A mais recente trapalhada que envolve o transporte inter-ilhas nos Açores, só vem comprovar a ideia que a governação nos Açores não vai bem. Este caso, em particular, já custou muito dinheiro aos contribuintes e já devia ter custado o lugar ao Secretário Duarte Ponte.
Mas além desse caso, a governação nos Açores tem estado envolta em incompetência e alguma falta de seriedade. A questão dos apoios concedidos ao Lusitânia ainda não está totalmente clarificada, tal como, já agora, as alegações de Manuel António.
A SATA - e o seu monopólio – trata os açorianos mal (no mínimo). Concede aviões a rotas deficitárias, enquanto deixa os seus cidadãos em terra. Faz acordos com agências de viagem, para trazer ‘turistas’ do continente, a preços muito mais baixos que aqueles praticados para os açorianos. Tem uma política de contratações que lembra a monarquia. Enfim, troça dos açorianos, que são a razão da existência da empresa, em primeiro lugar.
Mas além desse caso, a governação nos Açores tem estado envolta em incompetência e alguma falta de seriedade. A questão dos apoios concedidos ao Lusitânia ainda não está totalmente clarificada, tal como, já agora, as alegações de Manuel António.
A SATA - e o seu monopólio – trata os açorianos mal (no mínimo). Concede aviões a rotas deficitárias, enquanto deixa os seus cidadãos em terra. Faz acordos com agências de viagem, para trazer ‘turistas’ do continente, a preços muito mais baixos que aqueles praticados para os açorianos. Tem uma política de contratações que lembra a monarquia. Enfim, troça dos açorianos, que são a razão da existência da empresa, em primeiro lugar.
É preciso mudar, e não basta mudar as moscas, são precisas mudanças de fundo, mudanças que cheguem ao âmago da questão... Porque já farta tanta incompetência, já farta tanta subsiodio-dependência, já farta tanto interesse instalado, enfim, já farta.
6 comentários:
Caro Rui, sabes que estou inteiramente de acordo contigo quanto ao "Estado da Região", e quanto à necessidade de mudarmos de "César".
Esta nossa "Roma" precisa de sangue novo e de uma alternância que quebre os interesses instalados e a inércia e os compadrios que essa situação cria.
Tenho pena que a grande maioria dos nossos concidadãos não tenha capacidade de fazer este tipo de análises, limitam-se a ver melhores estradas e a receber as chaves da casa nova, e as festanças com grupos "de fora", entre outras manifestações de "desenvolvimento", e ficam ofuscadas, não vendo os podres e as incompetências dos senhores do governo.
Como combater esta realidade?
Aqui, a oposição, e o PSD em particular (pois é a única força política com condições de ser Governo), têm um papel fulcral.
Quem tem visibilidade na nossa sociedade são os membros do Governo e os autarcas que, sendo da mesma cor politica, gozam de um apoio (leia-se dinheiro)governamental para as suas autarquias, que reforça a imagem de que o PS e os seus autarcas, são quem mais obra faz e mais desenvolvimento é capaz de gerar.
Mas, e volto a dizer, o PSD tem primeiro de arrumar a casa, pois uma casa em pantanas, não dá a imagem de poder fazer malhor do que os que lá estão.
O PSD, que não é mais do que os seus filiados e militantes, tem de ficar forte e coeso, para poder atacar o PS e a sua governação, com estratégia e em tempo útil.
A imagem que o PSD Açores tem hoje, junto dos eleitores Açoreanos, é a de um "partido partido", quebrado em dois, uma facção pró Neves, e outra pró Berta.
Costa Neves é um líder a prazo, todos o sabem, até o próprio.
Esta é a realidade, se nada mudar nestes menos de dois anos que faltam para as próximas eleições.
As "Portas do Mar" estarão abertas para que César entre no 4º mandato como Presidente do Governo Regional dos Açores, esta vai ser a realidade no final de 2008. Infelizmente.
O pior, meu caro amigo, é que, se se fizer um congresso extraordinário do PSD em Março, não estou a ver quem daria da cara por uma lista alternativa à liderança de C. Neves, a não ser, de novo, Natalino, que, sejamos justos, é um homem de passado e nunca de futuro.
Quem meu caro, quem estaria em condições de bater César nas próximas eleições?
Eu ainda escrevi nesse post a palavra compadrio, mas depois apaguei. Mas é a realidade.
Quanto ao povo que elege, dizes tudo aqui:
"a grande maioria dos nossos concidadãos não tenha capacidade de fazer este tipo de análises, limitam-se a ver melhores estradas e a receber as chaves da casa nova, e as festanças com grupos "de fora", entre outras manifestações de "desenvolvimento", e ficam ofuscadas, não vendo os podres e as incompetências dos senhores do governo."
É uma "alegoria da caverna" dos novos tempos, as pessoas preferem estar fechadas dentro de uma "felicidade" medíocre, a quere saber a realidade, a sair da caverna. Porque custa sair da caverna.
Disse que não basta mudar as moscas, é preciso é limpar a 'm€rda'. Ou seja, o PSD pode ser a única solução, mas não apenas para alternar na Governação, tem que ser para instituir uma nova era.
Deixa-me dar um exemplo do que quero dizer com mudar a m€rda'. Esta questão dos apois da Seg. SOcial e a Instituição que devia ter estudado o caso. Francisco Coelho (PS) disse qualquer coisa como isto, depois das acusações do PSD - não sei como têm lata de nos acusar de alguma coisa, pois voçes já o faziam no vosso tempo. Portanto enquanto não se mudar essa maneira de fazer política, nada feito.
Pois é, caro Rui, Platão ainda dita as leis.!
Concordo que é necessário, antes de mais, uma credibilização da política e dos politicos.
Uma governação transparente e sem subterfugios. Um politico que serve a sociedade em lugar de se servir a si e aos seus.
Governar é uma função de grande responsabilidade, e deve ser encarado como um verdadeiro serviço público.
Mas se para chegar ao poder é preciso entrar no sistema, o que fazer. So se ganha se 'der' alguma coisa de volta, é assim que finciona. E depois, para manter o poder, é preciso entrar no 'jogo'.
A minha revolta por este governo, é porque já têm uma tal posição, que poderiam se dar ao luxo de fazer mudanças. Uma vez que a oposição está enfraquecida e que há maioria absoluta, porque não mudar, mesmo à custa de contestação social, como no continente? Não, prefere.se continuar a pensar pequeno, como querelas que lembram mais galos...
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