15 maio 2006

O futuro da Europa

Qual o papel da Europa na nova Ordem Internacional? O Mundo, tal como o conhecemos, está a mudar, novas potências, como a China, a Indonésia, a própria Rússia estão com cada vez mais poder no Sistema Internacional, à custa, exactamente do velho continente.

O estranho é como a Europa dominou o Mundo durante tantos séculos, é óbvio que as razões são várias e conhecidas, mas não se pode deixar de achar difícil que tal tenha acontecido. O que se verifica actualmente é que a Europa está a ocupar o seu verdadeiro lugar na hierarquia do Sistema Internacional. Para potenciar as suas capacidades e para ter algum peso real na Nova Ordem Internacional, a Europa percebeu que só através da união efectiva dos poderes de todos os seus países, é que o conseguiria. A actual União Europeia é o resultado desses esforços.

Por avanços e recuos a construção europeia lá foi acontecendo e hoje encontra-se num impasse, por força da não aprovação da nova Constituição, por franceses e holandeses, por razões que parecem ser mais internas de cada um desses países, do que do conteúdo da própria Constituição. Este é um problema real e que para o qual os europeus vão ter de arranjar uma solução.

O problema está na integração política de todos os países. Porque a integração e união económica é um facto e está muito avançada, exemplo disso é a moeda única. Com todos o problemas e imperfeições que o Euro ainda tem, a verdade é que este foi um enorme avanço, que foi conseguido, por parte dos estados-membro. Agora põe-se um problema muito maior e mais profundo, porque a integração política pressupõe que os países membros abram mão dos seus poderes mais primários, como a defesa nacional, ou a justiça e administração interna, ou mesmo as relações internacionais. Devido aos nacionalismos que pululam por todos os Estados-membro e à força que têm, este vai ser um problema de complexa resolução.

Eu sou um entusiasta do projecto europeu e penso que esta é uma época de grandes mudanças, não só a nível europeu, mas também a nível internacional. A única forma da Europa se manter como uma força real no panorama internacional é através da integração total de todos os países. E a diversidade cultural não pode ser vista como obstáculo, mas sim como uma riqueza a explorar, uma vez que um dos componentes do poder, a nível internacional, é a população, em termos quantitativos e qualitativos.

O papel da Europa na nova Ordem Internacional depende, assim, de um novo Tratado que una, de verdade, todos os Estados-membro. Um dos princípios básicos das Relações Internacionais, para o aumento de poder é: dividir para governar. A divisão europeia, seja por influencia exterior, ou por falta de entendimento dos próprios europeus, será o factor decisivo para o futuro da Europa.

48 comentários:

Pedro Lopes disse...

Rui tal como tu sou um entusiasta do projecto europeu. Mas é necessário não esquecer que o que vale na relação de forças a nível internacional (ex população, rendimento per-capita, pib, etc...) também se verifica, e continuará a verificar-se entre os estados membros, devido ao sistema de votos e ao peso de alguns estado membros (frança, alemanha, inglaterra) nas decisões que norteiam o projecto europeu.
Não creio que quanto a isso haja volta a dar. São contingências!!
Mas não há dúvidas em afirmar que ganhamos individualmente e ganhamos unidos, nesta economia global.
Temos, Europeus, de ter orgulho na nossa heranaça cultura, e em particular os Portugueses que foram que primeiro entendeu esta visão global do além mar através dos descobrimentos. Não podemos, nunca, é ter a arrogância de pensar que somos, de algum modo, superiores ou mais esclarecidos, pois pelo menos nos nossos dias já conhecemos a riqueza cultural de uma China, os conhecimentos astrológicos e outrosde uns Maias, o engenho dos índios americanos, a Mesopotânia, os egípcios, ect, etc..todos tiveram virtudes e nos enriqueçeram e todos (com residuais excepções)cometeram excessos e até atrocidades. Mais uma vez olhémos prá história e não deixémos que essas atrocidades se verifiquem.
Estará o Irão englobado nesse lote de "não repetição"?

Rui Rebelo Gamboa disse...

Eu compreendo a tua visão sobre o modelo actual europeu e o sistema de votos, por isso é que acho que este sistema actual está esgotado, no sentido em que Jorge Sampaio usou em relação ao Estatuto da R.A.A. É preciso fazer mais e quando falo de nacionalismos que pululam pela Europa fora, falo, por exemplo, desse sistema de numero de votos, que não pode ter como critério os países, mas sim as populações em si.

A qustão do Irão, PP, penso que os EUA não vão entrar lá como o fizeram no Iraque, o Conselho de Segurança da ONU vai ter uma palavra a dizer, e lá está, quem tem neste momento o verdadeiro poder de evitar que algo aconteça no Irão, como aconteceu no Iraque, não é a Europa, é a Russia ou a China. Para mim a grande motivação dos europeus deve ser recuperar esse poder internacional, através da unificação política real. Esse é, para mim, o grande desafio dos europeus.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Como se sabe quando Sampaio disse que o Estatuto da Região Autónoma dos Açores estava esgotado, foi no sentido que era preciso conceber um novo onde a R.A.A. tivesse mais poder e maior independencia e não como na altura, alguns iluminados, o entederam.

Anónimo disse...

Caro Rui, Os Brits defendem a seguinte tese, com a qual eu concordo. A união da Europa não se consegue através de constituições. Consegue-se fundamentalmente através da criação de uma interdependência real e profícua, a vários níveis. Uma constituição é uma cristalização ou organização dos princípios elementares e constitutivos de uma regime político. Emana, tradicionalmente, de uma cultura política comum. Ora, poderemos falar de uma sensibilidade politico-cultural comum em toda a Europa mas NÃO de uma cultura política comum. Longe disso! Por conseguinte, tentar forçar a criação de algo que ainda não está assegurado por "orientações convergentes" é, como dizem os Brits, "asking for trouble." Os optimistas defendem a noção de que é possível avançar em ambas as frentes ao mesmo tempo. É possível mas não é desejável por uma razão (entre várias) que tem a ver com um processo que foi identificado por Claus Offe há muito tempo: a simultaneidade de processos de decisão e politização e a relação entre eles. A EU pode, centro de pouco tempo, começar a sofrer de um mal clássico (e paralisante) dos sistemas políticos plurais: o excesso de complexidade!! Ou seja, a problemática da constituição produz problemas-efeitos que afectam negativamente a criação da tal interdependência (pq introduz conflitualidade a um nível normativo elevado, acirra ânimos nacionalistas desnecessários que, caso contrário, poderiam passar despercebidos etc) One thing at a time!!!

Rui Rebelo Gamboa disse...

E nós nem estamos a contemplar nesta análise a questão Turquia, porque para o futuro da UE, em termos de poder internacional, aquele país é de uma importancia vital (não sei se ouviste o Durão Barroso sobre isso em entrevista ao Nuno Rogeiro) devido à sua importancia geo-estratégica.

