Portugal, 4
de Outubro de 2013
Como alguns
repararam, sou um adepto (ex. 18 anos de sócio) muito preocupado com o que a
comunicação social escreve sobre tudo que diz respeito ao Benfica, a forma como
são arranjados títulos nos jornais, destaques nas TV’s, rádios e onlines, porque admito a extraordinária influência
que isso tem nos adeptos.
A conclusão
que já tirei há muitos anos, é que o Benfica não tem boa comunicação social, ao
contrário de FCP e SCP. Isto é: a equipa
de futebol do Benfica não tem bom tratamento dos “média” mas o Presidente sim,
tem. Nunca vimos plasmado num título
ou destaque de jornal, rádio ou televisão, qualquer notícia que seja desfavorável à ideia que se criou
de que Vieira é o melhor dos melhores presidentes do Benfica, mas em contrapartida,
os sucessivos méritos da equipa de futebol e deste treinador em particular, são
postos em causa com destaques negativos e em alguns casos, humilhantes.
Ora neste
contexto, esperar que os adeptos do
Benfica pensem com frieza no que é melhor para a sua equipa, é escusado.
Desde os adeptos anónimos, aos adeptos notavelmente conhecidos da comunicação
social (sempre os mesmos), a esmagadora
maioria pensa e actua com base no estímulo exterior.
A derrota por
3-0 em Paris é o pretexto, apenas um
pretexto, mas é o último que está em cima da mesa. 4 dias depois de sermos
gamados no jogo com o Belenenses que nos impediu de ganhar o jogo, 5 dias
depois de vermos o FCP ser ajudado a ganhar 1 jogo pelo árbitro do costume e
pelo penalty do costume, falsificando-se
jornada a jornada a pontuação na tabela classificativa, eis que o treinador
que mais pontos fez pelo Benfica, que mais alto levou o nome do Benfica nos
últimos 30 anos, é colocado no centro de
uma crise que não existe. A comunicação social diz que sim, mas o que existe é uma classificação “batotada”
em que o Benfica não está em primeiro
lugar devido a erros monumentais de arbitragem. Caso estivesse, obviamente
que a derrota em Paris era secundária, mesmo que a exibição não convencesse os
críticos exigentes.
O grau de
exigência dos “média” em relação ao Benfica, sempre foi (e será até que alguém perceba que não nos beneficia), muito exigente e muito mais que para FCP
ou SCP. Qualquer jogo do Benfica é
para jogar bem, ganhar e de preferência por muitos. Menos que isso, há
sempre o risco de se falar de “nuvens negras”. Coitado do treinador (alguns pseudo intelectuais do futebol
esquecem que todos os treinadores do Benfica, têm passado este calvário e por
isso não surpreende a média de 1 treinador por época, no mandato de Vieira).
Vejamos um
exemplo do mesmo jornal a BOLA que não considerou preocupante a derrota em casa
do FCP com o Atlético de Madrid, o mesmo jornal que não considerou humilhante a
goleada sofrida pelo FCP contra o Arsenal por 5-0, o mesmo jornal que equipara,
pelo título, a derrota do SCP com o Bayern por 7-1 com a derrota do Benfica com
o PSG por 3-0. Na antevisão ao jogo Lyon-Benfica, Outubro de 2010, num texto
escrito pelo benfiquista Fernando Guerra e que o jornal intitulava na edição de
20/10/2010: É GANHAR, MAIS NADA!
“Fase crucial para se desenhar a passagem aos
oitavos-de-final. Empatar em Lyon e vencer em Lisboa será uma solução
interessante. O treinador benfiquista "calou" os jornalistas
franceses ao elevar a fasquia ao limite...
Interpretando à letra, percebe-se que a
prudência aconselha um Benfica menos romântico do que o de Liverpool - em que
dominou, intimidou, assustou e... saiu de Anfield a engatinhar, sem força
anímica para reagir a expressiva goleada - e mais ousado do que perdeu na
Alemanha diante do Schalke, com toda a gente a seguir o jogo na televisão em
Portugal e a sentir o incómodo por uma derrota que cheirou a injustiça e podia
muito bem ter sido evitada.
É precisamente entre o oitenta de Liverpool e o oito de Gelsenkirchen que
mais logo deve posicionar-se a exibição benfiquista...”.
O texto do
jornalista tem algumas incoerências, que vão do 8 ao 80. O Shalke04 nessa época
atingiu as meias-finais da Champions, mas para ele a derrota podia ter sido
evitada, porque ele não chegou a perceber com quem o Benfica estava a jogar. Há 3 anos, como agora, a teoria destes
gajos é que se o Benfica tivesse outra “atitude” (ou o treinador alinhasse
outros jogadores), o resultado podia ter sido outro. Claro. Se tivéssemos a
atitude de Anfield Road, se calhar trazíamos um “cabaz” de Paris e depois era o
fim do mundo. Como em Vigo (porque foi o que se passou: boa atitude do Benfica, muito ataque, e muitos golos sofridos em contra
ataque).
Se
destrocarmos por “miúdos” o que Guerra escreve, podemos ver que para estes gajos, tanto dá que o Benfica
jogue com o Shalke04, como contra o Belenenses ou o Cinfães: é GANHAR E MAIS
NADA.
Como é possível gerir o futebol do Benfica com
serenidade e sucesso, neste contexto de ilusões, incompetências e ignorância
sem limites, que depois se passa para os adeptos? Não é!
2 comentários:
E se jogassem mais à bola. gosto muito destas teorias da conspiração mas quando se trata da hora da verdade, lá dentro a suar a camisola e a mostrarem que sabem dar dois pontapes na bola moita carrasco. Que moral tem um benfiquista para falar de arbitragem ? O Calabote?
Que moral tem um portista para criticar um benfiquistas que critica a arbitragem? Calabote? Mas o FCP ganhou o titulo.. ou será que temos de falar do Guiomar, o árbitro que arbitrou o Torriense - FCP?
Mesmo que não fosse necessário ir tão longe, quem teve casos com António Garrido, Francisco Silva, Calheiros, etc, que moral tem para fugir ao assunto?
O que é que está errado neste texto afinal?
E por falar que os jogadores devem jogar mais, está a referir-se ao Estoril-FCP?
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