Quando se liga o canal Fox News sabe-se, à partida, o que se pode esperar: uma defesa intransigente do Partido Republicano e dos valores conservadores dos EUA, ao mesmo tempo que tentam derrubar o Partido Democrata e tudo que tenha que ver com valores liberais. É tão simples quanto isso.
É claro que não é nada fácil assistir a tipos como Bill O'Reilly e principalmente Sean Hannity darem as suas opiniões, que em muitos casos são quase fundamentalistas e são sempre a favor da administração Bush, mesmo perante todas as evidências. Recordo-me que há pouco tempo, um dos candidatos à nomeação republicana para as eleições para a Presidência, o congressista Ron Paul, disse num debate que os ataques de 11 de Setembro aconteceram devido à presença dos EUA em alguns países do Médio Oriente. Foi apupado no debate e atacado pelos seus pares, principalmente Giuliani que pensa que tem uma autoridade moral para falar do assunto, por razões óbvias. O pior para Paul foi enfrentar Hannity (está à direita do candidato, à esquerda está Alan Colmes) depois do debate.
O melhor mesmo é ver.
21 junho 2007
Isto é a Fox News
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4 comentários:
Pessoalmente, não sou muito a favor deste tipo de jornalismo, muito agressivo e demasiadamente partidário.
Perfiro o jornalista como moderador, não se coibindo de fazer perguntas pertinentes e incómodas ao entrevistado.
Pelo menos enquanto pivot da estação, pois podem aparecer jornalistas como comentadores.
Mas o jornalismo, em si, e na minha opinião, deve essencialmente procurar a "notícia", e passá-la ao leitor/ouvinte/telespectador/net, de maneira clara e isenta, e abordando todos os lados, pontos de vista e intervenientes dessa "noticia".
Por isso, eu e muitos outros, ficamos desconfiados, quando a Prisa, grupo espanhól de imprensa e próximo dos socialistas, comprou a TVI, e depois foi buscar Pina Moura para seu administador!!!
Todos conhecemos o peso e a importância dos media na política; podem "criar" um herói, e destornar o verdadeiro "herói".
Por isso, a comunicação social tem um papel importantissímo na divulgação de tudo o que de relevante se passa na sociedade (incluí política, desporto, cultura, economia, etc..) inclusive, "debaixo da mesa".
Eu também acho. Mas havendo canais de Tv para todos os gostos, onde não se esconde o que, e quem, defendem, os eleitores podem sempre ver os dois lados de cada questão e isso faz muita falta (por vezes )cá.
Agora, meu caro Pedro Lopes, esta foi a minha resposta ao desafio que antes fizeste. Ainda bem que tu próprio é que fizeste a ponte para esse jornalismo que «deve essencialmente procurar a "notícia", e passá-la ao leitor/ouvinte/telespectador/net, de maneira clara e isenta, e abordando todos os lados, pontos de vista e intervenientes dessa "noticia".»
Ainda é o jornalismo que se faz em Portugal, apesar de tudo. Por isso aí tens algo em que Portugal é seguramente melhor que os EUA.
Boa meu caro, este exemplo é mais profundo.
A nossa economia, de muito menor dimensão e menos feroz no seu capitalismo, é capaz de ser o travão de uma certa tentação de dominação por parte de alguns grupos económicos, directamente ligados e coniventes com determinado partido.
Penso que Pinto Balsemão pode, e deve, ser invocado como um exemplo desse distânciamento e isenção que eu advogo no jornalismo/média e na relação co o patrão, digo, com o partido do patrão.
Já agora, e a propósito (não do tema do post) de Balsemão, li que ele deu uma licença de casamento a um jornalista homossexual da SIC-N que se casou.
Sim, as razões que levam a que tal acontece são variadas, mas a verdade é que eu (ainda) prefiro o jornalismo português/europeu.
É verdade que Balsemão deu os mesmos dias que são dados em qualquer outro caso quando alguém se casa. E o rapaz foi casar-se ao Canadá.
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