Foi hoje conhecido o resultado de uma sondagem efectuada a cidadãos residentes no concelho de Lisboa , e que tinha por base aferir a intenção de voto, nas próximas eleições autárquicas, à maior Câmara Municipal do país; a da capital, Lisboa.
Com Helena Roseta a “encostar-se” ao PS, o candidato António Costa descola de Pedro Santana Lopes nas sondagens, conseguindo uma distância de quase 10 pontos percentuais.
Esta sondagem, embora com 26,4% de inquiridos que se negaram a responder, ou deram como resposta não saber em quem vão votar, apresenta os seguintes resultados:
* António Costa - 46,4%
* Pedro Santana Lopes - 37,8%
* Pedro Santana Lopes - 37,8%
O BE surge em terceiro lugar, seguido da CDU.
A confirmar-se a vitória do actual presidente da Câmara Lisboeta, e se o PSD seguir o bom exemplo do PS - negar duplas candidaturas, ou seja, que um candidato a uma autarquia não pode constar das listas às legislativas - creio que Pedro Santana Lopes seguirá as pisadas de Manuel Alegre, abandonando, assim, a Assembleia da República….mas sem direito a sessão plenária com discursos de despedida, elogios e homenagem. Alegre sempre foi vaidoso, e pensa valer mais do que, na realidade, vale. Talvez acabem aqui as semelhanças entre ambos?!
Não corro o risco de dizer que é desta que as “Santanetes” perdem o seu ídolo, mas a concretizar-se o que esta sondagem prevê, Santana corre o risco de já ter tido os seus dias de glória. É que depois de lhe ter sido entregue o lugar de Primeiro Ministro e o de Deputado da República, pode continuar em queda livre e acabar como Vereador.
É uma função digna e que dá muito trabalho, mas também poucas mordomias. Por isso creio que ele não fique tão alegre quanto Alegre, que ambiciona, digo eu, acabar como PR.
7 comentários:
Eu teria alguma cautela em 1) acreditar nessas sondagem e 2) acreditar que, a confirmar-se esse resultado, será o fim político de Santana. Já assistimos a muitos "enterros políticos" de PSL e ele consegue sempre renascer, qual Fénix.
Sim, Rui, as sondagens valem o que valem....e Paulo Portas está sempre a declarar-se vencedor em relação às mesmas.
Eu também não arrisco uma "morte política" de PSL, mas sem lugar na AR, porque "escondido" atrás de um qualuqer pelouro camarário, vai perder protagonismo....ou talvez não??
No entanto, PSL disse, aquando da sua candidatura à Câmara da capital, que o faria por dois mandatos, o que me pareceu, logo à partida, um abuso de confiança.
Mas se o PSD tiver uma vitória nas legislativas, será uma derrota para PSL, pois terá de permanecer como Vereador e fora dos holofotes dos média.
Quanto a Alegre, já está a preparar terreno, e disse hoje em entrevista á SIC Noticias, que Sócrates - e não ele próprio - já havia falado com ele sobre essa possibilidade.
Eu nunca votaria em Manuel Alegre para PR. A vaidade e sobranceria, são aspectos que me não aprecio em ninguém.
caro Pedro,
o caso do Manuel Alegre é dos mais interessantes de comentar na política actual portuguesa. É conversa de café garantida, sem nunca se chegar a uma certeza quanto ao que vai naquela cabecinha.
A dualidade frequente das suas posturas políticas, estando ora no papel de senhor da verdade e da ética contra o PS, ora a requerer o apoio incondicional do mesmo, é sempre motivo de desconfiança.
No entando, parece-me positivo que haja quem ainda, dentro do partido, bata com a mão na mesa quando não concorda com algumas decisões aparentemente menos correctas. Ainda que mais tarde volte a "comer do mesmo prato".
Parece-me que a velha raposa tem grandes ambições e procura, fora do partido, bases para atingir os seus objectivos. A revista OPS é o exemplo claro disso.
Nas próximas presidenciais, cá estaremos para ver se a mão de Manuel Alegre realmente tem boas cartas ou se nos mostra apenas mais um bluff.
Abraço
um erro na sua noticia. O PSD proibiu as duplas candidaturas à meses, antes das europeias, O PS é que lhe seguiu o bom exemplo!Informe se
Caro (semi) anónimo,
eu retribuo-lhe a provocação; queira você informar-me onde me posso informar sobre aquilo que afirma.
Segundo sei, a questão das duplas candidaturas começou durante a campanha às Europeias (ou seja, não conheço nenhuma declaração de interesses do PSD a dizer claramente que a formação das suas listas era baseada no facto de tais candidatos ficarem impedidos de constar noutras listas), até porque à época não se discutia ainda as listas às eleições autárquicas e legislativas. Foi uma forma de atacar a candidatura do PS - e bem -, mas que espero tenha consequências futuras.
Se eu estiver enganado, queira por favor esclarecer-me. Mas comprovadamente, e não de forma gratuita e partidária.
N.B.- eu não dei nenhuma noticia, apenas construí um texto.
cumprimentos
http://www.psd.pt/archive/doc/POVOLIVRE_15julho2009.pdf
Caro (semi) anónimo,
agradeço a sua resposta ao meu desafio.
Mas tenho de dizer que a fonte do link que me deixa, é, por demais, tendenciosa. (o Jornal Oficial do Partido, editado a 15 de julho)
Não lhe preciso recordar a data das eleições europeias. Embora MFL diga - já em 9 de Julho deste ano -, que o PSD já havia tomado a decisão de não permitir duplas candidaturas em Dezembro de 2008, tal não está explícito ou tacitamente declarado em nenhum registo da presidente do PSD ou dos seus órgãos partidários, nem foi tornado público. (que eu saiba)
Por isso, creio que a defesa deste preceito (o da não aplicação de duplas candidaturas) apareceu, somente, como resposta à decisão de Sócrates, e na sequência das palavras de Paulo Rangel durante a campanha eleitoral.
Mas não quero teimar consigo acerca desta questão. Apreciei a sua resposta , e o que mais importa para mim, é que este preceito se transforme numa regra duradoura, tornando-se numa espécie de jurisprudência na política.
Cumprimentos.
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