Já foi tratado noutro post a questão de ter de se encontrar valores comuns às diferentes religiões (por causa da questão Israel e tudo mais) e nesta questão da Turquia vai haver uma grande resistencia, porque é um país grande e terá que ter muito peso e porque, principalmente, é doutra religião dominante, ora se a UE é fundada em valores como a liberdade do homem e consequente liberdade de religião pode ser algo que poderá por em causa o próprio futuro da UE.

Pedro Lopes disse...

O nosso colega Ezequiel focou aqui um aspecto que considero muito pertinente, a questão de caminharmos para uma Europa demasiadamente complexa nos seus aspectos decisórios, e na autonomia executiva em determinados aspectos, pois o Parlamento em Bruxelas só tutela sobre questões muito macro, havendo, ainda, largos poderes sobre a alçada de cada estado membro. A solução passará sempre por bruxelas ir "reclamando" mais capacidade de decisão sobre mais àreas.
Aí os nacionalistas vou insurgir-se, reclamando soberania e criando entraves aos seus governantes, como aconteceu em França.
A Turqui, o cancanhar de aquiles, da Europa, pode ser também um primeiro passo para travar o choque de religiões que se vem verificando. Não temos de temer os muçulmanos. Já há aos milhares pela Europa. Só temos de temer os islamitas, os que matam pela diferença os que estão cegos pela lavagem cerebral a que são sujeitos em algumas Mesquita. E já as Há na Europa, não precisamos de esperar pela Turqui. A sua localização estratégica.
Vamos adiar. Até quando?

Anónimo disse...

Bem, suspeito que os Frenchies e os alemães(austríacos e outros) não querem a Turquia na Europa por razões que pouco tem a ver com os probs da complexidade em processos de decisão(Etc). Mas, se a Turquia entrar, o que desconfio muito (a médio prazo), a coisa fica deveras difícil. É uma questão que brian barry levanta a da relação da diversidade com a solidariedade e as capacidades redistributivas do estado (esta no "UCL school of social policy papers", algures ) Imagina, por exemplo, um partido islâmico no parlamento europeu com uma dezena ou duas de deputados?!?!?! Talvez até fosse salutar para ajudar a desconstruir o fervor religioso, incutindo nele algum secularismo, nem que fosse apenas "procedural".(não me recordo da palavra em português)

Caro PP,

Bruxelas pode reclamar mas, como afirmas, e bem, os nacionalistas vão se insurgir (já estão) e, além disso, ainda não sabemos se Bruxelas é mesmo capaz de resolver as grandes questões que confrontam a Europa. Portanto, podemos assistir a um acumular de duas crises: uma diz respeito às soberanias nacionais, e outra que diz respeito à eficácia governativa ou "performance legitimation." Ou seja, bruxelas pode reclamar mas poderá não ser capaz de legitimar. Este é um prob BICUDO (basta ver a indiferença dos eleitorados europeus face às instituições europeias!)

Concordo com o PP. Devemos aceitar a turquia mas não tenhamos dúvidas. Vai ser um processo muito complicado!!! Existem milhões de islamitas na turquia. Qualitativamente, é um GRANDE SALTO. (sim já existem mts muçulmanos na europa, é verdade, mas isto vai ser uma mudança complt diferente) A GB e os EUA são a favor mas não acredito que os Franceses e os Alemães aceitem. Vão inventar pretextos para adiar ad infinitum.

Anónimo disse...

Se recusam perdem...
Se aceitam perdem...

Este mundo est+a cheio de problemas! ehj eh eh ehe he eh
Not easy!!!

Anónimo disse...

É um imbróglio e pêras: os estados nacionais, que desfrutam de legitimidade (nacional) vão reclamar poderes para resolver problemas que transcendem a orbita das nações-estado...enquanto as instituições comunitárias tentam congregar poderes (para resolver probs) que não conseguem legitimar adequadamente...Uma crise de legitimidade (EU)...ou uma crise de eficácia... E, mais dramático ainda, as reformas que a EU necessita de executar vão afectar os poderes e culturas políticas nacionais...ou seja, vão mexer com as bases reais de legitimidade. Por exemplo, será que alguém antevê a adopção(real) de reformas laborais na França ou em Itália (ou em Portugal)? Acho que não. A comissão tem muito pouco espaço de manobra. É uma constelação muito complexa de interesses e culturas políticas.

Anónimo disse...

Vale a pena não perder um único episódio desta telenovela...

Pedro Lopes disse...

SEm dúvida Ezequiel, uma análise clara e com a objectiviade possível, mas que nos deixa, como não poderia deixar de ser, na expectativa. Por isso, também eu, vou ver os próximos capítulos, com alguma ansiedade.
A Europa tem de ter também uma palavra a dizer na eterna questão Israelo- Palestiniana.
Estamos numa fase muito delicada, em que o actual Governo do Estado Da Palestina não reconhaece o seu vizinho Estado de Israel. A Rússia chegou-se à frente para iniciar negociações e promover o diálogo, e após alguma expectativa, começam agora a vir sinais ténues do Governo Palestiniano que indiciam que está, precionado pelo embargo internacional, prestes a reconhecer o seu velho inimigo.
Claro que o Governo da Palestina foi formado pelo Hammas, conhecidos terroristas Islâmicos. Ou será conhecidos soldados da Palestina?
Este tema também tem próximos episódios....

Rui Rebelo Gamboa disse...

Como eu já disse atrás este Tratado actual onde stá assente a UE está esgotado, daí a limitação da Comissão e, é óbvio que por isso é que está em discussão a Constituição.

Quanto à questão do Hammas: se queriam que a população decidisse, então têm que se aguentar com as consequencias. Penso que a nossa percepção de Israel e daquele conflito é muito influenciada pelo omnipresente lobby pró-judeu que governa os EUA e a opinião ocidental.

São de facto problemas complexos e difícil resolução e compreensão, mas como Jonh Lennon: "é muito fácil viver de olhos fechados e não conhecer a realidade que nos rodeia"

Ezequiel, penso que o fervor religioso cristão na Europa está muito debilitado, a prova é a adesão ao (eu acho detestável) Código Da Vinci. Mas uma coisa é ser cristão praticante, outra é estar contra o islamitas por principio apenas, é a questão da imagem que temos deles, imposta pelos media e, é claro, pelas as acções daquleas minorias, como as Al-Quaeda's.

Outra questão que vou tratar aqui no futuro é, para mim, o encurrulamento do Bin Laden e da própria Al-Quaeda, mas que resulta na proliferação de muitas outra "Al-Quaeda's". Se querem ganhar esta guerra, não parec que vão no bom caminho!

Anónimo disse...

Caro Rui,

Referia-me ao fervor religioso dos fundamentalistas islamicos. O nosso, felizmente, já se desmoronou há muito tempo. Felizmente acho que a opinião pública ocidental não estereotipou os muçulmanos. Todos os lideres europeus e o proprio Bush, não se cansam de afirmar que nãos e trata de uma guerra contra todos os muçulmanos. Tanto quanto sei, existem 10 milhoes de muçulmanos nos eua. Os seus direitos são respeitados. Na GB, existe uma comissão intereligiosa que congrega todas a religiões e que desempenha um papel fundamental. Portanto, sinceramente, não sei de que "imagens" é que falas. Penso que as opiniões públicas ocidentais, partidos políticos, e magistrados tem dado uma licção de sensatez e de tolerância. É evidente que é possivel fazer muito mais mas julgo que a situação actual não é moralmente repreensivel.

