Num artigo na opendemocracy.net, o especialista em assuntos do Médio Oriente, Fred Halliday mostra os efeitos que a Guerra do Iraque poderá ter para a região.
Aqui ficam alguns:
"- A revitalização, em todo o Médio Oriente e, até mesmo, em todo o mundo muçulmano, do militarismo islâmico inspirado, se não mesmo organizado, pela Al-Qaida, que utilizou a Guerra do Iraque para se fortalecer. "
Aqui ficam alguns:
"- A revitalização, em todo o Médio Oriente e, até mesmo, em todo o mundo muçulmano, do militarismo islâmico inspirado, se não mesmo organizado, pela Al-Qaida, que utilizou a Guerra do Iraque para se fortalecer. "
"- O desaparecimento do poder e da autoridade do Estado iraquiano e a sua fragmentação em zonas antagonistas étnica e religiosamente."
"- O eclodir, pela primeira vez na História Moderna, de uma guerra entre Sunitas e Xiitas no Iraque, mas que poderá passar para outros Estados com ambas as religiões."
"- O surgimento, se bem que de uma forma lenta, de uma rivalidade regional entre dois grupos: Irão e seus aliados (Síria, Hezbollah e Hamas) vs. Arábia Saudita, Egipto e Jordânia."
A invasão do Iraque foi mais que um erro, foi o cair numa armadilha bem montada por Bin Laden. É que, no final de 2002 o Afeganistão, que era dito como o quartel-general da Al-Qaida, estava dizimado e, como agora se sabe (e na altura também se sabia), não havia qualquer sinal da Al-Qaida no Iraque. Hoje, em Setembro de 2007, a Al-Qaida está no Iraque, está regressando ao Afeganistão e está por todo o globo, nomeadamente na Europa. Os serviços de informação norte-americanos sugerem que a Al-Qaida no Iraque constitui uma das maiores ameaças ao território americano. “Missão Cumprida” mesmo.
5 comentários:
Mais uma m� fotografia do Sr. Bush. Provavelmente, n�o h� defini�o que fa�a jus a tanta estupidez.
De qualquer modo, lembrei-me agora de que nos westerns que via, noutro tempo, noutra vida, n�o me agradavam nem os �ndios, nem os cowboys, mas a paisagem, ah a paisagem. Sim, a paisagem.
E, caro Rui, a guerra contra a produção de papoila do Afeganistão, que pretendia combater a produçaõ e distribuição mundial de heroína, também foi perdida, na medida em que, actualmente, a produção nesse país duplicou.
Há uns dias, vendo um documetário, dou por mim a ouvir um muçulmano a dizer que: "Saddam e Bin Laden eram aliados dos EUA, e que a guerra contra estes dois era uma farsa, destinada a justificar a invasão e tomada do médio oriente pelos Almericanos." Pasmei, obviamente!
F. Halliday escreve aquilo que vamos presenciando e presentindo.
Em determinados momentos tanto Saddam como Bin Laden foram, não sei se aliados será a melhor palavra, mas tiveram ligações de proximidade, onde ambas as partes benfeciaram e, claro, o benefício dos americanos traduz-se num aumento de influência naquela zona do globo, vital, como sabemos, em termos de fontes de energia.
Como é evidente, no meu anterior comentário, onde escrevo: "(...)o benefício dos americanos traduz-se (...)", deveria ter escrito "traduziu-se".
O Fred deve estar com a cabeça a arder.
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