23 janeiro 2009

A vida depois de Guantanamo

Nunca fui contra a tese que está por trás da criação da prisão de Guantanamo Bay, pela simples razão que é necessária uma estrutura com características específicas para prender suspeitos de actos de terrorismo. Pelo contrário, sou completamente contra a tortura, desde logo por uma questão de princípio e depois porque o fim da tortura lá praticada é a obtenção de informações e parece-me evidente que os presumíveis terroristas que estão em Gitmo não irão dar informações fidedignas sob tortura. Receio que uma percentagem a rondar os 90% das informações que os americanos conseguiram com a tortura terá sido falsa, levando-os a desperdiçar recursos que deveriam ter sido canalizados para noutras operações. Vem isto a propósito do decreto que Obama prontamente assinou para acabar com a prisão e a questão subjacente de onde vão parar todas aquelas almas. Pois se é verdade que poderão ter sido cometidos excessos pelos americanos ao prender alguns inocentes, também é certo que a larga maioria da rapaziada que está detida em Cuba não é flor que se cheire. E até já há uma notícia de um antigo preso de Guantanamo que regressou às más práticas, mais precisamente como nº2 do ramo iemenita da Al Qaeda.

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