09 julho 2009

O Tal País

O Alexandre Homem Cristo escreve no Cachimbo de Magritte que Há uma euforia de manifestos em Portugal, em escrevê-los, em discuti-los e em refutá-los escrevendo outros manifestos, que por sua vez serão discutidos e refutados. No fim, ninguém concorda com ninguém. Mas há um ponto sobre o qual podemos concordar: já nada disto serve de alguma coisa.

Ainda sobre estes manifestos, o professor de economia na Columbia University, Ricardo Reis, dá uma boa ajuda na compreensão do que pode ser, ou não, melhor para o futuro económico do país.

1 comentário:

Pedro Lopes disse...

Caro Sérgio,

este é sem dúvida um assunto importante, e que merece reflexão e ponderação.

O actual Governo fez bem em não levar por diante os dois mega projectos que foram as suas bandeiras durante os primeiros anos de Governação. Esta é a minha opinião já demonstrada em vários post, e recentemente (a 19 de junho de 2009).

Creio que os muitos milhões que se iriam investir, serão meis bem aplicados - por terem um maior retorno e serem um balão de oxigénio para a economia do todo nacional -, se investidos em vários projectos espalhados pelo país e em àreas distintas.

Talvez por isso me identifique mais com o primeiro manifesto - o dos 28 economistas.

O artigo que deixas em link do professor Ricardo Reis, é uma boa síntese para se perceber as duas teorias que suportam os três manisfestos que surgiram. (Há ainda a Associação de Empresários Cristãos - creio ser esta a designação -, que, depois de sondar os seus membros, afirma que 85% destes são contra as mega obras públicas.)

Mas o artigo do professor universitário, também nos deixa perceber que nestas questões não há conseso, pois as várias teorias - no caso a que se apoiam em Keynes e os neoclássicos -, à semelhança dos menisfestos, conseguem suportar as suas duas opções.

Talvez o plano Obama, que dá espaço a ambas as possibilidades, seja o menos arriscado, e prove exactamente que nos dias de hoje, a economia vive mais de incertezas do que de fórmulas mágicas e previsíveis.