
Por causa disso, estou (estamos) a pagar bem caro as tropelias cometidas.
Homem de bem que sou, honro os meus compromissos.
Ele, devendo fazê-lo igualmente, escolhe outro caminho.
Atendendo às suas palavras, decididamente, vivemos em mundos diferentes e regemo-nos segundo princípios opostos.
Ainda bem que neste caso é tudo preto e branco.

18 comentários:

Anónimo disse...

Só uma achega, se me permite:
Este sujeito afirma que não perde um minuto do seu futuro a pensar nos erros do passado. Ora isto revela muito do seu carácter, quer a nível pessoal quer a nível pessoal.
- m

P.S. Ele está a estudar filosofia, certo? Pois parece-me que não tem aprendido muito.

Anónimo disse...

Este governo já admitiu: a crise que se vive em Portugal foi imposta do exterior e a sua solução passa pelo enquadramento económico internacional.

Este senhor, ex-primeiro ministro, tem só e apenas uma parte das responsabilidades. Outros as tiveram também, incluindo membros do actual governo e presidência da república.

Ou os ex-ministros que temos, que protagonizaram escândalos financeiros, são meninos do coro?

E o governo da Madeira?

E a culpa que todos nós temos, quando vemos trafulhice e condescendemos?

Tentar resolver as coisas, criando bodes expiatórios, não leva a nada.

Economista, licenciado nos EUA disse...

Ó mais irónico de tudo isto é que ele tem razão.

Vem nos livros.

É como ele diz, basta estudar.

Os EUA devem triliões e mais triliões.

O Haiti deve dever para aí umas poucas centenas de milhões.

Quem está melhor?

Afinal, Sócrates, está aproveitando muito bem a sua estadia universitária em Paris.

Tiro-lhe o chapéu.

Anónimo disse...

O estudante Sócrates

José Sócrates é o típico aluno medíocre que ‘apanha’ umas ideias e depois debita-as com grande autoridade. Conheço vários. Felizmente, nenhum deles chegou a primeiro-ministro, embora o futuro seja uma surpresa constante.
1h00
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Comentários (8)

Por:João Pereira Coutinho, Colunista

Agora, de Paris, Sócrates resolveu abismar o mundo com uma teoria que aprendeu: pagar a dívida é ideia de criança. Dito assim, a coisa exigia um cordão sanitário nas fronteiras para impedir o retorno ao país – e, quem sabe, a Belém – de semelhante génio financeiro. Mas depois Sócrates corrigiu esta teoria com uma versão igualmente mal colada: infantilidade é pagar a dívida por inteiro e de imediato.

Quase, José, quase. A lição completa é outra: a dívida de certos países só pode ser ‘eterna’ quando existe crescimento económico para a ir ‘eternizando’. Quando um país não cresce e só contrai mais dívida, o resultado é a bancarrota.

Eis um pensamento melancólico que o estudante Sócrates teria aprendido se não andasse a faltar às aulas.

Economista que nao estudou no EUA disse...

Já perceberam porque estamos falidos?
08 Dezembro 2011 | 23:30
Camilo Lourenço - Lourenço

José Sócrates diz que pagar dívidas do Estado é ideia de criança: "Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são, por definição, eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei".
E acrescentou: "Claro que não devemos deixar crescer a dívida muito, porque isso pesa depois sobre os encargos. Todavia, para um país como Portugal, é essencial financiamento para desenvolver a economia".

Caro leitor, já percebeu por que estamos na bancarrota? Sócrates não percebe nada de Economia e não aprendeu com os erros. Vejamos: se o Estado se endividar para fazer investimentos úteis, o retorno desses investimentos é suficiente para amortizar a dívida contraída. Não há razão para não pagar dívida se há dinheiro. Foi isso que fizeram Suécia e Irlanda (esta até ao colapso do seu sistema financeiro) nos últimos 20 anos.

As dívidas só se mantêm elevadas, e por isso têm de ser "roladas", quando os investimentos não criam riqueza. Como aconteceu connosco na última década e meia. Além de que "rolar" dívida é arriscado: quando os mercados percebem que o Estado se viciou em endividamento, penalizam os detractores.