"Penso que a nossa percepção de Israel e daquele conflito é muito influenciada pelo omnipresente lobby pró-judeu que governa os EUA e a opinião ocidental." Aqui discordo completamente. Existe, de facto, um lobby pro judeu, mas também existe um lobby pro-arabe muito forte. Não te esqueças que os arabes usam o petroleo como arma politica e, acredita, é uma arma muito poderosa. A noção de que a opinião pública é controlada pelo lobby pro-judeu é, a meu ver, absurda. O Turner não é pro-judeu. Nem o Murdoch. Nem a PBS (public broadcasting system, equivalente à BBC, nos EUA) Na GB, a bbc tem se pautado por uma posição anti-israelita (como a recente polémica demonstra)

Podes falar das minorias como o al quaeda. No entanto, inumeros estudos, que raramente são publicados, demonstram, infelizmente e tragicamente, que esta minoria é apoiada por muitos. Quando se deu os ataques de 11 set, houve muitos milhares de pessoas nas ruas a celebrar e, segundo especialistas como Giles Kepell (e muitos outros) o bin laden é, para muitos, uma figura "heroica."

Quanto ao John Lennon...tinha alguma piada..mas, de política, percebia pouca coisa. já continuo

Anónimo disse...

Continuando...

Se investigares a cobertura do conflito israelo arabe por parte de jornais de referencia como o New York Times, o Washington Post, e outros, é bem possível que os resultados te surpreendam...E, interessantemente, muitos jornalistas e intelectuais judeus são, muitas vezes, os críticos mais ferozes de Israel (bem, basta pensar em noam chomsky) Portanto, a meu ver, as coisas não são assim tão simples.

Tornou-se lugar comum, particularmente na esquerda (liberal) europeia e americana, afirmar que as teses de Huntington são falsas, que existe um substrato político-cultural comum entre as duas "civilizações", que deve ser invocado e relembrado, mas, a verdade, nua e crua, é que são poucos, muito poucos, os investigadores que conseguem elaborar uma tipologia dos valores comuns (eu acredito que estes valores existam se pensarmos nesta problemática de uma forma mais ampla e abrangente, mas, no que diz respeito a valores políticos... onde estão eles? Eu fiz-te esta pergunta há pouco tempo atrás (quais são os valores comuns?) e não respondeste. Porque é que é difícil responder a esta pergunta? As reacções, en masse, na rua árabe à publicação das caricaturas são muito reveladoras? Ou será que não)?

Não vale a pena tentar esconder os problemas debaixo da carpete e fingir que não existe uma tensão politico-cultural, real e, até certo ponto, generalizada. O politicamente correcto, aqui, não serve para nada. A tentativa de negar a existência do problema é, como dizem os psicanalistas, uma manobra de "negação”, de auto-ofuscação, cujo principal objectivo é "proteger-nos" de uma verdade dolorosa (que o conflito existe) Sabes, por exemplo, que nos últimos 1000 anos traduziram-se menos livros estrangeiros no mundo árabe do que em Espanha no ultimo ano? O que é que isto revela...Abertura cultural?

Quanto ao hamas, discordo completamente outra vez, acima de tudo por uma questão de princípio. A democracia é um sistema vulnerável. É perfeitamente possível, e a história demonstra-o, que tiranos facínoras corruptos sejam democraticamente eleitos. A meu ver, a democracia não é apenas um sistema de organização do poder ou uma metodologia eleitoral. É mais do que isto. É consubstanciada por outros valores, como a tolerância, que são essenciais. Reconhecer o hamas seria reconhecer uma força política que defende, abertamente, a destruição total de um outro estado. A opinião pública ainda não se apercebeu da tenacidade da mentalidade dogmática. (em Israel, a vasta maioria da população é favor da paz e da entrega dos territórios ocupados.) Na minha opinião, os media, especialmente na Europa, são anti israelitas. Recentemente, as coisas mudaram um pouco, em virtude das dificuldades com o irão. Deixa passar o tempo! Por vezes penso que a opinião publica vive no mundo da lua. Será que é preciso explicar a esta gente o que é um dogmático, um fanático?

Muito mais poderia ser dito acerca deste assunto.
cumprimentos,

Anónimo disse...

e, digo-te mais, será que é preciso explicar o que é que um fanático consegue fazer no meio de milhares de pessoas sem qualquer educação, economicamente vulneraveis, oprimidas por estados corruptos(etc etc..) É uma receita explosiva!!!!!

Anónimo disse...

correcção: As reacções, en masse, à publicação das caricaturas são muito reveladoras? Ou será que não)?

sorry!

Anónimo disse...

ah, e sobre as minorias

O wahabismo, é um movimento religioso extremista que tem milhoes de seguidores na arabia saudita...

o irao, está divido a meio, literalmente, entre teocratas fanáticos e teocratas moderados...

no egipto, estima-se que que a irmandade muçulmanda, movimento teocrático radical, ganharia as eleições

No paquistão, a mesma coisa...

Na siria, nem se fala...

No sudão, é o que se constanta com Darfur

Na indonésia, podemos cultivar alguma esperança...

Anónimo disse...

Open your eyes mate!!!!

This is not Alice in wonderland!
cumprimentos

Pedro Lopes disse...

Eu também acho que se distingue, no ocidente, o ser-se muçulmano com o ser-se islamita, muitas vezes radicias.
Sem dúvida, o ser eleito democráticamente não é sinal de correcção ou de pluralismo. O Ezequiel focou um ponto muito importante, quando diz que espanha num ano traduziu mais livros do que os estados árabes em 1000. Isto é revelador de um medo pela pluralidade, pelas ideologias que não a dominante (nesses estados), e por uma sobreposição dos valores religiosos em relação a tudo o resto.
Na Palestina a pobreza impera, a extrema pobreza. E é a essa população que o Hammas, a Fatha e o Hesbolá vão buscar os seus mártires. Pessoas que cesceram no meio daquele conflito. Muitas gerações que se levantam e deitam pensando em destruir Israel. Instrumentalizados pelos lideres religiosos, que vendem a imagem do paraíso e das 100 virgens!!!Ser Mártir, é um orgulho para uma mãe. É essa a sociedade que impera na Palestina, e agora com estes instigadores no poder....
A questão das caricaturas é sintomático de como, no mundo árabe, se confunde a liberdade de expressão de um cartonista, com a ofensa de um Estado laico, a outro muçulmano.O Primeiro Ministro da Dinamarca ou da Noruega, por ex., não tinham nada de pedir desculpa por algo que não instigaram nem publicaram.
Também tenho a sensação de que a maior parte dos Israelitas são a favor da paz e da entrega dos territórios ocupados, mas os mais dogmáticos, como afirma e bem o Ezequiel, são capazes de matar até os pr+oprios irmãos, como se provou com o assassinato de Isac Rabbin por um fanático...Israelita.
Enfim, quando acaba este inferno.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Se queriam democracia e o resultado foi o Hammas têm que o reconhecer, não serve querer a democracia e depois se os resultados não são os pretendidos dizer "vamos começar outra vez e com regras novas, já agora". Esse é o problema além de que não se pode impor democracia a um povo, ele próprio é que tem de lutar por isso.

