Ainda há bem pouco tempo, eu e o meu caríssimo colega, aqui da ‘Máquina de Lavar’, Pedro Lopes, discutíamos se os Açores deviam, ou não, ver os seus poderes reforçados, a propósito da última votação cá do nosso blog.
Na altura disse que, de facto, os Açores deviam reforçar os seus poderes. Mas ressalvei que, esse reforço devia acontecer através de representações efectivas nos centros de poder, que de uma forma ou outra afectam a vida dos açoreanos, como Lisboa, Bruxelas e inclusivamente Washington.
Ora, nem de propósito, hoje ao ler o Açoriano Oriental, reparei que o Secretário Regional da Economia, Duarte Ponte disse, numa conferência sobre o turismo nas ilhas, que os Açores poderão ser "enormemente penalizados, devido aos custos acrescidos que o transporte aéreo terá de suportar", e que "A legislação que se pretende implementar irá penalizar grandemente quem vive em ilhas, caso a União Europeia não tenha em consideração a nossa condição arquipelágica e, na maioria dos casos, ultraperiférica".
Este é um exemplo claro da falta de poder de que os Açores são vítima e como Duarte Ponte diz “temos que nos unir e fazer valer a nossa voz no seio da União Europeia”.
E isto leva-nos a outro problema da nossa Região e de Portugal, em geral; é que não há uma relação de proximidade entre as entidades oficiais – públicas e privadas - e as Universidades. Porque a Universidade dos Açores está a formar pessoas que estudam estas questões e que poderiam dar um grande contributo, para fazer valer os interesses da Região Autónoma dos Açores, neste caso, junto da União Europeia. Trata-se de um investimento que urge concretizar e que a maioria das regiões, semelhantes aos Açores, já fizeram e com bons resultados, como não podia deixar de ser.
Na altura disse que, de facto, os Açores deviam reforçar os seus poderes. Mas ressalvei que, esse reforço devia acontecer através de representações efectivas nos centros de poder, que de uma forma ou outra afectam a vida dos açoreanos, como Lisboa, Bruxelas e inclusivamente Washington.
Ora, nem de propósito, hoje ao ler o Açoriano Oriental, reparei que o Secretário Regional da Economia, Duarte Ponte disse, numa conferência sobre o turismo nas ilhas, que os Açores poderão ser "enormemente penalizados, devido aos custos acrescidos que o transporte aéreo terá de suportar", e que "A legislação que se pretende implementar irá penalizar grandemente quem vive em ilhas, caso a União Europeia não tenha em consideração a nossa condição arquipelágica e, na maioria dos casos, ultraperiférica".
Este é um exemplo claro da falta de poder de que os Açores são vítima e como Duarte Ponte diz “temos que nos unir e fazer valer a nossa voz no seio da União Europeia”.
E isto leva-nos a outro problema da nossa Região e de Portugal, em geral; é que não há uma relação de proximidade entre as entidades oficiais – públicas e privadas - e as Universidades. Porque a Universidade dos Açores está a formar pessoas que estudam estas questões e que poderiam dar um grande contributo, para fazer valer os interesses da Região Autónoma dos Açores, neste caso, junto da União Europeia. Trata-se de um investimento que urge concretizar e que a maioria das regiões, semelhantes aos Açores, já fizeram e com bons resultados, como não podia deixar de ser.
5 comentários:
Meu caro amigo, nestas palavras de Duarte Ponte deve ter-se em conta o local onde foram proferidas e, foi uma resposta ao agentes do turismo, pois estes reivindicam uma descida do preço das passagens aéreas para metade.
Duarte Ponte aproveitou para lançar este "alarme".
No entanto o que defendes é, sem dúvida, necessário. Já disse porquê num comentário ao post "Votação da Máquina".
Mas, meu caro, nesta questão das previstas penalizações para os transportes aéreos, devido ás altas emissões de cO2 que provocam, é (creio eu) fácil de contornar esta directiva, pois pertencemos Às chamadas Regiões Ultra Periféricas, e, como tal, temos vários incentivos ou regimes de excepção.
Se mesmo assim não der, promovemos um lobby com as muitas Ilhas que há na CE, e, justificando com a falta de alternativas (salvo, talvez, as Ilhas Gregas), apelamos a um regime de excepção nas taxas cobradas na viagens nestes percursos.
Duarte Ponte faz de vitima, para depois justificar (como eu ouvi na Antena 1 em entrevista ao S. Furtado) que não se podem descer os preços das passagens aéreas.
Enfim, continuamos presos aos nossos pedaços de terra em mar plantado, e para daqui sairmos são 220 euros por cabeça.....bizarro é que continuem a chegar turistas continentais, que por ugual valor passem uma semana com hotel.
Evidentemente, essa é uma situação que percebe perfeitamente, aliás não é a primeira vez que Duarte Ponte arranja argumentos, para manter as tarifas nesses preços.
Agora, a questão mantém-se e digo-te mais as RUP, de que falas existem exactamente, porque houve um esforço por parte dos governos de Mota Amaral que empenhou, para que esse regime de excepção fosse reconhecido. É algo que devemos reconhecer.
Seja quais forem as intenções de Duarte Ponte, a verdade é que se houvesse representação fixa, junto dos pontos de poder, neste caso Bruxelas, os interesses da Região estariam, também, cima da mesa, no momento de decisão. É preciso perceber como funciona o processo de decisão, a nível comunitário. É necessário fazer o tal lobby, que falas, mas para tal é necessário estar lá e mostrar que a nossa opinião conta e isso faz-se com uma representação forte.
É para esse fim que a Universidade dos Açores forma pessoas, percebendo antecipadamente e de uma forma desprendida de qualquer interesse político, que a defesa dos interesses de uma região como a nossa, que está longe mas que acrescenta algo importante à UE, deve ser feita de forma efectiva nos locais de decisão, que cada vez mais é Bruxelas. Não nos podemos esquecer que mais de 80% das normas pelas quais vivemos saem da UE, penso ser evidente que é necessário essa representação.
Caros Amigos
Não tenho tido muito tempo, esses últimos dias, para vir aos blog´s.
Uma das questões que nos debatemos hoje em dia, é reivindicar mais autonomia para os Açores. Mas para termos mais autonomia, não passa por receber-mos mais subsídios da U.E. e do orçamento de Estado, passa pelo aprofundamento dos nossos poderes, não só na Região, mas também, nos centros de decisão. Ou seja, ter uma maior representação nos locais apropriados sob o poder de influenciar as decisões. Como por exemplo na União Europeia e no governo central.
E, caro Pedro, se houvesse, de facto, essa representação, Duarte Ponte (ou quem quer que seja) já não poderia invocar esse argumento.
Caro Rui,
para que existe a oposição?
Para rebater esses argumentos, digo eu, e apresentar soluções como esta que te refereste.
Essa é uma luta que vocês (alunos e futuros licenciados na matéria), devem "comprar". Força.
Abraço a ambos.
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