Como já e conhecido, o Governo Regional dos Açores vai investir cerca de 5.8 milhões de euros para a construção de um hotel de 4 estrelas, na Ilha Graciosa, no âmbito do programa Ilhas de Valor. Se por um lado é verdade que este tipo de investimento numa ilha com as dimensões da Graciosa, pode asfixiar a iniciativa privada existente e a que poderia vir a existir, por outro lado, é certo que, com este investimento, a Ilha Graciosa terá 20 a 30 novos postos de trabalho, o que numa ilha com cerca de 5000 habitantes, é bastante.
A questão que se coloca é recorrente e continua a dividir o espectro político, entre a direita e esquerda: o peso que o Estado (neste caso da Região Autónoma dos Açores) tem na economia. Numa Região como os Açores, com 9 ilhas separadas pelo mar, é expectável que seja o Governo a tomar a iniciativa de investimento, principalmente nas ilhas com menor dimensão. A criação de infra-estruturas é, assim, essencial para o desenvolvimento económico e consequentemente social das populações. No entanto, é igualmente de esperar que depois de realizado esse investimento primário e estrutural, o Governo dê espaço para o investimento privado, principalmente no contexto em que vivemos actualmente, desde a adesão à UE.
Estará, então, o Governo Regional dos Açores a asfixiar a iniciativa privada? Até poderá estar, mas este é um caso onde, claramente, a Ilha Graciosa sairá beneficiada, onde a sua economia será revigorada com um novo dinamismo, que os privados poderão e deverão aproveitar. A verdade é que haverá necessidade de abastecer esse hotel com uma variedade de produtos e serviços e aí os privados têm um papel fundamental.
A questão que se coloca é recorrente e continua a dividir o espectro político, entre a direita e esquerda: o peso que o Estado (neste caso da Região Autónoma dos Açores) tem na economia. Numa Região como os Açores, com 9 ilhas separadas pelo mar, é expectável que seja o Governo a tomar a iniciativa de investimento, principalmente nas ilhas com menor dimensão. A criação de infra-estruturas é, assim, essencial para o desenvolvimento económico e consequentemente social das populações. No entanto, é igualmente de esperar que depois de realizado esse investimento primário e estrutural, o Governo dê espaço para o investimento privado, principalmente no contexto em que vivemos actualmente, desde a adesão à UE.
Estará, então, o Governo Regional dos Açores a asfixiar a iniciativa privada? Até poderá estar, mas este é um caso onde, claramente, a Ilha Graciosa sairá beneficiada, onde a sua economia será revigorada com um novo dinamismo, que os privados poderão e deverão aproveitar. A verdade é que haverá necessidade de abastecer esse hotel com uma variedade de produtos e serviços e aí os privados têm um papel fundamental.
2 comentários:
Um hotel só serve se tiver ocupação, a construção de um hotel na graciosa é bem vinda mas não existe oferta turística ao nível de cativar o turismo para se dirigir a estas bandas. Basta saber que a taxa de ocupação das residenciais existentes ronda os 30% para afastar essa fantasia de que se vai vender muito para o consumo do hotel. O hotel vai funcionar mais ou menos bem durante UM mês de verão. Quanto ao resto não se iluda. Na Graciosa continua a não existir investimento no turismo, não há marina, não há praia, não há oferta para outros níveis de nichos de mercado (termal, etc). Os anunciados 30 postos de trabalho só lhe digo que devem ser contratos a prazo de 6 meses para ano de eleições sabendo-se à partida que não temos oferta de mão de obra especializada e que o Governo deixou encerrar a única escola profissional que existia na Ilha.
Caro Rui, na minha perspectiva, a construção desta unidade Hoteleira até é "merecida". A Graciosa é uma das nove Ilhas que compõem o nosso Arquipélago, é das ilhas mais a norte e a segunda mais pequena, e tem diversos encantos e portencialidades.
Tem uma economia pequena e com pouca capacidade de expansão (a excepção é o pescado e as queijadas), e como tal, deve beneficiar de um "empurrão" por parte do Governo.
Depois, devem os privados sentirem-se impelidos a investir, de modo a tornar a estada nesta Ilha mais aprazível e confortável.
Isto passa por bom atendimento e informação (por exemplo a nível de sinalização viária), bons transportes e acessibilidades, locais agradáveis e com boa comida e artesanato. Horários de funcionamento mais flexiveis e alargados. Barcos para passeios e/ou wer cetáceos, museus, costumes e trajes tradiconias, etc, etc....
Caro JBC, concordo com quase todo o seu comentário, só não sou tão péssimista quanto a algumas potêncialidades - que creio existirem - desta graciosa Ilha.
Coneço bem a Graciosa, já lá estive quatro vezes, e devo dizer que há possibilidade de ter um nicho de mercado no turismo termal, pois o Carapacho é uma zona de excelentes àguas, e que já funciomiou em pleno. Quanto à praia, da vila da Praia, de facto desapareceu metade, mas ainda ´há alguma areia e outros locais que na bonita costa que dão óptimas zonas balneares.
São vários os Ilhéus que circunadam a Ilha, havendo aqui muito a explorar em cima e debaixo de àgua.
A Furna do Enchofre, incerida numa bonita cratera é um ponto de passagem obrigatória. Há também a gruta da Maria Encantada, que "liga" o exterior superior da cratera ao interior, dando-nos, depois de atravesar essa gruta, uma vista estupenda.
Por isso, por ser "tão" vulcânica, há locais a explorar e estudar.
Os moinhos de vento e as queijadas, só para terminar.
Cumprimentos...que já vai longo
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