Indignado, o Nuno Barata ofereceu-nos a construção de um cocktail molotov.
Não é todos os dias que se vê um homem das direitas democráticas alinhar,
teoricamente, com as práticas das esquerdas revolucionárias.
Os Ches, os indignados das Cimeiras, os
Okupas e quejandos, apoiando-se em Camões, já ali viam "um Nuno fero,
Que fez ao Rei e ao Reino tal serviço," mesmo que o ensinamento do
impulso emotivo para alguns deles nada tivesse de novo, quando, com um clique,
apenas mais um simples clique e uma palavra, o bom do Nuno lhes atraiçoou o
instinto e o ímpeto, arrepiou caminho e, renegando o estatuto revolucionário,
reentrou nos brandos costumes da gente branda. Mais do que acto de contrição,
que desilusão apagou o fogo que te abrasou?
2 comentários:
Caro José Gonçalves
Aqui esta uma forma sabia de escrever sobre outros assuntos(fugindo à "fogueira" que queima)com a qualidade literária que é capaz, e contribuindo para se pensar sobre os limites da liberdade e da censura.
No fundo é uma forma eficaz e conseguida de interferir na blogosfera(sem se comprometer) e sem ser acéfalo.
Saudações
E que puta é que te pariu, para seres assim tão sabujo?
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