O Leitor (ed. ASA), Der Vorleser no original alemão, The Reader na língua dos camones, é um daqueles livros que se não tivesse um filme excitante a suportá-lo continuaria na penumbra por mais uma década. A 1ª edição data de Dezembro 1998, em Fevereiro último atingiu a 5ª edição, apesar de estar traduzido em quase 40 países e de ter entrado nas listas de preferências de Oprah Winfrey e ter sido a primeira novela alemã a habitar a top list de livros do New York Times.
Bernhard Schlink, autor do livro, é também jurista. E o facto de seu pai ter deixado uma carreira como professor de Teologia devido aos nazis, tê-lo-á impelido a criar uma história em torno do período em que o Fuhrer amedrontou a Europa e o Mundo.
O Leitor é uma história que começa por ser demasiado carnal e que aos poucos se transforma numa história de amor intenso entre Michael Berg, de apenas 15 anos, e Hanna Schmitz, de 36. Ele mais do que ela, refugia-se num amor que o levará quase à dependência, enquanto que ela vive levianamente essa relação até ao dia em que parte sem deixar rasto.
Tendo como pano de fundo uma sociedade próspera nos anos 60, Michael reencontra Hanna anos mais tarde em tribunal, quando este ainda estuda Direito, e ela se encontra à beira de ser julgada pelo seu passado nazi. Pelo meio muita reflexão sobre a jurisprudência em latu sensu e o conflito interior de uma geração que julgou apressadamente o passado nazi do seu país de modo a sentir-se ilibado relativamente ao mesmo em strictu sensu. Não conto mais…
O livro está escrito na primeira pessoa, os capítulos são curtos, não mais de 6/7 páginas cada um, linguagem directa, estilo despojado, lê-se em 3 horas para os mais rápidos, 6 horas para os mais lentos (como eu!).
Bernhard Schlink, autor do livro, é também jurista. E o facto de seu pai ter deixado uma carreira como professor de Teologia devido aos nazis, tê-lo-á impelido a criar uma história em torno do período em que o Fuhrer amedrontou a Europa e o Mundo.
O Leitor é uma história que começa por ser demasiado carnal e que aos poucos se transforma numa história de amor intenso entre Michael Berg, de apenas 15 anos, e Hanna Schmitz, de 36. Ele mais do que ela, refugia-se num amor que o levará quase à dependência, enquanto que ela vive levianamente essa relação até ao dia em que parte sem deixar rasto.
Tendo como pano de fundo uma sociedade próspera nos anos 60, Michael reencontra Hanna anos mais tarde em tribunal, quando este ainda estuda Direito, e ela se encontra à beira de ser julgada pelo seu passado nazi. Pelo meio muita reflexão sobre a jurisprudência em latu sensu e o conflito interior de uma geração que julgou apressadamente o passado nazi do seu país de modo a sentir-se ilibado relativamente ao mesmo em strictu sensu. Não conto mais…
O livro está escrito na primeira pessoa, os capítulos são curtos, não mais de 6/7 páginas cada um, linguagem directa, estilo despojado, lê-se em 3 horas para os mais rápidos, 6 horas para os mais lentos (como eu!).
PS - Não pude evitar o excesso de itálicos.
8 comentários:
Ok, pronto vou ler pela sua capacidade de persuasão e por me parecer que tem umas quantas quecas. Espero que bem descritas!
Se é para isso, aconselho-te a ler o Garganta Funda que costuma atazanar no :Ilhas, :)
É capaz de ser giro! Temos um remake da Mrs. Robinson e, pelo meio, vamos ver se há exorcismos políticos. E já agora ver se a senhora, além de crimes de guerra, também será julgada por pedofilia!
Se se trata de Sociologia chamem a Piedade que ela é que percebe de minorias discriminadas
Oh filha, andas a ouvir as conversas atrás da porta!
Mas não sou morcão (num digo no feminino porque senom...).
Então não havia de seguir as pisadas dos meus pais (ou mães). Se falamos de sociologia, se falamos de pedofilia, se aparece um solciólogo e um presunto não está tudo a precisar de ser analisado por quem é especialista?
Já o li vai para uns 6 anos, julgo que em dois dias... bem mais lenta. O livro é soberbo, o filme, vale pela monstruosa interpretação de Kate Winslet e de um puto alemão de nome David Kross.
cumpts
Caro Luís,
com as devidas diferenças, vem-me à memória a "Lolita"....amores proibidos.
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