07 fevereiro 2009

Pequenas Contradições

Numa conferência pública (mas pouco) sobre terrorismo internacional, organizada pelo MP Paulo Casaca e com a presença de uma representante da Embaixadora da União Indiana em Portugal e do meu estimadíssimo Professor Luís Andrade, discutia-se as origens daquele problema, as suas implicações, formas de combate, etc.

Entre traduções próprias da Conferência de Berlim, sai uma questão/afirmação de uma deputada à ALRA que, por estar à minha frente, não pude identificar, uma vez que só lhe via a nuca. Dentro do espírito humanista que certa esquerda gosta tanto de apregoar, a questão/afirmação explicava que as origens do terrorismo no sub-continente indiano poderiam estar directamente ligadas ao modelo ocidental democrático que foi para aquela zona importado. Ora, analisando a questão num âmbito geográfico mais largo do que a União Indiana, poder-se-á discutir se o modelo anterior daria ou não azo a actos terroristas, mas certo é que era um modelo onde, por definição, os cidadãos (se é que se pode chamar isso) não eram todos iguais perante a Lei e onde o conceito de Liberdade era necessariamente diferente do actual.

2 comentários:

Nestum disse...

"Entre traduções próprias da Conferência de Berlim"

AHAHAHA

A prof. Gilberta e companhia havia de ir assistir à tradução simultânea da colega do departamento de línguas. Talvez no final lhe apetecesse rever a sua opinião sobre os alunos da UAC. Fiquei a pensar nisso enquanto assistia à conferência.

Fora a interessante intervenção do prof. Luís Andrade, também gostei de ouvir a representante da embaixadora a mostrar o seu carinho pelo vizinho Paquistão.

Ah, quase me esquecia... a publicidade ao livro do Paulo Casaca também foi um momento a recordar.


cumps

Anónimo disse...

O mais interessante da conferência foi ver o ar muito "intelectual" que alguns personagens, que aparecem mais ou menos convidados para serem vistos e encher a sala do que para ouvirem ou, já seria agradável, aprenderem a pensar, e depois, perante a estupefacção da embaixadora por não terem feito qualquer pergunta sobre a Índia, continuaram com aquele ar de quem domina toda a matéria e estão acima dos mortais das "filas de trás", essa gentinha do povo que vai lá para conhecer e aprender. Confesso que a minha pena da estupefacção da embaixadora foi tão grande que quase intervi para falar de Caxemira e do terrorismo islamico (sabes do que falo, Rui)mas temi ser linchado pela dita deputada e pelos ilustres "intelectuais" e como tenho filhas para criar...