04 novembro 2007

Alunos Responsáveis

Um dos problemas de deixar passar os alunos que excedam o limite de faltas, mesmo que fazendo um exame onde mostrem que dominam a área de estudo em questão, é a desresponsabilização que se incute nos alunos. A Educação nas Escolas não se pode resumir aos conteúdos curriculares de cada cadeira, há que ensinar também os alunos a serem responsáveis, de forma a estarem convenientemente preparados para o mundo que lhes espera.

E pode-se dizer o mesmo relativamente ao ensino superior, ainda que com maior flexibilidade e com as excepções devidas para os trabalhadores-estudantes. Pelas razões acima apresentadas, mas também porque há muitos professores que desesperam com salas de aula vazias. E esta é uma situação que piora dramaticamente, a partir do momento em que a última frequência ou trabalho tem lugar.

9 comentários:

Anónimo disse...

Estimado Rui Gamboa, fica aqui feito o desafio para seres um dos convidados das quartas feiras. Prepara a tua playlist faxfavore !
JNAS

Rui Rebelo Gamboa disse...

É só dizer a hora e local e assim o farei com mt gosto.

Anónimo disse...

Caro Rui, a Ministra da Educação foi obrigada a recuar em parte deste diploma da faltas.

Mas no essêncial, mantém-se a possibilidade de, mesmo faltando, o aluno poder passar com recurso a um exame.

A desvalorização da figura do professor, enquanto veículo de transmissão de conhecimento, é que é grave. Pois ao aliviar as sanções para os alunos faltosos, coresse o risco de passar a imagem aos alunos de uma flexibilidade demasiada.

É de disciplina e rigor que necessitam os nossos jovens, pois a sociedade que os espera não é o "algodão doce" que comem nas feiras.

Favorecesse o facilitismo, quando se clama por disciplina.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Acho que o recuo não foi tanto da ministra, mas do chefe dela. E a ministra, tal como o das obras públicas, foram desautorizados. Aliás, esta é a segunda (pelo menos) oportunidade que o Mário Lino perde para se demitir, depois do episódio do deserto e de garantir que o aeroporto era na Ota, agora parece que está mesmo alheado da decisão de onde será o aeroporto. De qq maneira, não serviria de nada a sua opinião, uma vez que só "ia dar uma vista de olhos" ao estudo da CIP.

Nestum disse...

Sinceramente, em relação ao assunto, deixo-vos este texto:

"O estatuto de aluno concede-lhe o direito de não reprovar por faltas. Se faltar, o problema não é dele. A escola é que terá que resolver o problema.
Tendo singrado na vida e atingido o fim da escolaridade sem saber ler nem escrever e mesmo sem ter posto os pés nas aulas, o estatuto de cidadão concede-lhe o direito de ter um emprego. Se faltar ao emprego como faltava às aulas, o problema não é dele. O patrão é que terá que resolver o problema.
Se, por um impensável absurdo, for despedido, o problema não é dele. O estatuto de desempregado concede-lhe o direito de ter um subsídio de desemprego e o problema é do Estado.
Se, na vigência do subsídio, faltar às entrevistas ou recusar novo emprego, o problema não é dele. As suas habilitações arduamente conquistadas concedem-lhe o direito de escolher emprego compatível e o problema é do Instituto do Emprego, obrigado a arranjar-lhe ocupação, para não aumentar as listas de desempregados.
Se, por um novo improvável absurdo, ficar fora do esquema, o problema não é dele, que o estatuto de cidadão com todos os direitos concede-lhe o direito ao rendimento social de inserção.
Que constituirá uma renda perpétua, pois o cidadão tem direito à existência!...
Renda paga pelos portugueses e não, como devia ser, pelos autores desta celerada lei, fautora da indisciplina, do laxismo, do não te rales, da irresponsabilidade mais absoluta, fomentadora da exclusão social!...
Por uma vez, tenho direito à indignação, com todas as letras: Puta que os pariu!..."

É um bocadinho longo pra comentário, mas descreve bem a situação em que vivemos nos nossos dias. Pq é de "pequenino q se torçe o pepino", então vamos lá educar os catraios como deve ser. Com responsabilidade e vontade de querer.

Abraço

Nestum disse...

P.S: o texto foi retirado daqui:
http://quartarepublica.blogspot.com/2007/10/p-q-p.html

Anónimo disse...

Prezado Sérgio,

se não colocasses a fonte, eu pensaria que o comentário teria saído do teu punho. ;)

O texto está muito bom....e realista.

Nestum disse...

Pois, já sabes q textos todos Xpto com palavras do baú, não é comigo. :)

Este traduz mesmo o meu pensamento em relação à sociedade Portuguesa dos nossos dias. Uma cambada de chupistas q não se lembram do próximo e que se encostam às saias da sociedade desde a nascença.

E como bandeira política, de sorriso nos lábios, dão-se mais casinhas, pagam-se as contas dos vampiros e dão-se "sustentos".

Política fácil, a dos nossos dias. Compram-se votos, calam-se o protesto e a indignação com dinheiros públicos.
Será apenas mau feitio meu, ou andamos todos a virar a cara e juntando-nos à "carneirada mole"??

Abraços

Anónimo disse...

Prezado, não é mau feitio, é indignação, e com razão.

Um abraço