Vamos aos valores: os valores comuns existem entre as duas principais religiões. Vamos ver qual o angulo de analisar a questão. É uma questão religiosa, de facto? Se for há-os concenrteza. Se a questão já passou isso e era puramente economica então os valores foram corrompidos em ambos os lados. Valores políticos comuns em ambos os lados? Não me parece relevante que os hajam, relevente é que se respeite o processo político do outro, mesmo que isso queira dizer perder economicamente.

Vamos ao lobby pró-judeu: Kissinger, Paul Wolfowitz, Chenney, Scooter Libby (na prisão ou não) e tantos outros. Falaste nos líderes dos grandes grupos de media, têm poder, sim, mas convenhamos que os cifrões são o mais importante e são capazes de vender a mãe. Eu não vejo os que mencionei acima a ir contra certos principios (no conflito israel de certeza que não). Sim, têm muitas ligações ao mundo àrabe, porque é lá que está o poder da OPEP, mas é uma rua com dois sentidos, eles recebem dos americanos, mas também dão muito. Tenho a certeza que esse lobby pró-judeu tem muito poder nos EUA e o seu grande trunfo é, exactamente, passar desapercebido e ao mesmo tempo dizerem "nós, sermos contra os àrabes? Até temos negócios com eles" Pois é, pois é.

Então os muçulmanos são bem tratados nos EUA, após o 9/11 quantas casas e pessoas foram atacadas, por nenhuma razão, só porque eram muçulmanos? Deve ser desculpável porque era uma altura de tensão, não é?

Vamos às minorias tipo Al-Quaeda: eu disse que Al-Quaeda e o Bin Laden estão encurralados e que isso faz com que seja visto como mártir e que outros grupos naquele estilo proliferem. Portanto... foi isso.

Lá porque um, ou mais jornalistas judeus são correctos, eu não percebo qual a relevancia. Não é assim que deve ser?

Eu nunca neguei a existencia do conflito, antes pelo contrário. Mas parece que se não se vê o conflito pelo lado que mais interessa, então estamos a negar o próprio conflito, é isso? Não percebo. E já agora, acho que não tem nada a ver com esquerdas ou direitas, se esse tipo de pensamento é mais comum em pessoas que têm inclinações para esse lado, deve ser coicidencia.

As imagens que eu falo são as imagens que a Mossad é tudo boa gente e que a OLP é terroritas. Se um é o outro também o é.

As reacçoes às caricaturas são um exemplo das minorias que eu falo. Tu simplesmente disseste-o de forma diferente, mais elaborada talvez.
"Instrumentalizados pelos lideres religiosos, que vendem a imagem do paraíso e das 100 virgens!!!Ser Mártir, é um orgulho para uma mãe. É essa a sociedade que impera na Palestina, e agora com estes instigadores no poder...." etc. ou seja basta uma minoria ou várias como estão a proliferar agora para dar seguimento a esses comportamentos, mas isso não invalida a questão de principio de impor a democracia e respeitar os seus resultados que falei atrás, eu também acho que é uma questão de principio. Aliás eu acho que o se passou em Paris, as rebeliões, lembras-te? foi a mesma coisa que as reacções aos cartoons, se quiseres desenvolver, é só dizer...

Abertura cultural? Mas tem que ser mesmo? Não será dogmático achar que sim? Não sei.

Outra vez as minorias, as que eu falei são de campos de treino com fins terroristas contra o ocidente, essas são minorias, tenho a certeza.

Ainda bem que acreditas que a maior parte dos israelitas quer dar os territórios ocupados, porque eu não, principalmente quando vejo o Likud com a força que tem. Wake up and smell the coffey, mate.

E onde é que está a origem do problema? O fim da WW II? Será que uma coisa mal feita deve ser endireitada fazendo outra igualmente mal feita? Os media europeus são anti-israel??? Ou será que não estão sob a influencia do lobby pró-judeu dos EUA???

Já agora que falaste em assuntos que ficaram esqucidos, como a pergunta dos valores que tinhas feito, aqui fica mais uma: falamos sobre a China há algum tempo eu disse que as coisas mudam e tu disseste, sim, mas não é bem assim, é mais é como eu estou a dizer. Só como exemplo em 1980's e fins de 70's todas as previsões davam a URSS como a maior potencia nos 40 a 50 anos seguintes, ora nós sabemos onde está a URSS.

Coitado do John Lennon. Ele mesmo dizia aos seus fãs: "voces querem que haja mais nas minhas palavras, mas não há, o que eu disse só quer dizer auquilo" por isso quando eu o citei só queria dizer aquilo e nada mais. Tás a ficar como o Carrilho ou quê, com a mania da conspiração?? Ehehehe

Anónimo disse...

Bem,

Os nosso probs com o islamismo são probs essencialmente politicos (fundamentalismo). Portanto, os valores políticos são relevantes, muito relevantes.

Segundo, afirmas que existem valores comuns nas duas religioes. Existem,s em dúvida, entre as trés religioes monoteistas. Contudo, o impacto da religião na politica é complet diferente. Hoje, no islao, nao se separa, nem nunca se separou, o estado da religiao. Isto transforma a politica numa actividade de valores absolutos e, como deves perceber, é dificil instituir uma democracia numa cultura com valores absolutos. Pessoalmente, não tenho prob algum em respeitar os "processos dos outros:" Aliás, para ser muit franco estou me a borrifar para os processos dos outros, é uma questão de modéstia, esta coisa de não me sentir tentado a ser um imperialista e tentar impor seja o que for. O prob é que os processos dos outros tem consequencias, e nos, ocidente, sofremo-las.

Sim, é possivel que não seja absolutamente necessário que existam valores comuns para existir dialogo. Nos coexistimos com os chineses!! Mas o prob central é outro: é que muitos dos valores são valores inspirados num profundo ódio ao ocidente (e, por favor, não cites uns casos RAROS de ataques a muçulmanos no periodo pos 11 set para ilustrar as "perseguições" aos muçulmanos. Se houvesse ódio, de facto, terias probs muito maiores. Não podemos dizer que a sociedade portuguesa é racista existe a amadora. Isto, desculpa lá, é ridiculo!)

Qaunda falei do al quaeda, e os seus milhoes de apoiantes, fi-lo apenas com a intençao de demonstrar que o conflito de civilizações não é uma coisa de umas poucas minorias, banal, mas que é um problema sério que não podemos esconder com afirmaçoes tipo: existem valores comuns!!! Devo te recordar que foste tu que falaste na importancia dos valores comuns e quando se fala em valores)

Abertura cultural: é um dado histórico. As sociedades abertas tendem a ser tolerantes porque ACEITAM o outro, respeitam o Outro. As sociedades que se fechem sobre si proprias, apodrecem, entram em declinio e, depois, chateiam o resto da malta (eh eh estou abrincar)

Quanto ao conflito. A negação de que eu falava era a seguinte: existem valores comuns e, portanto, o conflito, é uma criação dos "media" controlados por sionistas maléficos, uma "imagem"!!! O conflito é real e generalizado. Foi isto que eu afirmei!

