A série documental “A Guerra” que a RTP está a transmitir, obriga a uma nova reflexão sobre a descolonização.
O meu conhecimento sobre esse assunto é livresco, porque ainda não era nascido em 1974. Dito isto, posso começar por afirmar que Portugal existe hoje devido às colónias que teve, principalmente as africanas. Não fora isso e hoje Portugal seria, seguramente, mais uma região de Espanha.
A primeira consequência da descolonização é que Portugal passou a ser um país insignificante, em termos geopolíticos. Isto não implica nenhum julgamento sobre se poderia ser de outro modo. É o que é. Diria também que a Revolução de 1974 em Portugal foi um acontecimento de enorme importância, em termos políticos, para o Mundo, porque abriu a rota do Índico e do Atlântico Sul ao poder naval soviético, que no fundo foram os grandes beneficiários. Uma grande operação, de facto, se pensarmos que bastaram umas quantas centenas de homens e de outra nacionalidade.
Será preciso procurar bem na História para encontrar outra Revolução que renuciasse aos interesses vitais do país, sem qualquer tipo de negociação, ou contrapartida. O que se pode encontrar, são situações onde, não podendo manter interesses estaduais, negociou-se. Com a Revolução de Abril o que se viu foi o fortalecimento do expansionismo de outros, sem contrapartidas.
Esta é apenas uma das vertentes pouco faladas da descolonização. Há outras, mas por agora fico por aqui.
O meu conhecimento sobre esse assunto é livresco, porque ainda não era nascido em 1974. Dito isto, posso começar por afirmar que Portugal existe hoje devido às colónias que teve, principalmente as africanas. Não fora isso e hoje Portugal seria, seguramente, mais uma região de Espanha.
A primeira consequência da descolonização é que Portugal passou a ser um país insignificante, em termos geopolíticos. Isto não implica nenhum julgamento sobre se poderia ser de outro modo. É o que é. Diria também que a Revolução de 1974 em Portugal foi um acontecimento de enorme importância, em termos políticos, para o Mundo, porque abriu a rota do Índico e do Atlântico Sul ao poder naval soviético, que no fundo foram os grandes beneficiários. Uma grande operação, de facto, se pensarmos que bastaram umas quantas centenas de homens e de outra nacionalidade.
Será preciso procurar bem na História para encontrar outra Revolução que renuciasse aos interesses vitais do país, sem qualquer tipo de negociação, ou contrapartida. O que se pode encontrar, são situações onde, não podendo manter interesses estaduais, negociou-se. Com a Revolução de Abril o que se viu foi o fortalecimento do expansionismo de outros, sem contrapartidas.
Esta é apenas uma das vertentes pouco faladas da descolonização. Há outras, mas por agora fico por aqui.
7 comentários:
Somos, agora, um insignificante pais, do tamanho dos genitais de quem o governa. Durante séculos, ratificámos e impusémos tratados, presentemente, réctificamos tratados. E a continuar assim o ensino, qualquer dia estamos a assinar de cruz ou com o dedo na esponja.
A história tem destas coisas, não há melhoras, apenas substituição de monstros.Ainda anda por ai uma réstea daquela atitude perdida. Ainda há gente grande neste país. Na antinomia da política, a razão de ser das coisas ainda se sobrepõe a convulsões histéricas e reformas pindéricas de sexta à tarde.
É pá, sua presumível juventude será um bom incentivo para escrever textos humurísticos sobre a guerra colonial?
Abrir o Atlântico e o Indico ao império soviético, tadinhos dos americanos, tão preocupados que eles estavam que nos fintaram.
Portugal não importante geopoliticamente, logo na semana das cimeiras UE-Russia, UE. Mais adiante UE-Africa.
Portugal será uma região de Espanha sem colónias. Nós eramos os únicos tansos que mantinhamos esta guerra anacrónica.
Estou a vê-lo mesmo a lutar de g3 na mão num país distante, por um país adiado.
As cimeiras são exactamente UE- Rússia e África e não Portugal-Rússia ou África, portanto quanto à importância geopolítica de Portugal estamos conversados.
Acha mesmo que Portugal sobreviveria, enquanto nação independente, durante cinco séculos, se não fossem as colónias?
O problema que levanto não é a "guerra anancrónica", mas sim a forma como a Revolução não fez valer os interesses do país, nem se importou com o futuro das colónias.
É isto, cultura e isenção neste país são como o céu ,.... e o céu, ou seja, só somos isentos se considerarmos o que toda agente considera, ou seja , neste concreto, que a descolonização foi uma maravilha e só somos cultos se considerarmos que somos isentos, agindo enquanto tal.
Camarada, esta fui mesmo eu.
E portugal é isso mesmo " o que interessa".
Foda-se estou farto de gajos de esquerda até ao catulo da cabeça, qualquer dia até o vinho é de esquerda. A esquerda que por ai anda, parece bagaço de frases feitas.
E esta, camarada, também fui eu.
O que tem a esquerda e a direita para o caso.
Sou de esquerda mas não sou tanso.
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