11 setembro 2008

Ruído Anti-Social

Não foi há muito tempo que o Legislador alterou as Leis do ruído, aproveitando para ser mais rigoroso com o limite dos decibéis e com as horas e locais em que estes podem ser emitidos.

Também o código da estrada tem conhecido alterações que endurecem as coimas e baixam os limites.

Todas estas medidas são pensadas com o intuito de melhorar a nossa qualidade de vida, por um lado, e evitar acidentes e consequentes vitimas, por outro. É por isso que estou, grosso modo, de acordo com este endurecimento de medidas.

Mas não posso deixar de estranhar, que estas duas iniciativas Legislativas não se cruzem, pois na estrada também se produz muito ruído. A prova mais cabal, e que mais me incomoda, é o enorme ruído que algumas motos produzem, por estarem mais vocacionadas para correr em pistas do que em estrada, ou por, sendo estradistas por natureza, os seus proprietários optarem por retirar ou colocar uma nova ponteira de escape. Esta modificação é um convite ao aumento do barulho produzido pela moto, e que, estou em crer, é ilegal.

Eu adoro motos, já tive algumas, mas um grave acidente fez com que decidisse deixá-las de lado, embora, uma ou outra vez, vá matando saudades. Tenho amigos que ainda as conduzem, alguns até contribuem para alguma poluição sonora, mas eles compreendem os meus argumentos. Estes são, essencialmente, o facto de este excesso de ruído assustar e criar grande ansiedade nas crianças e idosos – em especial –, interromper conversas entre pessoas e, não menos importante, perturbar imenso o descanso e silêncio de quem está, por exemplo, passeando nas Sete Cidades, em busca de tranquilidade.

Há espaço para todos, mas têm de ser definidas regras quanto a esta questão. Por exemplo, quem quiser andar de moto sentindo toda a potência do seu motor, poderá ter locais, dias e horários próprios para poder fazê-lo, não perturbando, assim, quem também tem direito ao seu descanso e bem-estar, e praticando essa actividade de forma mais segurança.

Respeito mutuo, a bem de uma sã convivência social.

4 comentários:

Rui Rebelo Gamboa disse...

Penso que só mesmo quando vivi em Nordeste é que não fui vítima do ruído dessas motos. Na Praia, por exemplo, há um tipo que passa invariavelmente pelas 23h com uma moto que até faz mexer os vidros das janelas e que faz acordar assutadamente quem vive ali. Como dizes, os mais velhos e crianças é certo que se assustam e que não se pense que é pouco e nós, que estamos no meio, temos que simplesmente parar o que estamos a fazer, seja ler um livro, ver tv, ou mesmo conversar.

Deixa-me só dizer que neste momento não são só as motos, já há carros - tunnings, devem ser - que também fazem o mesmo 'trabalho'.

Anónimo disse...

Agora toda a gente fala do ruído, curiosamente ou não após a inauguração das Portas do Mar.
Há já 5 anos as noites de verão e nunca ninguém disse nada. Cambada de PPd´s!

Anónimo disse...

Ao anónimo das 14:09;

o barrete de "cambada de PPd´s", a mim não me serve.

É favor procurar outro blog para comentários sem nexo e estéreis.

Eu não me refiro às portas do mar e creio que haverá gente de todas as cores partidárias que conduzem motos.

Você deve sofrer de "partidarite aguda".....ou mesmo, "crónica".

Anónimo disse...

As leis que existem são suficientes, o que falta é fazer cumprir. Essas motas não estão cumprindo.