"Os media europeus são anti-israel??? Ou será que não estão sob a influencia do lobby pró-judeu dos EUA???" Sou EU que estou com a mania das conspirações? Bolas!! OLha, vai ao guardian, ao liberation, ao der spiegel, ao le monde, corriere de la serra (todos online) e faz tu proprio a comparação!!! Nestas coisas é melhor assim.

Quanto a Israel, vai ao Haaretz e saca noticias sobre as sondagens (acerca dos sentimentos dos israelitas sobre os territorios ocupados) Se não considerares o haaretz uma fonte válida de informação (é um jornal de esquerda-liberal) podes obter estas informações na BBC , no guardian, e tb no liberation, na frança. O likud???

bem, vai até aqui... Em Inglers, CRASH=desastre, Nneste caso, eleitoral...) É muito importante nunca se escorregar nos factos, dear chap!!

http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/4856062.stm


A origem do problema israelo-arabe está na metafisica!

"Já agora que falaste em assuntos que ficaram esqucidos, como a pergunta dos valores que tinhas feito, aqui fica mais uma: falamos sobre a China há algum tempo eu disse que as coisas mudam e tu disseste, sim, mas não é bem assim, é mais é como eu estou a dizer. Só como exemplo em 1980's e fins de 70's todas as previsões davam a URSS como a maior potencia nos 40 a 50 anos seguintes, ora nós sabemos onde está a URSS."

Sinceramente, não consigo compreender o teu argumento. Nem sequer consigo compreender o que pretendes dizer.

Bem, meu caro, eu nunca gostei do John Lennon. Sempre o achei ridiculo, um insipido de merda! Não gosto de idealistas nem de moralistas de champagne! Mas esta é uma opinião muito pessoal, obviamente. Não se trata de um argumento. É uma opinião, muito superficial.

desculpas pelo portugues miserável. Não tive tempo, nem paciencia!

Anónimo disse...

ah, já me recordo...

podes reler a conversa sobre a china aqui (no post com as bandeiras americana e chinesa)

http://chaverde.blogspot.com/2006_04_01_chaverde_archive.html

e depois???

"e tu disseste, sim, mas não é bem assim, é mais é como eu estou a dizer...."

Estas a te referir à minha OPINIÃO!!!
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Só como exemplo em 1980's e fins de 70's todas as previsões davam a URSS como a maior potencia nos 40 a 50 anos seguintes, ora nós sabemos onde está a URSS."



Já agora, podes me informar onde se encontram estas previsões? É que a minha especialização de mestrado foi sobre a europa de leste e eu nunca ouvi falar destas previsões! Estou muito curioso. Quem foi que afirmou isto? (e espero que não me cites o Mário crespo...ou o Carrilho...ou o John Lennon! eh he erh eh

Anónimo disse...

Não podemos dizer que a sociedade portuguesa é racista porque existe a feeguesia(?)da Amadora.

Anónimo disse...

Espero que não me interpretes mal. Eu gosto de conversar sobre coisas que me interessam com pessoas com interesses semelhantes. Por vezes a conversa pode transformar-se em uma discussão o que, a meu ver, é algo de natural e legítimo. NUNCA tento contrariar alguém só pelo prazer de contrariar. Quando discordo, faço-o por razões que tem exclusivamente a ver com a natureza das teses ou argumentos que estão em causa. Aliás, a minha experiência (que ainda é fraca) nestas coisas de conversas/debates/discussões diz-me que é sempre muito melhor centrar a atenção nos argumentos do que nas pessoas, supostas intenções (nunca podemos saber, aqui, se a pessoa está bem ou mal intencionada, por isso não vale a pena... é disto que eu gosto)etc.

Espero, caro Rui, que percebas que mesmo que as coisas aqueçam, será sempre uma conversa, felizmente. Afinal de contas, não estamos no Irão! e eh eh e

Cumprimentos,

Caro PP, não percas de vista a proporcionalidade das coisas. Os fanáticos em Israel são uma minoria insignificante, apesar de um deles ter sido responsável pelo assassinato de um dos mais importantes e corajosos lideres (democráticos) de Israel.

Pedro Lopes disse...

A propósito Jhon Lennon também morreu assassinado por um fã...defraldado pela discrepância entre o que lennon dizia e o que Lennon fazia na realidade. Também Lennon se deixou levar pelo Champagnne!!!
Caro Ezequeil concordo plenamente que os fanáticos de dirita Israelita são uma minoria. E são tão, ou mais extremistas do que os radicais Palestinianos.
Caro Rui também eu senti algum excesso de veemência nas tuas respostas. Evita escrever quando tiveres com o periodo mestrual. eheheh
É só para descomprimir.
Devemos defender os nossos pontos de vista, os nossos argumentos, respeitando a diferença de opinião dos outros.

Bem, todos nós sabemos isso.

Put On in the machine.

Pedro Lopes disse...

Caro Ezequiel, Europa de Leste!
Pois é, essa Europa já é parte da "outra europa", da nossa europa.
Penso que estes novos estados membro em breve (mais do que gostariamos)vão ultrapassar económica e culturalmente (já estão)o nosso país, pois se o comunismo tráz muito de negativo, também ensina muito.
Lembrémo-nos da taxa de alfabetização, da disciplina e sentido de nação que têm, da persistÊncia que adquiriram, entre outras, adquiridas debaixo desses regimes comunista.
As empresas já iniciaram as suas deslocalizações, e não vai parar, pois a mão de obra é mais especializada, porque o nível de salá rios praticados é mais baixo, porque se encontram mais próximo do centro da europa, etc,,,
Continuaremos na cauda da europa.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Ezequiel,

Eu acredito em tudo o que dizes e respeito, mas vamos lá a ver...

O prob islamico é político? Pode ser também, mas o termo islamico pesno que diz tudo. O prob politico é consequencia, é o que eu acho.

Tás sempre a dizes que a democracia deve ser insituida nos paise do islão, porque? Se não for esse a sua vontade. Isso eu não entendo.

Achas ridiculo que RAROS casos de perseguição no pos 9/11? Para mim basta um. E com o conseravdoreismo religioso que ha nos EUA situaçoes dessas sao seguidas, mas não interessa falar. Viste o filme Crash?

Não disseste que na Europa havia media anti Israel? Então eu encontro a explicação no facto de não estarem sob o jugo do lobby pro.israel dos EUA. Há o lobby pro arabe pois há mas o plano maior desse lobby é economico e plano maior do lobby pro-israel é acabar com a resitencia arabe de vez.

Man, o Likud teve um resultado pior, o PSD tembem teve nas ultimas Legistativas, isso faz com que não seja uma força da nossa sociedade. Get real!

