02 junho 2009

Trauliteiro ao contrário

Miguel Portas habituou os portugueses a uma qualidade que existe cada vez menos nos políticos: a simpatia sincera e rasgada. Reparem que quando ele deambula pelo meio das populações reage sempre de uma forma desafectada e sem cinzentismos às interpelações por vezes incómodas das pessoas, ao contrário de outros colegas de labuta, e nomeadamente de outros bloquistas. Da necessidade de demonstrarem seriedade e preocupação pelos problemas que as pessoas estão a passar, obrigação em Portugal para que se chegue ao poder, fazia bem uma nova atitude: mais leve e desinstitucionalizada.
Ainda que não conte com o meu voto, deixo aqui alguma da originalidade de MP: blog e livro.

10 comentários:

Rui Rebelo Gamboa disse...

Até me dá vontade de lhe fazer umas festinhas naquela careca, tão bonzinho que ele é. (ironia).

:D :D :D

Lerdinho do Alentejo disse...

Deixai vir a mim os ingénuos porque deles é o Reino do Bloco.
Você é mesmo ingénuo. Por acaso já leu algo sobre o camarada Hoxa? é o inspirador...

Brocas e Imperiais na Queima das Fitinhas disse...

Como é que é? Quer explicar-me o que é que tem um livro que ainda não leu para o elogiar? É pelo facto de o homem ter viajado por 3 ou 4 países? O que é que isso nos diz sobre o conteúdo? Uma sinopse basta-lhe?
E o blogue? Leu a última reclamação do palminho de cara Ana Drago? Não é patético? ntão os meninos de Bolonha, além de pouparem imenso dinheiro com a redução do tempo de licenciatura(?) ainda devem ser financiados para comletarem a licenciatura, perdão, o mestrado. Tanto quanto se sabe a licenciatura(?) já os tornou aptos para o mercado de trabalho pelo que vão à procura de emprego e paguem os mestrados doutoramentos e quejandos. Ou acha que os meus impostos servem para quê? Arre!

Nestum disse...

Mr Brocas e Imperiais,

Concerteza deve ter estudado no tempo da velha senhora. O processo de bolonha é tudo menos positivo para o ensino.
Tal como a carinha laroca do Bloco diz, o que Bolonha vem fazer é obrigar os estudantes a pagar mais pelo ensino, regredindo aos tempos em que só estudava quem tinha umas notas debaixo do colchão.
Hoje, tira-se uma licenciatura de 3 anos que mais parece um 12º ano. Pelo menos a julgar pela qualidade de ensino da licenciatura que frequentei na UAç.
Estas novas licenciaturas jacto, obrigam os alunos a dispender de mais 3500€ para que estejam minimamente preparados para o mercado de trabalho. Sem um mestrado somos meninos de coro quando comparados às antigas licenciaturas.
Conclusão, se queremos respeito profissional, temos de gastar mais 2600€. Esta foi a forma que se arranjou de patrocinar o ensino. Obrigando os alunos a pagar mais, durante mais anos.

Cumps

Brocas e Imperiais na Queima das Fitinhas disse...

Senhor Legoman
Naturalmente percebeu mal as minhas palavras. Eu sou um crítico acérrimo do sistema de Bolonha e do restante ensino, já agora. As Universidades andam a sacar dinheiro aos estudantes mas em contrapartida deixa-os passar e terminar o seu curso, ou então, e disso já vi, faz uns testesinhos de nível liceal o que vai dar à mesma coisa, embora estes sejam quase de nível primário. É isto que critico. É para isto que o Governo se está a borrifar: o que quer é mostrar estatisticas em Bruxelas.
Acredite numa coisa: para ter respeito profissional não precisa de um mestrado e arrisco mais nem precisará de mestrado para ter sucesso profissional. Há por aí quem ainda saiba distinguir o trigo do joio.
Ao contrário da menina do Bloco, reafirmo que quem tira um curso no formato Bolonha está apto (pelo menos, academicamente) a exercer uma profissão. Se quer mais, terá de pagar. Infelizmente no mestrado completará a licenciatura. Só demonstra que tenho razão. Agora, não tenho é de ser eu a pagar os erros bolonheses em Portugal.

Nestum disse...

De acordo.

Tiago R. disse...

Para que é que Miguel Portas se havia de chatear quando foi dos eurodeputados portugueses que menos trabalhou (só 41 intervenções em quatro anos!) e dos que mais viajou, aproveitando para escrever os seus livros!

Mas, o melhor ainda, é a sua habilidade para tentar esconder o FEDERALISMO do Bloco, que defende que a independência nacional é uma coisa reaccionária e ultrapassada e que deve existir uma CONSTITUIÇÃO europeia para substituir a nossa.

Uma simpatia...

Brocas e Imperiais na Queima das Fitinhas disse...

Vinda do PC, esta do nacionalismo é boa!

Tiago R. disse...

Você não percebeu, Brocas!

Justamente ao contrário. Esclareci que o Bloco é federalista (como o candidato açoriano do BE ontem confirmou no debate na RTP Açores) e que desvaloriza a soberania (nada a ver com nacionalismo.) nacional.

Brocas e Imperiais na Queima das Fitinhas disse...

Eu percebi Tiago R. e insisto essa sua ideia vinda do PC(P) é muito boa. O BE está a ultrapassar o PC e o que faz o partido inimigo da soberania nacional (ou nacionalismo ou independência)? Vem a terreiro, contra-natura, defender a soberania nacional. Gostei, sim senhor, farinha do mesmo saco tratar de se separar por uns votitos, sim senhor....