Faz hoje cem anos que foram mortos dois combatentes da liberdade depois de terem morto um Rei. O mesmo Rei que dias antes tinha assinado legislação que permitia o desterro por "delito de opinião". Bom homem Dom Carlos, ao nível das paixões sociais e demais jogo corrido de então, melhor agora que o termo de comparação com os governantes de nossos dias não o desmerece. "Tivessemos nós um rei, assim vitalicio e tudo." Antes por Deus, que pelo Grande Capital. Rei morto, Rei certo.
Faz hoje cem anos que foram mortos dois assassinos.
Por muitos defeitos que D. Carlos ou a Monarquia tivessem, comemora-se hoje apenas o bárbaro assassinato do Chefe de Estado. Dos assassinos a História só deve rezar que eram isso mesmo, assassinos.
Não passou sob o argumento que seria um ataque à Republica.
Onde um voto de pesar a um assassinato, com tiro pelas costas, no meio da rua, do Chefe de Estado (mesmo sendo o Rei), pode ser um ataque à Republica? A passagem para Republica poderia ter sido feita doutra forma, a Monarquia estava doente ha muito, era uma questão de tempo. E é necessário ser-se magnânimo o suficiente para, passado um século, a casa da Democracia, reconhecer o assassinato de um antigo Chefe de Estado de Portugal. Não há ataque nenhum à Republica, é preciso analisar isto com a necessária prespectiva histórica.
Ouça, eu reconheço os defeitos da Monarquia. Mas também lhe digo que é um erro querer reconhecer a igualdade em todo o lado, isso não existe. A diferença, meu caro, é que o que deve criar essas diferenças é meritocracia e nunca o berço.
E mesmo um Rei, se cometer um acto vil como aquele de que estamos a falar, também será (pelo menos para mim) um assassino. Aí estão todos em igualdade.
E uns aninhos depois mergulhava-mos na ditadura mais longa da Europa... as coisas poderiam ter sido diferentes, se o processo de transição (monarquia-república) tivesse sido menos abrupto. Um abraço
Penso não serem situações comparáveis. Desde logo porque o PPM representa-se a si próprio e a AR representa todo o país.
O PPM pode não celebrar o 5 de Outubro, porque esse representa o fim da Monarquia. A morte do Rei não implica em nada com o fim da Republica. Por um lado estamos a falar de uma celebração, por outro estamos a falar de um voto de pesar.
11 comentários:
Faz hoje cem anos que foram mortos dois combatentes da liberdade depois de terem morto um Rei.
O mesmo Rei que dias antes tinha assinado legislação que permitia o desterro por "delito de opinião".
Bom homem Dom Carlos, ao nível das paixões sociais e demais jogo corrido de então, melhor agora que o termo de comparação com os governantes de nossos dias não o desmerece.
"Tivessemos nós um rei, assim vitalicio e tudo." Antes por Deus, que pelo Grande Capital.
Rei morto, Rei certo.
Faz hoje cem anos que foram mortos dois assassinos.
Por muitos defeitos que D. Carlos ou a Monarquia tivessem, comemora-se hoje apenas o bárbaro assassinato do Chefe de Estado. Dos assassinos a História só deve rezar que eram isso mesmo, assassinos.
Quem verdadeiramente governava era João Franco.
Caro Rui, não foi essa a leitura da (Assembleia da ) Républica.
O voto de pesar, não passou.
....ainda assim, o barco "do" Rei continua a desbravar Oceano.
Não passou sob o argumento que seria um ataque à Republica.
Onde um voto de pesar a um assassinato, com tiro pelas costas, no meio da rua, do Chefe de Estado (mesmo sendo o Rei), pode ser um ataque à Republica? A passagem para Republica poderia ter sido feita doutra forma, a Monarquia estava doente ha muito, era uma questão de tempo. E é necessário ser-se magnânimo o suficiente para, passado um século, a casa da Democracia, reconhecer o assassinato de um antigo Chefe de Estado de Portugal. Não há ataque nenhum à Republica, é preciso analisar isto com a necessária prespectiva histórica.
pois é
e tem razão, aquele que mata é um assassino,
há, no entanto, várias formas de matar
e de moer
e do moer percebem bem os portugueses
mesmo os que não vão em festas
olhe bem para a expressão regicidio e pergunte-se porque é que um rei quando morre não morre como uma pessoa, mas tão somente como um rei
Deus, nem na morte conseguem ser iguais
claro que podemos sempre implementar e difundir e até banalizar a expressão, ainda que singular, "taxisticidio"
Ouça, eu reconheço os defeitos da Monarquia. Mas também lhe digo que é um erro querer reconhecer a igualdade em todo o lado, isso não existe. A diferença, meu caro, é que o que deve criar essas diferenças é meritocracia e nunca o berço.
E mesmo um Rei, se cometer um acto vil como aquele de que estamos a falar, também será (pelo menos para mim) um assassino. Aí estão todos em igualdade.
Cumps!
E uns aninhos depois mergulhava-mos na ditadura mais longa da Europa... as coisas poderiam ter sido diferentes, se o processo de transição (monarquia-república) tivesse sido menos abrupto.
Um abraço
Quanto ao voto de pesar... também não me parece que o PPM celebre o 5 de Outubro.
Um abraço
Minha Cara,
Penso não serem situações comparáveis. Desde logo porque o PPM representa-se a si próprio e a AR representa todo o país.
O PPM pode não celebrar o 5 de Outubro, porque esse representa o fim da Monarquia. A morte do Rei não implica em nada com o fim da Republica. Por um lado estamos a falar de uma celebração, por outro estamos a falar de um voto de pesar.
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