18 agosto 2007

Festa de poucos, martírio de muitos

Ao ler o post "De que serve legislar e fechar os olhos à lei? ", no Fôguetabraze, lembrei-me das raves que tiveram lugar no areal da Praia Grande do Pópulo, nos últimos anos, e sobre as quais não tive a oportunidade de escrever na altura. A questão que levanto é muito simples: em nome de quê, permite-se fazer essas raves, sabendo-se que a música (se é que se pode chamar música) vai tocar altíssima, violando todas as leis do ruído e, nalguns casos, obrigando os moradores a passarem aquelas noites fora, para poderem dormir?

4 comentários:

Anónimo disse...

Pois é, parece que as Leis existem, mas depois algumas entidades públicas, talvez alegando o interesse público(!), criam excepções á Lei, permitindo festas como a que referes, e outra semalhante nas Sete Cidades que, segundo uma empregada que tive cá em casa e que lá reside, são um inferno para quem lá mora, repetido anualmente.

Parece-me lógico que possam existir festas deste cariz, o que não me parece aceitável é que, para divertimento de uns, se sacrifique o merecido descanço de outros, que podem até ter de ir trabalhar no dia seguinte.

E eu que sou pai, sei bem o transtorno que estes excessos de ruído nocturno podem provocar a uma criança que queira dormir.....e aos pais.

Estas festas devem ter lugar em locais ermos, distantes de centros habitacionais.

Bem, já nem falo dos moradores (creio que o Nuno Barata é um deles) que residem nas imediações do Campo de S. Francisco, e que têm de gramar 3 meses de ANIMAção nocturna á porta de casa.

Anónimo disse...

Manda a boa fé que se reconheça que no que tange
às Noites de Verão muito se tem feito e muito têm melhorado ! Quanto às raves do areal do Pópulo depois do casus de Bob Sinclar não creio que haja arraial para ninguém. Seja como for entre o Cais 20 e a Praia do Pópulo era necessário um Plano de Pormenor exequível para mudar radicalmente aquela zona...mas isso é só para quem manda e não para quem humildemente opina !
JNAS

Anónimo disse...

Caro JNAS, realmente as Noites de Verão, promovidas pela CMPDL, através do ANIMA, têm vindo a melhorar, e são essenciais para que, em PDL, maior cidade Açoreana, haja animação nas agradáveis noites de estivais, quando a maioria está de férias e os turistas abundam.

No entanto há que acautelar o repouso dos moradores em redor, talvez encerrando as barraquinhas mais cedo em véspera de dia útil.

Admito que é uma solução díficil de tomar, e em que o consenso não impera, pois muitos são aqueles que acorrem ao Campo de S. Francisco, para convívio com familiares e amigos. Tb reconheço que "quem manda" tem de dicidir, e que este acto provoca, sempre, descontentamento de alguma das partes.

Mas, caro JNAS, opinar tem tanto de humilde como de grandioso, pois a expressão livre é das maiores conquistas da Democracia, fazendo com que essa opinião se possa exprimi através do voto, que tem, tb, tanto de elementar como de nobre.

Anónimo disse...

Pena os moradores da zona do Campo não terem tomates para meter uma providência cautelar para acabar uma vez por todas com aquele arraial digno do Uganda. E olhem que não é só o Campo a causar incômodo, o cabaret africano na rua diário dos açores também ajuda à festa. É toda uma zona entregue aos lobbyes gay e black! Onde já se viu concertos rock do domingo para a segunda...Andamos todos (moradores) a mamar o rendimento mínimo, não?