Não percebeste a intenção da pergunta da China, porquê? Apenas aproveitei o facto de teres ido buscar um tema do passado para eu ir tambem, porque queria a tua opinião, mais nada. Lá está não se procure coisas onde não existem. E quem disse que havia essas previsões foi o General Loureiro dos Santos (Lourenço dos Santos) não me lembro do nome dele agora, sabes aquele careca perito em mts de coisas. E com o devido respeito pelo teu mestrado mas eu tomo a palavra dele.

E se não percebeste mais alguma coisa diz, eu penso que me fiz entender. Eu só nao percebi a questão do Lennon, o homem teve o valor que teve na musica e ninguem pode tirar isso, a afirmação dele era só para as pessoas que passam a vida a ver novelas da TVI e não querem ver esses problemas reais. Não sei porque viste isso como algo dirigdo a ti, não foi.

Mas pronto, poderia refutar quase tudo o que disseste, e continuar por ai baixo, mas não.

Keep cool, my man! I will.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Caro PP veemencia houve, mas parece que dizes isso com um sentido mau e não o é.

Já agora, Ezequiel, eu não te cito, mas podia, pois não acredito que tu tenhas usado o Bush???? De todos os exemplos que podias ter dado esse foi o pior.

"e tu disseste, sim, mas não é bem assim, é mais é como eu estou a dizer..." não foi isso que fizeste?
Aliás é o que nós estamos os dois a fazer em todas estas trocas de impressões, ou não?

Sabes a única coisa que eu não gosto nestas trocas é o uso de palavras como 'merda'. But, hey, that's just me.

Por isso tá-se bem.

Pedro Lopes disse...

Carissímo Comandante a veemência, que grosso modo quer dizer com convicção, com força, com vigor (isto sem consultar dicionário), não é, em minha opinião boa nem má. Depende do contexto, dos adjectivos que a precedem ou lhe seguem.
Eu disse "senti algum excesso de veemência", e o excesso é que lhe dá a conotação negativa. No entanto deixei uma nota de humor (penso eu?)para dar a entender que não dei grande importância à questão.
Claro que devemos discutir, trocar opiniões, defendendo o nosso ponto de vista, com veemência se necessário. Mas qb.

Mas olhando agora vejo que, talvez, tenha sido inconveniente ao comentar uma troca de ideias entre ti e o colega Ezequiel. Deixei-me levar pela impetuosidade. Desculpas a ambos.

Rui responde, se te aprouver, à questão da "morte de Lennon.
E já agora opina sobre os países de leste na CE.

keep going

Anónimo disse...

Caro PP, sium, continuaremos na cauda da europa de nãos e tomarem medidas drásticas. Mas desconfio que exista capital político para se fazer o que precisa de ser feito. O espirito de sacrificio dos leste europeus é monumental!


O extremismo e o radicalismo são, a meu ver, porbs essenicalmente politicos (com uma base cultural).

Bush?? Onde. Às tantas estou senil, mas não me lembro de mencionar Bush. pf especifica.
Rui, pq é que o termo "islamico" diz tudo? Não percebo.

Para ti e para todos nos, simpaticones, basta um. Um ou outro caso,punidos pela lei, num país de 280 milhoes de pessoas. Há, pelo menos, 10 milhoes de muçulmanos nos EUA. Come on!!

Sim, conheço o General Loureiro dos Santos. É um militar e nunca foi um especialista sobre a URSS. Posso te garantir que não existiu nenhum estudo onde se afirmasse que a URSS seria uma superotencia nos prox 40-50 anos, em parte alguma. Em fins dos anos 70, os Americanos sabiam que a URRS estava num descalabro total. Mas, ok, estás no teu direito de aceitares a palavra do G L dos Santos.
Eh homme, a gente está a falar linguas diferentes: Eu afirmei que aqueles que não querem a paz em israel são, hoje, uma minoria(relativa, claro). Foi por isso que eu citei o descalabro eleitoral do likud nas ultimas eleiçoes. Há muita gente no likud que quer a paz, muita mesmo. As sondagens a que me refiro não são partidárias. São gerais.

Israel está a tentar acabar com a "resistencia" arabe?? Bem, esta é nova. O que se está passar nas ruas de gaza e margem ocidental hoje, com os palestinianos à paulada entre si, deve ser tb uma forma de "resistencia." Bolas, eu não tenho qq porb com o ÇLennon. Simplesmente não gosto nem da musica dele nem da postura mas, como disse, é uma opinião, nada mais. Nunca sequer imaginei que estavas a dirigir-me um insulto etc.

OK, não tenho muito tempo.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Ezequiel, só o facto de usares a palavra 'insulto' e de isso te passar pela cabeça é, para mim, muito mau. Fico triste comigo mesmo, porque não consegui passar a mensagem que queria ou tu não a percebeste. Insultos é coisa que não passam pela minha cabeça quando estou a tratar de assuntos qeu ultrapassam essas questões, que para mim são taõ pequenas.

Para que fiques a saber e para qeu não restem dúvidas: puocos dias após a nossa conversa no 'cha verde' sobre a China, deu na SIC NOtícias o Expresso da Meia Noite e estavam a tratar das mudanças no mundo politico e estavam além do General, a directora da área de política internacional do Expresso, um tipo que é chefe ou qualquer coisa do género de um instituto qualquer de Defesa Nacional e um professor qualquer de poltica intenacional de uma universdade qualquer, eles todos disseram que esses estudos existem e estavam a falar, exactamente, da situação da China. Eu pensei, isto foi o que eu falei com o Ezequiel, quando me lembrar tenho que lhe dizer isso e quando tu falaste em assuntos passados eu lebrrei-me, portanto nunca houve, nem nunca haverá, da minha parte malicia.
Portanto achei estranho que tu não os conheças, tu qye conheces tanto sobre esses assuntos.

Quanto ao resto, podemos ficar aqui a discutir, mas penso que há uma diferença na visão geral, entre nós.

A partir daí pode-se arranjar os argumentos todos que podem ser confirmados para ambos os lados, isso eu garanto.

E sinceramente, penso que tu não te consegues distnaciar o suficiente do problema. A tua análise está sempre condicionada à tua condição de ocidental, senão vejamos "O prob é que os processos dos outros tem consequencias, e nos, ocidente, sofremo-las." E o contrário??

Eu tenho, no entanto, que me corrigir, é, de facto um problema político. Portanto aí tens, eu não sou fundamentalista.

Anónimo disse...

Previsões de 40-50 anos, talvez o mestre Salibú ou a astróloga Marcolina...tenho que juntar esta ao rol de preciosidades que tenho vindo a compilar (sobre os media portugueses, analistas etc)

Sim, não consigo realmente abandonar a minha mente e colocar-me na condição ou mentalidade de um árabe...Pelo menos, até á invenção do
Teletransporte...Consigo tentar imaginar o que se passa, mas pouco mais do que isso...

Sim, realmente existe uma diferença abismal entre as nossas perspectivas...Existe sim senhor!

