22 maio 2009

Às Voltas


A cronista do regime, Cláudia Cardoso, escreve um interessante artigo no Açoriano Oriental, sob o título "Pides de trazer por casa", sobre o caso em que uma aluna gravou as obscenidades duma professora de História, em plena sala de aula. A dada altura, a deputada Cardoso escreve o seguinte, devidamente realçado em bold: “Os meninos da era digital transformam as suas capacidades técnicas em armas poderosas e perigosas. Com o embevecimento dos papás e sem a devida condenação social. Em que adultos se transformarão estes meninos quando deixarem os bancos da escola”.

Eu acrescentaria mais qualquer coisa, em que adultos se transformarão os meninos a quem é dado um cartão sob o slogan “TU PODES TUDO”?

7 comentários:

Tibério Dinis disse...

Também li a crónica, e não gostei.

Nesta novela toda, há que primeiro condenar o comportamento da professora e também das alunas. O problema é que quer-se condenar um sem o outro.

Mas, também há que compreender a atitude das alunas, muitas vezes as denuncias de professores não têm efeito, ninguém acredita nos alunos quando se queixam - dai a última utilização das armas tecnológicas.

Ainda não percebi, os critérios da nossa sociedade. Não temos problemas em acreditar num vídeo que mostra uma aluna a dar porrada numa professora, mas quando se trata de atitudes menos próprias dos professores tende-se a deixar passar... A ferramenta e legitimidade da gravação é a mesma.

Haja Saúde

Jordão disse...

Li, já não sei bem aonde: “estamos todos muitos preocupados em deixar um Mundo melhor para os nossos filhos, mas alguém já se preocupou em deixar uns filhos melhores para o nosso Mundo?”

Sérgio Santos disse...

Jordão,
eu concordo com a frase que colocaste. Hoje, na busca da defesa dos direitos das crianças, caiu-se no exagero. Para dar um exemplo, imaginem que dão aulas e um miúdo por vingança vos acusa de assédio sexual. Mesmo que se comprove que que foi um calúnia, imaginem as consequências que isso pode ter na vida de um profissional. Os miúdos percebem isso e usam-no como arma para terem mais poder nas relações com os adultos.
No entando, creio que neste episódio, a aluna não tem qualquer culpa. Nem consigo entender como se pode tentar desviar as atitudes da professora para a esfera do aluno.
As palavras daquela senhora são de uma arrogância, violência (entre outras coisas menos agradáveis) extrema.
Pelo que pudemos perceber pelos OCS é que a senhora ja tinha sido acusada mais do que uma vez e nunca lhe tinha sido imputada nenhuma responsabilidade. O gravador foi apenas a forma de alguém acreditar nos alunos. Claro que não se deve gravar uma aula sem autorização do professor, mas imaginem seria melhor que a professora continuasse impune?!

Eu acredito que estamos a passar por uma fase de procura do meio termo. Vimos de um período em que os professores eram colocados no pedestral, que a sociedade fechava os olhos a situações impensáveis. Neste momento saltámos para o oposto na tentativa de consertar o que estava errado, no entanto, estou certo que o sistema encontrará um meio termo que seja o mais próximo do justo meio para ambas as partes.

Gosto em lê-los.

Fiat Lux disse...

A crónica da Cláudia Cardoso vai para a secção do "não li e não gostei".
O título "Pides de trazer por casa" é tão mau que não me dou ao trabalho de ler o resto.Já sei o que vem aí.
Tenho defendido muito os professores que são metidos todos no mesmo saco e enxovalhados pela ministra da educação.
Neste caso a minha primeira reacção foi esperar que a professora em causa fosse devidamente punida e/ou tratada. É uma pessoa doente.
Quem gravou não pode ser considerado um "pide de trazer por casa".Ajudou a denunciar uma situação que de outro modo nunca seria conhecida.
É assim um crime tão hediondo? Pidesco? Por amor de Deus!

P.S. Na mesma linha foi a crónica do Ferreira Fernandes no DN.A prova de que os bons cronistas nem sempre têm razão. Não são Deuses, apenas são, geralmente, mais perspicazes e capazes de expressar bem aquilo que pensam.

Voto Branco disse...

Caros amigos,
Cá estou eu de volta às "atazanagens"...
Por infelicidade minha também li a confrangedora crónica da senhora que o carissimo Rui apelida de "cronista do regime". Infelizmente não posso concordar com o Sr. Rui, pois para mim não é "cronista do regime", mas sim cronista da estupidez!
Já foi dito quase tudo, restando da minha parte concordar com todos e tudo o que foi dito, mas não posso deixar de citar o Sr. Jordão com: "mas alguém já se preocupou em deixar uns filhos melhores para o nosso Mundo?" !!! Excelente!!!
Saudações

Anónimo disse...

Não contem comigo para deixar ao mundo filhos melhores. O trabalho que dá ter relaçãos sexuais com a mulher e toda aquela porcaria de trocar fluidos peganhentos que depois secam e é um penar para limpar o piriquito...
Os outros que tratem do assunto e sofram as malcriações em plenos corredores do hiper dos filhos. Safa...!

Anónimo disse...

Sei que faltaram uma vírgulas mas não há pachorra!