A forma como o Concurso de Pessoal Docente está estruturado obriga a que muitas famílias tenham que se separar. Professores de uma ilha, onde têm casa, com empréstimo no banco, filhos nas escolas, etc, têm, dum momento para o outro, deixar tudo para trás e ir para outra ilha. Noutros casos, professores de uma zona, como Ponta Delgada, são colocados em locais como o Nordeste, obrigando-os a fazer aquela viagem diariamente, o que acarreta um enorme esforço, que depois se traduz nas próprias aulas.
A melhor forma de fazer uma sociedade progredir é investindo na educação e os professores são uma peça-chave nessa grande engrenagem que é criar os homens e mulheres do futuro. Há que lhes dar condições, para que possam fazer um bom trabalho, para bem de todos nós.
A melhor forma de fazer uma sociedade progredir é investindo na educação e os professores são uma peça-chave nessa grande engrenagem que é criar os homens e mulheres do futuro. Há que lhes dar condições, para que possam fazer um bom trabalho, para bem de todos nós.
7 comentários:
Pois é, meu caro, se existe uma escola secundária, por exemplo, no Nordeste, e se são necessários vários professores, de diversas áreas de ensino para que esta funcione em pleno, e não havendo voluntários para lá leccionar, parece-me claro que este bem essencial, que é a educação, tem de ser disponibilizado. Para tal, alguém, mesmo contra sua vontade, tem de ser colocado no Nordeste.
Pois as noticias anunciam que 48 mil professores não tiveram sequer colocação......nem no Nordeste, nem em Traso Montes.
Actualmente, há um excesso de professores para os alunos (taxa de natalidade) que temos, daí ser cada vez mais dificil conseguir colocação para todos.....ainda mais, satisfazendo todos!
A Ministra da Educação já avisou.....
è um problema sem solução perfeita.
....a educação é um serviço público essencial ao desenvolvimento harmonioso e sustentável, como dizes, e bem, Rui, de uma sociedade, e, á semelhança de saúde, quando não há recursos "voluntários", devem ser encontradas soluções de recurso......infelizmente.
Compreendo os dramas pessoais, mas de que outra forma se poderá resolver este problema?
Bem, a avaliar pelas palavras de Maria de Lurdes Rodrigues, ME, no telejornal do Canal 1, foram 45 mil os professores não colocados, e adiantou que temos dos maiores rácios da Europa de professor vs aluno, havendo, em Portugal, 9 alunos por cada professor.
Pois é amigo a educação e a saude são essenciais para o sucesso de um povo.
E enquanto Portugal for dos paises que tem as maiores taxas de insucesso escolar da Europa e as mais altas taxas de desemprego, não vamos a lado nenhum.
Enquanto se andar a fazer experiencias com o ensino isso nunca vai resultar.
Eu não tenho a solução técnica para resolver as imperfeições que um concurso desta natureza gera. Agora, há pequenas (grandes) medidas que podem ser tomadas para melhorar o rendimento dos professores, que é para mim o principal. A saber: reduzir o nº de alunos por sala, melhorando a qualidade do ensino e aumentando o nº de vagas; não complicar os pedidos de reforma, novamente, melhorando o nível da educação (pois é mt melhor um prof com vontade a começar e motivado, que um no final de carreira). Mas, estas medidas exigem um investimento que não visível para o grosso da população, ou seja não é "obra-feita", não é preciso ir cortar nenhuma fita, por isso caem para 2º plano.
Rui, os sindicatos, e que no caso em apreço têm muita força, têm aí (na definição ou proposição de novas formulas de concurso) um papel essencial.
Não me recordo de, durante a discussão do novo Estatuto da Carreira Docente, se abordar muito o tema dos concursos públicos e suas regras....talvez por não terem aí lugar?
Como diz a ME?
R: quando a oferta é pequena e a procura é grande, os "preços" sobem :(
O Concurso, em si, não está em discussão. Como be leste no meu comentário anterior e no post em si, o que falta é um aumento do investimento na educação, aumentando as vagas. O Concurso é um mecanismo que funciona da maneira menos má possível. E eu dei alguns exemplos de como se pode investir mais na educação, mais ainda porque vamos entrar num novo quadro de apoios comunitários no próximo ano e há que aproveitar e investir em áreas essenciais e não apenas no cimento, com fitsa para cortar. É que, investir na Educação, não dá direito a inaugurações e os efeitos são a médio/longo prazo e a classe política não está para aí virada, infelizente.
Quanto aos sindicatos, temo que sejam cada vez mais uma forma das pessoas garantirem o seu próprio lugar, muito mais do que lá estarem para lutar pelos direitos daqueles que os representam, além de estarem extremamente politizados, o que por si só também é reprovável, são usados muitas vezes como arma política.
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