Anónimo disse...

Eu vou tentar contactar o General Loureiro dos Santos e perguntar-lhe acerca destas previsões. Estou mesmo curioso!! Depois digo-te onde as podes encontrar.

cumprimentos,

Rui Rebelo Gamboa disse...

"Previsões de 40-50 anos, talvez o mestre Salibú ou a astróloga Marcolina" ainda há poucas semanas saiu uma previsão da Comissão Europeis que põe Portugal como o mais pobre da Europa, mesmo após o alargamento em 2050. Se a Comissão Europeia é para ti o mestre salibu.... isso é ridículo.

"Sim, não consigo realmente abandonar a minha mente e colocar-me na condição ou mentalidade de um árabe" então esta discussão estava condenada desde o princípio, porque eu estou a tentar fazer uma análise imparcial e tu não.

Eu, sinceramente, esperava mais de ti, porque o facto de persistirem essas visões monolíticas é que não permite que se encontre uma via de entendimento. É antiquado, está ultrapassado e está provado que não funciona.

Se fosse a ti não contactava o General, vais ficar mal visto...

Anónimo disse...

Uma projeção-antecipação, um estudo, não é uma previsão.

A imparcialidade é uma ilusão própria de ingénuos habitualmente invocada como meio retórico de validação a priori. A plausibilidade é outra coisa. Não consigo colocar-me, verdadeiramente, na mentalidade de um muçulmano pq, evidentemente, não fui criado como um muçulmano, nunca vivi numa sociedade muçulmana etc.
Pelos vistos, consegues esta proeza sem qq dificuldade. Felecito-te! A meu ver, resta-nos o poder da imaginação, TENTAR compreender o ponto de vista dos outros mas, como disse, isto é sempre falivel e mt dificil. Não é por acaso que o conflito de civilizações existe.

Não te preocupes com a minha reputação! Seria verdadeiramente trágico ficar mal visto aos olhos do general loureiro dos santos, um grande perito mundial em estudos estratégicos e relações internacionais, uma referencia...! Portugal podia exportar especialistas em generalidades aos milhares.
Já agora: poderia escrever tb para o Nuno Rogeiro, Pacheco Pereira etc. Seria uma vergonha. Credo! eh eh eh eh eh

Digo-te mais: se estas PROJECÇÕES existem, de facto, a minha única curiosidade é saber se o factor energia já é contabilizado. Apenas isto! (como sabes, a Russia já é uma superpotencia energética e deverá consolidar a sua posição ainda mais neste dominio)

Isto quando a semântica é deficiente (diferença entre projecções e previsões) não vale mesmo a pena. Estamos sempre a falar de coisas com sentidos diferentes. Quando encontrares a nobre via do entendimento, avisa-me! eh eh eh eh

Anónimo disse...

Eu gosto muito de ficar mal visto. É uma coisa que me acontece deste pequenino. E, de resto, penso muito nisto: em ficar bem ou mal visto. A minha Avó dizia-me que eu parecia uma menina, em virtude da minha preocupação obsessiva com as "aparências"! eh eh ehe he he h eh eh e he h

Abraço Rui. Boa sorte! (bem, talvez não precises de boa sorte. Tens o general loureiro!) :)

Anónimo disse...

Por acaso penso que o Meste Silábu e o seu assistente Picuinha Menor, são muito mais rigorosos nas suas previsões do que a Comissão: Se bem be lembro, a Agenda de Lisboa, já devia ser uma realidade! (bem, mais década menos década, não ´há prob) O ano passado previa-se um crescimento economico de 3% e, hoje, se chegar a 1-2% já é um feito notável) E a constituição europeia? Todos "previam" a sua adopção na França e na Holanda, países ultra europeístas. E a legitimação da UE, ANTECIPADA por tantos, há mais de uma década atrás? Continua pelas ruas da amargura. Sim, meu caro, se tivesse que escolher um executivo que poderá competir com o mestre salibú&picuinha, seria a Comissão Europeia. eh ehe eh eh

Anónimo disse...

mas, o meste Salibú é mais barato e o Picuinha faz umas belas caipirinhas!:)

Anónimo disse...

Isto talvez te interesse. Não é um fonte de informação tão credivel como Herr General Loureiro, mas, pronto, eles estão tentando o seu melhor...Só para ilustrar o ponto!

http://news.ft.com/cms/77a9a0e8-b442-11da-bd61-0000779e2340.html

Anónimo disse...

Caro Rui,
Poderia escrever sobre o programa "olhar o mundo", e a prestação do General Loureiro dos Santos. Penso, no entanto, que o insurgente.blogspot, faz justiça às previsões do herr general...

http://oinsurgente.blogspot.com/2006/04/o-homem-que-era-quinta-fei_114612039873430874.html

compara-as com isto


http://www.bbc.co.uk/portugueseafrica/news/story/2006/04/060412_iraoanaliserb.shtml

Anónimo disse...

Mal visto?

Já ouviste falar da COERENCIA?

Pedro Lopes disse...

As aparências iludem, de facto.

Rui Rebelo Gamboa disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Rui Rebelo Gamboa disse...

Tá bem, Ezequiel, eu tanbém conheço essa táctica política de não responder àquilo que se pergunta, mas sim àquilo que se gostaria que tivesse sido perguntado.

Não foste tu que disseste que ias confirmar com o General? Então é porque a opinião dele contava para ti. Eu disse que a opnião dele conta mais para mim do que a tua, com todo o respeito pela tua, porque ele é alguém que eu conheço e que é tão importante na opinião nacional de assuntos internacionais, que é sempre chamado a comentar por todas as partes, enquanto tu, para mim, não passas de uma entidade abstracta que eu não sei quem é, tal como eu também devo ser para ti. A internet e os blogs, valem o que valem.

Esta discussão tinha um objecto bem concreto, no princípio e tu foste afastando sempre que ficaste sem razão. É clássico!

Queres falar de assuntos concrectos, então estou aqui, queres entrar por essas miudezas ridículas e caricatas, então não contes comigo.

Não percebi a lição de vida que a tua avó te deu. Mas vendo bem, afinal, é coerente com o chorrilho de incoerencias que foste dizendo por aí abaixo.

'with all due respect, it's just an opinion, nothing else'

Anónimo disse...

QUAL FOI A PERGUNTA? Qual ERA O OBJECTO CONCRETO do qual eu me desviei?

"ainda há poucas semanas saiu uma previsão da Comissão Europeis que põe Portugal como o mais pobre da Europa.."