Mais: se de repente o Estado tiver de se endividar para fazer a uma emergência, o stock de dívida (e o seu custo) disparam para níveis proibitivos. Exactamente o que Sócrates fez nos últimos três anos: levou a dívida pública de 68% para 100% do PIB (com retorno zero).

Só há uma coisa que não percebo nesta conversa: onde mesmo é que Sócrates "estudou" estas teorias? Definitivamente não se deve tirar cursos ao fim-de-semana…


camilolourenco@gmail.com

Anónimo disse...

"mas enfim isto é uma discussão muito técnica", diz o cavalheiro. Deve ser como o inglês técnico que também estudou durante algum tempo.

Anónimo disse...

Uma mentira repetida n vezes chega a verdade e mais ainda num país de analfabetismo de expoente máximo.

99,99% dos tugas não pesca nada de nada quanto mais de economia mas continua a apontar o dedo ao socrátes. Enfim...

Anónimo disse...

José Sócrates tem razão.

E é isso que os ignorantes não suportam.

Paciência...

Anónimo disse...

«Sócrates gastou 13,5 milhões em carros» - CM


Por Redacção

O governo de José Sócrates gastou mais de 13,5 milhões de euros com a compra, em 2010, de 676 carros novos.


Claro que mau é o outro que não pode andar de scooter em deslocações oficiais.

Anónimo disse...

Esta personalização dos gastos do Estado numa pessoa já é doentia.

E então, quando o Cavaco foi Primeiro-Ministro?

E Mota Amaral? E Guterres? e Durão Barroso? e Paulo Portas? e Santana Lopes? e Alberto João Jardim?

Tenham juízo.

Não sejam parvos!

Lourenço disse...

Só espero que daqui a 4 anos ainda se lembrem do Sócrates, quando precisarem de saúde, ensino, trabalho, vencimentos...é que por este andar um dia de manhã vou perguntar a este 1º ministro qual é o preço que tenho de pagar ao país para trabalhar!!!! Sinto-me esbulhado e vilipendiado... Um abraço!
Mário Lourenço

Anónimo disse...

NO TEMPO DE VASCO GONÇALVES TÍNHAMOS DINHEIRO E LIBERDADE!

AGORA ESTAMOS PIOR DO QUE NO TEMPO DO COMUNISMO DA ALBÂNIA!

QUANDO É QUE PEGAMOS FOGO AO TERREIRO DO PAÇO E LINCHAR TODOS AQUELES MIGUÉIS DE VASCONCELLOS????

Anónimo disse...

Acusar o Sócrates é conversa de taxista...

Anónimo disse...

Já há muitas mães de familia a vender a xixona para alimentar os filhos...

Anónimo disse...

Epá...quando vejo governantes na tv começo a gritar que deviam estar todos presos.

quando vejo o pessoal a fazer greve mando irem trabalhar.

quando vejo os professores a queixarem-se e o medicos digo voces não querem trabalhar.

epá eu cá sou sempre do contra.

Anónimo disse...

E eu sou do Benfica.

Já se vê que eu também não regulo bem da cabeça!

Anónimo disse...

Obviamente, um benfiquista nunca regula bem da cabeça.

Isso já foi provado num laboratório americano.

Anónimo disse...

É incrível como agora falar mal de Sócrates já é chic quando ele serviu os capitalistas, quando ele nacionalizou o BBN e fechou os olhos à falcatrua dos submarinos, quando Belmiro e outros gurus capitalistas o tinham como salvador, todos se curvaram, agora que é necessário arranjar esquecer a catástrofe da governação PSD/CDS, toca a rufar os tambores de apontar em outra direcção.
Mas se estão sinceramente contra ele porque lhe seguem as pisadas e aceitam os "negócios" ruinosos da troika?
Porque não o chamam Justiça, será que telhem medo que ele os acuse de cúmplices?
Olhem para o estado que este governo esta a deixar o País(sem ter qualquer estratégia de governação)na ruína, e discutem o que verdadeiramente se pode alterar, e não as novelas em que foram também protagonistas.