Esta semana tem sido uma graça.
Os "cristãos-novos" começaram a movimentar-se, iniciando uma caminhada na fé descoberta recentemente, num atalho de Santiago, por prognose póstuma.
Os "cristãos-velhos", aqueles que costumam aparecer com ar beato nas missas em que está presente o bispo ou nas procissões em que alguém lhes apõe uma opa de destaque, sem vergonha, começaram a pregar aos próprios fiéis a fé que, anteriormente, estava expectante na esquina da memória.
Até aqui, convenientemente, tinham-se esquecido de que a fé só será conhecida se apregoada e que a mesma só se dilatará com sacrifício, batendo humildemente porta a porta, escutando os argumentos contrários e apresentando os próprios.
A partir de agora, reclamarão e centrarão em si, ignobilmente, as conversões que outros, anónima e activamente, abençoaram, sem medo nem calculismo, assentes na convicção da verdade.
A partir de agora, pomposamente, frequentarão assiduamente a igreja e cantarão hinos de alegria, sentados nos bancos mais próximos do altar, quando deveriam recolher à cela do convento, fazendo votos de silêncio e de isolamento.
Quando acreditamos, o rosto, a mão ou a palavra oferecem-se sempre, sobretudo nos tempos incertos e árduos.
Está, pois, a decisão soberana na hierarquia que, como bem sabe, se ficar à espera destes "cristãos", não haverá fé, nem império, nem almas: só "molaflex" ao sabor da incerteza conjuntural.
Esta semana tem sido uma graça. A dignidade do resto será confirmada pelo tempo.
* Texto publicado após a vitória eleitoral do PSD em Junho de 2011
Os "cristãos-novos" começaram a movimentar-se, iniciando uma caminhada na fé descoberta recentemente, num atalho de Santiago, por prognose póstuma.
Os "cristãos-velhos", aqueles que costumam aparecer com ar beato nas missas em que está presente o bispo ou nas procissões em que alguém lhes apõe uma opa de destaque, sem vergonha, começaram a pregar aos próprios fiéis a fé que, anteriormente, estava expectante na esquina da memória.
Até aqui, convenientemente, tinham-se esquecido de que a fé só será conhecida se apregoada e que a mesma só se dilatará com sacrifício, batendo humildemente porta a porta, escutando os argumentos contrários e apresentando os próprios.
A partir de agora, reclamarão e centrarão em si, ignobilmente, as conversões que outros, anónima e activamente, abençoaram, sem medo nem calculismo, assentes na convicção da verdade.
A partir de agora, pomposamente, frequentarão assiduamente a igreja e cantarão hinos de alegria, sentados nos bancos mais próximos do altar, quando deveriam recolher à cela do convento, fazendo votos de silêncio e de isolamento.
Quando acreditamos, o rosto, a mão ou a palavra oferecem-se sempre, sobretudo nos tempos incertos e árduos.
Está, pois, a decisão soberana na hierarquia que, como bem sabe, se ficar à espera destes "cristãos", não haverá fé, nem império, nem almas: só "molaflex" ao sabor da incerteza conjuntural.
Esta semana tem sido uma graça. A dignidade do resto será confirmada pelo tempo.
* Texto publicado após a vitória eleitoral do PSD em Junho de 2011
4 comentários:
O mal Caro José Gonçalves é que se trate a politica como religião(mesmo que seja como figura de estilo)é claro que para se aproveitar o momento de crise para alterar a forma de ser do PSD de longa data(em todas as vitórias eleitorais os figurões se chegam à frente para a fotografia de Família)temos que provocar um tsunami, tal é a forma e o conteúdo a alterar, penso que os Sociais Democratas não estão preparados para tal, independentemente de boas "almas" existirem nas hostes do PSD.
No tempo do Mota Amaral até os adúlteros «tomavam Nosso Senhor» e as suas belas mulheres recolhiam «donativos» ao domingo e nos dias de semana punham os cornos nos maridos!
Pois é, eles "andem" aí.
A solução é mandá-los ou mantê-los no "banco" até que "vaiem" aos treinos todos, e não só aos treinos antes dos grandes jogos.
Não os deixem jogar.
Floribela.
Todos são importantes. Venham eles, o cristãos-novos. Vamos saber os usar e dispensar depois...
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