Já te dei a minha opinião acerca das previsões. Existem projecções, estudos. Mas previsões GERAIS (tipo: país x estará aqui ou ali dentro de 50 anos, se existem, são um ABSURDO, em virtude das incertezas que hoje caracterizam a política internacional. Sugeri que talvez tivesses trocado, inconscientemente, "estudos" ou "projecções" POR PREVISOES-eu penso em previsões no sentido mundano das previsões metereologicas que, mesmo assim, falham constantemente)

A opinião do Herr General interessa-me por uma questão de curiosidade histórica, apenas. Como disse, gostaria de saber se estas PROJECÇÕES (sim, já sei do que falava o general e eram, e são, PROJECÇÕES apenas, falíveis, maleáveis e sujeistas a todo o tipo de diabrura, como todas as projecções. Daí o meu interesse obvio em mencionar a semântica e tentar explicar a nossa discordancia através deste desentendimento, meu caro)

Se pretendes transformar um blog num forum académico onde se discutem apenas coisas sérias, onde o esapaço para a brincadeira e o sentido de humor é inexistente, devo confessar que não tneho muita paciencia. Gosto de falar de coisas sérias mas tb gosto de me rir, á gargalhada, quando me apetece. Caro Rui, este "chorilho de incoerencias" é o seguinte:

O general que tanto admiras enuncia teses opostas em programas diferentes (a entrevista á BBC PORTUGUESA e a sua prestação no prog olhar o mundo da RTP2, a que eu assisti)

-os artigos do financial times ilustram a dificuldade de se elaborar PREVISOES, dado as incertezas diversas que se sentem a todos os niveis da politica e economia internacional. Podes desvalorizar o FT, apesar de ser uma referencia internacional- Bem, ás tantas o Loureiro tb é lido em todo o mundo)

-usei o exemplo da comissão para ilustrar, mais uma vez, a impossibilidade de PREVER, da forma que tú sugeres. (e citei casos especificos)

-Finalmente, reagi com humor á tua falta de educação (vais ficar mal visto. Pq é que eu seria mal visto por escrever a um general a pedir informações sobre um assunto que me interessa??? Hey, Einstein!!) e continuarei a reagir com humor pq, sinceramente, não vale mesmo a pena.

Desejo-te boa sorte!

eh he he ehe he eh eh e e he he he heh e

Anónimo disse...

ah, e eu nunca me afasto de nada! Só de IMBECIS!!!

Pedro Lopes disse...

Não me queria intrometer numa discusão a dois, mas não posso, não consigo, deixar de expressar a minha concordância com as palavras do "nosso" caro Ezequiel.

Rui talvez o stresse do casamento e do final de ano na Universidade te estejam a deixar um pouco tenso e demasiado responsável e sério.

Podemos, devemos, expresar as nossas opiniões sem tentar provar que são verdadeiras ou mais assertivas quem as dos demais. Quem defende o mesmo que nós, independentemente de ser o Gr. L. das Santos ou o Nuno Rogeiro ou o Pacheco Pereira etc., não terá necessáriamente razão, pois só está a expressar a sua opinião com os dados de que dispõe ou depois das leituras e pesquisas que fez.

Niguém detém a razão, cada qual tem a sua, cada qual constrói a sua.

Quanto ao humor, é o sal das nossas vidas.

Vá lá, façam as pazes. eheheh

Eu prezo os dois. Um abraço a ambos.

Anónimo disse...

Caro PP e Rui,

se calahar não li bem e o Rui refere-se a uma outra pergunta que passou despercebida. Como prezo o nosso caro Rui (e espero que tenha percebido que não me afastei do seu simpático blog-logo, portanto, por conseguinte....não penso nele como um imbecil!... para que se evitem mal entendidos desnecessários!!!)Além disso, caro Rui, se leres o que eu escrevi com cuidado, perceberás que eu nunca personalizei as coisas (humor, se visitares outros blogs por onde ando verás que estou sempre na brincadeira. Acho que estou no meu direito, ou não?)

Eu estou apenas a dar a minha opinião. Reli, cuidadosamente os coments e não encontro qq outra pergunta a não ser esta, que tentarei responder, tanto quanto a mioleira me permitir:



"Achas ridiculo que RAROS casos de perseguição no pos 9/11? Para mim basta um. E com o conseravdoreismo religioso que ha nos EUA situaçoes dessas sao seguidas, mas não interessa falar. Viste o filme Crash?"

Não, caro Rui, não vi o filme Crash. Sei que é muito bom e que reflecte a exclusão social, racismo etc que ainda, infelizmente, persiste na sociedade Americana, apesar dos progressos conseguidos. Concordo contigo quando afirmas que basta um caso de discriminação para nos chatear a cabeça. Todavia, gostaria que consideres o seguinte: Hoje, nos EUA há MENOS segregação social e racismo do que na França ou Inglaterra. O ano passado, de janeiro de 2005 até maio, eu trabalhei como assistente de pesquisa num projecto de investigação na univ de oxf sobre a imigração, integração e exclusão social. Um dos propósitos do estudo era, precisamente, comparar a experiencia americana com a europeia (françesa e americana). As conclusões a que chegamos foram as seguintes (outros investigadores, de outras universidades chegaram a conclusões mt parecidas, embora com nuances diferentes). A segregação, o racismo, a exclusão social (étnica-religiosa, que era disto que estavamos a falar) tem vindo a diminuir nos EUA, desde os anos 60, consistentemente!!! Na europa, assistimos, infelizmente, a um processo contrario: a exclusão, o racismo, tem vindo a aumentar (ops recentes confrontos em paris, ataques a sinagogas e mesquitas na França pela extrema direita, a extrema direita escandinava, a holandesa, o le pen, a extrema direita na ex RDA, etc etc)

Os eua, apesar de todas as contradicções são, a meu ver, um caso admirável de integração (dada a pluralidade RADICAL. Encontras de tudo, como sabes). Se houvesse racismo generalizado terias uma situação mt complicada com os muçulmanos. Existem probs mas estes probs são relativamente insignificantes. Vai aos jornais americanos-locais-regionais-nacionais, e tenta arranjar artigos que relatam incidentes de racismo contra muçulmanos!! No entanto, é verdade, os probs existem, de facto, em particular no sul, onde ainda persistem atitudes racistas (mas, tanto quanto sei, o sul não tem muitos muçulmanos) No pos 11 de setembro, em NY, cidade que conheço bem e adoro, formaram-se centenas de associações entre judeus-cristãos-muçulmanos-hindhus-budhistas etc para promover o dialogo intercultural. Isto não acontece no mundo muçulmano(com a possivel excepção da indonésia). Seria entendido como o "imperialismo cultural dos cruzados sionistas." Estão todas online (as associações interreligiosas)!!

Bem , sinceramente, esta é am minha opiniao(OPINIÃO). Faço isto pq penso que não responder a uma pergunta de um colega é um acto de má educação. (obviamente, a resposta pode ser uma perfeita merda)

ah, o conservadorismo religioso! Quase que me esquecia: Apenas uma minoria insignificante dos conservadores religiosos Americanos são racistas. O conservadorismo americano difere em mts aspectos essenciais do conservadorismo europeu. Desde que acredites num Deus, no poder milagroso do "mercado livre" (que não é tão livre como pensamos) eles (maioria) gostam de ti. Se fores um liberal mais ou menos igualitário, como eu, as coisas mudam de figura radicalmente...aí eles não gostam mesmo NADINHA...(mas não faz mal pq eu tb não gosto muito deles)

Diverte-te nas Festas do Senhor Santo Cristo!!

Um abraço,
ezequiel